Sexta-feira, 31 de julho de 2015 - 18h50
Silvio Persivo
Viver em Porto Velho, como em todo lugar, tem seus prazeres e seus problemas. Porto Velho, por sua temperatura elevada e também uma umidade relativa do ar alta, não é, claramente, o melhor lugar do mundo para beber vinho. Mas, como tudo muda, inclusive o tempo, também tem seus dias bons para degustar a bebida dos deuses. De qualquer forma, com o calor sendo quase sempre permanente, a cerveja, geladissíma como se bebe por aqui, sempre foi a alternativa mais prática e que melhor apraz aos amantes de uma boa bebida. Apesar de ter consciência desta realidade para pessoas, igual a mim, que sempre mantém uma relação de paixão e deleite em relação ao vinho, abdicar dele jamais foi uma alternativa. Assim, contra a lógica, mantive, durante anos, uma paixão obssessiva pelo vinho que é, até mesmo, uma obsessão infantil, de fato.
Imagine que, numa época passada, dezenas de anos atrás, quando a cidade não possuía boas casas especializadas até mesmo, como estudava o assunto, pensei em tornar o interesse um negócio. Claro que não sou um especialista. Estou mesmo mais para curioso, mas, por minha afinidade com a América do Sul, meu pendor cucaracho, até tentei trazer vinhos chilenos, em especial, argentinos, uruguaios e peruanos escolhidos pelo crítério de qualidade mais preços acessíveis. Um negócio que acabou da melhor forma possível: bebi uma boa parte do estoque. Minhas esperanças de fazer, o que projetei, se perderam nas incertezas da economia brasileira. Na época o aumento da tarifa de importação e o pagamento adiantado do ICMS tornaram meu negócio uma furada. Boa parte do capital se transformou em um líquido prazer consumido em almoços e jantares prazeirosos. De certa forma nada se perde...
A questão que me leva a escrever sobre vinho, agora, é a feliz oportunidade que tive de ir à Londrina em dias que, para mim, são frios. E, com uma temperatura mais baixa, não há opção melhor do que um bom vinho. Uma coisa leva à outra. Como um eterno curioso, um metido a saber do que não sabe, não podia deixar de, aproveitando o tempo, pesquisar mais sobre os vinhos, os sabores, quais estão sendo mais apreciados e, até mesmo, por ossos do ofício, quais os que apresentam melhor custo/benefício. É preciso acrescentar que isto foi feito sob a perspectiva das limitações orçamentárias de um professor. Logo, não esperem que seja o top de linha, mas, o top dentro da linha econômica. Também constatei que, hoje, com a maior variedade e facilidade de importação, conhecer vinhos se tornou um tarefa hercúlea. As boas possibilidades são inúmeras e, mesmo no Brasil, se desenvolveram vinhos que, inclusive pelo preço, são excepcionalmente bons. Dá trabalho também encontrar o que se deseja, porém, é um trabalho prazeiroso.
Fiz toda esta lenga-lenga para dar umas dicas para vocês sobre o que experimentei, ultimamente, e que, com uns bons queijos, umas castanhas e amendoas, é uma boa forma de viver bem. Assim recomendo que se puderem ( e tiver em alguma loja próxima) não dispensem um San Juan Malbec 2013, da Antigua Bodega, um tinto que custa em torno de R$ 39,00. Um Alamos Syrah 2008, da Bodegas Esmeralda também cai bem e é mais barato, por volta de R$ 30,00. Para variar do Chile tem o Surazo Carménere 2006, da Viña Santa Monica, na faixa dos R$ 40,00. Um uruguaio gostoso demais é o ElegidoTannat, Merlot, 2014, de Las Piedras / Canelones na faixa dos R$28 a 32,00. Brasileiros? Bem, os brasileiros, com os custos atuais e a inflação, estão caros, mas, o Tannat, mais por causa do tipo de uva, da Marcus James, foi a minha opção. Claro que mais por uma questão de preço. Porém, os brasileiros que fazem sucesso este ano são mesmo os espumantes. Com destaque para o Aurora Espumante Moscatel e o Garibaldi Espumante Moscatel. Também valem a pena o Garibaldi Espumantes Bruit Prosecco e o Marcus James Brut. Ainda brasileiros também o Aurora Reserva Merlot 2011, o Marcus James Brut ou o Salton Reserva Ouro, de um preço um pouco mais caro (R$ 42,00), mas, vale o que se bebe. Claro que tem muita coisa que não sei ou que perdi, mas, posso assegurar que estes que cito já me deram o prazer de uma boa degustação.
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