Sexta-feira, 11 de julho de 2014 - 11h36
Silvio Persivo(*)
Bem, não há dúvida que o fatiamento da vida em caixinhas é uma forma dos homens entenderem sua complexidade. A vida, a realidade, se é que existe fora da percepção de cada um, é una, interligada, com suas partes indissolúveis. Em outras palavras: tudo nos afeta. A questão real é até onde a desastrosa derrota de 7x1 da seleção brasileira interfere nas eleições. Ou seja, se interfere significativamente. Ao meu ver, e não há nesta observação nada científico, de vez que, cientificamente, não há correlações demonstráveis nem positivas nem negativas, a calamitosa derrota influi sim, no curto prazo, mas, muito pouco, até as eleições. É claro que a derrota acachapante do futebol brasileiro se reflete no imaginário popular como mais um fator que acentua o mal estar do povo brasileiro no momento. Porém, seu efeito deve se diluir também no curto prazo.
É provável, quase certo, que haverá um impacto imediato nas pesquisas sobre a imagem da candidata do governo. Dilma deve voltar a cair, talvez até um pouco mais do que levemente subiu com o bom humor que a seleção ao vencer inflou no País. Aliás, a tendência de queda que se sentia na sua candidatura deve continuar. A Copa do Mundo, como é praxe, paralisa, em grande parte, as atividades do País e, mesmo as convenções, a política, se resumiu ao essencial e, agora, deve ser retomada com mais intensidade. E, como é natural, a rotina também. E não se pode esconder que na rotina do brasileiro, desde o ano passado, dos famosos movimentos de rua de junho, produz um olhar para o cenário com uma perspectiva muito negativa, o que, é lógico, não favorece o governo. Favorece, isto sim, à mudança. Este é um fenômeno que ultrapassa o futebol e foi por ele, digamos assim, amortecido, mas, deve retornar com força total. Porém, não tem a haver com futebol. Tem muito a haver com o fato de que o brasileiro possui uma carga muito pesada de impostos e não os vê revestidos em serviços públicos de qualidade. Não é o resultado do futebol que altera isto, daí, que a campanha eleitoral não irá passar pelo mau resultado da seleção. Deve passar, obrigatoriamente, pelas estratégias eleitorais de cada candidato. De qualquer forma será um pleito difícil e irá girar sobre as mudanças que a população deseja. Logo, a influência da Copa do Mundo na hora do voto, a meu ver, será muito pequena. Até porque políticos jogam em outro campo. E quem deseja ganhar deve encarnar os desejos de mudança da população.
(*) É economista e doutor em Desenvolvimento Sustentável pelo NAEA/UFPª.
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