Sábado, 28 de fevereiro de 2015 - 11h54
Silvio Persivo
Jogar é da natureza humana. Não vou ao ponto, nem tenho a capacidade de pensamento, do filósofo Johan Huizinga que disse que “É no jogo e pelo jogo que a civilização surge e se desenvolve”, mas, percebo, no meu pobre horizonte de pensamento que, de qualquer forma, na vida, sempre se joga. E ainda, dentro de meus limites mentais, penso que somos bons em alguns jogos e outros não e, consciente, ou não, fazemos escolhas dos jogos que jogamos, porém, ninguém, nem mesmo os críticos dos jogos, deixa de jogar. Em suma, a política, a economia, a vida social, o viver, enfim, é um jogo.
E, sob o ponto de vista científico, no estado de saber atual, se divulga que jogar faz bem ao cérebro. Claro que não falamos do vício de jogar, mas, ao de cultivar o hábito de manter alguma atividade que exija a movimentação do cérebro. Segundo os cientistas, o sinal mais evidente do processo de envelhecimento é a redução da velocidade de absorver novos conhecimentos e problemas de coordenação motora. O motivo da velhice-dizem- não se deve, como se pensava, à perda de neurônios, mas, à diminuição do número de sinapses. De forma que, para eles, a melhor forma de se manter bem é criar novas sinapses. Trata-se de um processo semelhante ao exercício físico que mantém o corpo mais saudável. No caso do cérebro é preciso exercício mental.
Por conta disto se recomenda que se pratique alguns tipos de atividades que fortalecem a capacidade mental quanto mais se envelhece devido à função executiva do cérebro, necessária para atenção, percepção, memória e resolução de problemas, diminuir. Assim praticar leitura com reflexão, aprender uma nova língua, conviver socialmente, praticar exercícios físicos, fazer palavras cruzadas, realizar jogos de memória e praticar diversos tipos de jogos, mais modernamente, os vídeos games são fundamentais para criar novas conexões entre os neurônios, para a criação de novas sinapses.
É fantástico que as novas tecnologias sejam aconselháveis para os mais velhos (e a adesão das pessoas de mais 60 anos à internet, por exemplo, tem sido acima de 50%), porém, é mais interessante ainda que os videogames sejam considerados como excelentes para a prevenção e para o tratamento de algumas enfermidades. Especialistas afirmam que, se usados pelos mais velhos, o videogame melhora o condicionamento físico, a força, o equilíbrio e também ajuda o lado cultural e social. E, pasmem, ao contrário do que seria esperado, quanto maior o período de uso melhor é a concentração, a agilidade e até mesmo o processamento das informações e, meses depois que param, os benefícios permanecem. Confesso que fiquei com inveja de alguns deles que, ao jogar, se esqueciam de tudo, inclusive mulheres, que deixavam as panelas no fogo queimar a comida. A minha razão é simples. Gosto de jogos. Futebol, basquete, futebol de salão, vôlei. Fui, até certo tempo, um jogador de gamão, um jogador de cartas, não muito aplicado, um razoável jogador de xadrez. Confesso que gosto de bingos, um pouco, e jogo, mesmo contra todas as probabilidades, nas loterias. Afinal jogar é humano,contudo, quando se trata de videogames, sinceramente, devo ter um problema geracional. Não que considere os games estranhos, embora considere muito pouco atrativo o fato de que, em geral, são violentos ou muito competitivos, todavia, me parece sempre como cigarro: algo com que não consigo ter prazer. É claro que isto não vale para os outros. Há pessoas que consideram os games funcionais, divertidos e até instrutivos. Até penso que a experiência com os denominados Exergames, os controlados pelos movimentos corporais e que são utilizados para tarefas e exercícios físicos, devem dar, de fato, alguma diversão, mas, não consigo me livrar da percepção de que os games, talvez, seja a idade mesmo, são algo meio infantil. É claro que esta é uma reflexão que só serve para mim e alguns dinossauros de estrutura parecida. Pelo estado da arte os games geram mesmo benefícios até mesmo sob o aspecto de integração geracional. E se é para o bem de todos, e felicidade geral da nação, digo aos mais velhos, com entusiasmo:- Vão jogar videogames, seus meninos levados!
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