Segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025 - 10h25
Em economia não existem
fórmulas mágicas ou, como é corrente em linguagem comum, não existe almoço
grátis. Assim, como durante todo o ano de 2024 o preço do diesel não foi
reajustado, estima-se que a defasagem do preço esteja entre 14 a 17%, isto
teria que ocorrer. Também a gasolina, em menor escala, tem uma defasagem de,
pelo menos, 7%. É um desequilíbrio dos custos que tem sido arcados pela
Petrobrás, mas, agora, por diversas razões, a empresa precisa equilibrar esta
equação, de forma que, ao que parece, vai promover dois reajustes do diesel e
um da gasolina e do álcool. Não é uma boa notícia para os brasileiros que já
enfrentam uma inflação alta. Para tornar esses aumentos ainda mais dolorosos é
preciso acentuar que houve um aumento do ICMS sobre os combustíveis, com o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) no final
de 2024, elevando a alíquota em R$ 0,10 centavos por litro de gasolina e
etanol, e R$ 0,06 para diesel e biodiesel. A consequência inevitável da
soma destas duas medidas é fatal: a elevação dos custos de transporte. E
transporte mais alto afeta toda a cadeia de produção, mas, principalmente os
preços dos alimentos e dos produtos essenciais, pois não precisamos lembrar que
quase tudo no país é transportado por caminhões. O custo do frete aumentado
será repassado, de imediato, para os produtos e para o consumidor. Ora, se, no
ano passado, a inflação já estourou a meta o que esperar quando se inicia o ano
com aumento dos combustíveis? Se o aumento da gasolina já impacta diretamente
no IPCA, o índice oficial de inflação, e seus efeitos posteriores também, então
não existe saída possível para o fato de que o poder aquisitivo dos
assalariados, a grande massa de empregados, ficará menor, ou seja, a
perspectiva é de que o brasileiro ficará, sem dúvida, mais pobre. Acrescente-se
que o aumento da inflação gera um efeito secundário previsível: o aumento dos
juros. O governo, que reclamava da anterior administração do Banco Central,
teve que engolir, agora, dos próprios administradores que indicou para o órgão,
um novo aumento de 1% e já tem agendado mais 1% para o próximo mês. O mercado, porém,
já dá como certo, no final do ano, uma Selic de 15%, visão otimista, de vez que
há setores que trabalham com a perspectiva de 16%. Com o atual patamar da Selic
em 13,25% os juros reais brasileiros, a conta que considera a taxa de juros
descontada da inflação, é de 9,18%, já é o maior do mundo. A Rússia aparece depois,
com taxa de 8,91%. O grande problema é que juros altos desestimulam a produção,
ou seja, é a antevisão de um produto menor e aumenta os juros das contas
públicas. Em resumo, o governo, que está com sua popularidade ladeira abaixo,
entra numa zona em que se não tomar medidas efetivas para controlar as contas
tende a se tornar inviável. O grande problema é que controlar as contas
públicas não parece ser uma atitude possível no governo atual. É mais
previsível que tente controlar os preços de forma artificial, o que não será
nada bom. É uma sinuca de bico que só nos empurra para ficar mais pobres.
Hoje em dia, com a sensação existente de que a inflação está corroendo o poder aquisitivo do brasileiro, há pesquisas que demonstram 48% dos consumi
Uma iniciativa louvável em prol da aviação na Amazônia
Um dos grandes problemas da Amazônia, sem dúvida, provém das dificuldades de transporte interno, de vez que, por exemplo, entre Porto Velho e Arique
O transporte aéreo precisa mudar de modelo
A GOL Linhas Aéreas divulgou que teve um prejuízo de R$ 6,07 bilhões em 2024, quase 5 vezes maior que em 2023, fruto da desvalorização cambial, do a
A fantástica trajetória de um desbravador da Amazônia
Hoje, no Facebook, o Lito Casara colocou um post onde lembra que, neste 20 de março, completa 85 anos da morte de Américo Casara, que aconteceu no j