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Silvio Persivo

Pela segunda vez os pênaltis decidem quem continua


Pela segunda vez os pênaltis decidem quem continua  - Gente de Opinião
Imagem/Portal da Copa/
Getty Images

Sob qualquer aspecto que se analisar, fora a emoção de ser um mata-mata, Costa Rica e Grécia fizeram um jogo muito ruim por absoluta falta de qualidade técnica. Em determinados momentos a má qualidade da partida estourou o limite de paciência dos torcedores que vaiaram seguidamente os jogadores. A grande verdade é que se o jogo era ruim não se pode dizer a mesma coisa dos técnicos que fizeram o que puderam para vencer com o material humano que tinham. Por esta razão, apesar de um leve predomínio grego que não apresentava eficácia o primeiro tempo foi modorrento com poucas oportunidade de gol. Só, aos 6 minutos, o time da América Central levou algum perigo com um chute de Bolaños.  Aos 11min, houve a resposta da Grécia Christodoulopoulos batendo perigosamente para fora. A bola mais perigosa foi grega, aos 36min, Salpingidis dividiu com a marcação costarriquenha, tocando na saída de Navas, que tirou com a perna evitando o primeiro gol. E mais nada.

Veio o segundo tempo e, inesperadamente, numa jogada bem trabalhada, aos 7 minutos,   Ruiz recebeu um passe na entrada da área e, de primeira, bateu de perna esquerda; o chute pegou efeito e entrou mansamente no pé da trave esquerda, enquanto o goleiro Karnezis e os zagueiros atônitos apenas observavam. O gol abalou os gregos. E, aos 8 minutos, uma bola cruzada da direita do ataque costarriquenho foi cortada por Torosidis com o braço dentro da área - o árbitro mandou seguir mesmo sob protestos dos jogadores de Costa Rica que pediam o pênalti. E, logo depois, criou-se o grande drama da partida quando Duarte deixou a Costa Rica com um homem a menos, aos 21min,  recebendo o segundo cartão amarelo por falta em Holebas. O técnico Fernando Santos fez o que devia substituindo peças para tornar a equipe mais ofensiva. A Grécia partiu para o ataque contra duas parelhas de quatro homens que tentavam barrar as jogadas e ganhar o tempo que podia numa desgastante batalha de ataque contra defesa. Houve muitas chances de empate, porém, o goleiro Navas pegou bolas difíceis até que no finalzinho do jogo, depois de espalmar, não teve como impedir que Papastathopoulos aproveitasse e completasse para o gol, empatando o jogo. Era um castigo um gol naquele momento com a equipe com um menos e completamente cansada. Na prorrogação, porém, os gregos foram surpreendidos por um resto de gás de Costa Rica que criou ainda algum perigo, mas, tiveram duas oportunidades que pararam em Navas. Cansadas, as duas equipes não conseguiram mais criar grandes chances de gol. No fim  o jogo foi para a loteria dos pênaltis. E os costarriquenhos acertaram todas as suas cobranças, três delas apostando em chutes fortes no meio do gol. Fizeram Borges, Ruiz, González e Campbell. Pela Grécia, Mitroglou, Lazaros e Cholevas também converteram, mas, Gekas bateu mal e Navas agarrou na quarta penalidade. Então Umaña cobrou e fez classificando Costa Rica. Agora Costa Rica, que fez história, tem uma pedreira pela frente: a Holanda.

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