Terça-feira, 13 de setembro de 2011 - 05h22
Silvio Persivo (*)
O performático artista Andy Warhol disse, no passado, sabíamente, que “No futuro toda gente será famosa por quinze minutos”. Ele acertou em cheio na sua profecia, mas,talvez, tenha errado no tempo que, hoje, parece muito longo. Talvez todos tenham, no futuro, seus quinze segundos de fama. Porém, enquanto isto não acontece ainda temos, com a internet, celebridades que são feitas de forma instantânea seja por algum tipo de talento, seja por um comportamento bizarro ou algo que escapa ao comum. Afinal, por mais que se deseje uma vida previsível, sempre o imprevisível e o novo é saudado com certo entusiasmo. Comprova isto, por exemplo, o sucesso do rapaz de Rondônia que reclamou por “não ser cutucado” por ninguém ou o sucesso de canções como “Friday”, de Rebecca Black, e “Oração”, da curitibana “A banda mais bonita da cidade”, que viraram sucesso imediato, mas, que, parecem, depois de algum tempo esquecidos. O fato de ser visto, aliás, se celebriza não garante a qualidade.
Há alguns destes fenômenos que podem resistir se apresentarem qualidade. No momento, por exemplo, chama a atenção o trabalho da americana Lana Del Rey, uma louraça belzebu de 24 anos, que, na semana passada, sem razões aparentes, bombou do nada, alcançando mais de 340 mil visualizações no YouTube com uma canção de título moderno “Video games”. Pode-se dizer que a marca não seja grande coisa para a rede, no entanto, a repercussão da música foi poderosa na medida em mostrou uma qualidade artística que mereceu elogios. A razão se situa na beleza da moça, um diva no melhor estilo Maryln Monroe, e na canção com vocais etéreos e uma melodia melancólica que percorre um clipe cheio de referências cinematográficas ajudando a compor aimagem da jovem cantora. Diga-se, de passagem que a canção começa a surpreender pela abertura com um solo de harpa e termina surpreendendo mais com uma seção de cordas completa e, com uma letra longa e bem estruturada, consegue ter uma sonoridade atemporal que aumenta a intensidade poética e a aura da canção.
Pode até ser que esta canção “Video games” seja a porta para a fama de uma grande cantora. Isto porque Lana chegou a lançar um disco em 2010, com a produção de David Kahne, que passou quase despercebido e foi considerado fraco. Pode também, como foram os casos já citados e outros, que tudo morra com esta canção, mas, um fato a moça já criou: é a diva do momento. Pelo menos da semana, embora, há quem diga que com sua beleza ainda que não emplaque mais nada com “Video games” estabeleceu uma das canções memoráveis de 2011 e colocou sua imagem no caminho da fama. Nem que seja a de 15 segundos. De qualquer forma vamos torcer para que repita o feito desta canção que sou o primeiro a indicar como um vídeo de talento.
(*) É doutor em Desenvolvimento Sustentável pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da UFPª e professor da UNIR.
Fonte: Sílvio Persivo - silvio.persivo@gmail.com
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