Terça-feira, 2 de novembro de 2010 - 13h08
“Um governo que não tenha críticos implacáveis é um governo sem razão de existir. E empobrece a democracia” (Tomás Vasques).
Até onde me permite minha vontade de sonhar sou um homem prático. Assim não sou de chorar as pitangas perdidas. Aliás, Serra nunca foi meu ideal de presidente embora fosse o possível. Votei em Serra por considerar que, devido às circunstâncias, entre dois jogadores burocratas preferia o mais experiente, o que havia demonstrado maior eficiência nas suas ações públicas. Votei também contra a vocação incontrolável de Lula, que está acima do Partido dos Trabalhadores, de ser um déspota, um ditador. Meu voto foi um voto a favor da democracia, contra a continuidade de um governo que mina as bases da liberdade de imprensa, que tem como ideal claramente exposto a predominância do partido e da opinião única, em que pese os discursos generalistas em favor da liberdade religiosa e de imprensa.
È uma constatação que quem, de fato, foi derrotado, foi o país que irá continuar tendo um governo pouco eficiente, de muita propaganda, que aumenta, subrepticiamente, nossas dívidas enquanto propaga que pagou, que beneficiou os banqueiros e rentistas e que, logo nos dois primeiros anos fará o que sempre fez: um arrocho sobre o orçamento e sobre os salários sem um pio das entidades sindicais com seus pelegos gozando as delícias dos altos salários das estatais. Também, é claro, e peço a Deus que a crise cambial não nos leve a uma situação pior, o crescimento será menor em 2011 para compensar as imensas despesas que fizeram às vésperas das eleições. Roussef é o terceiro mandato de Lula terceirizado, apesar de afirmarem que são contra a privatização, de modo que não se pode esperar nada de muito novo. Será o rame-rame de sempre, agora, com os dirigentes, pelo menos, no inicio, mais cautelosos na medida em que a grande aprovação que esperavam ter não se consumou. Até o fim estavam receosos da derrota mesmo com a quantidade imensa de recursos gastos, mesmo com a propaganda maciça e concentrada em cima de sua candidata.
Não me perguntem se estou contente ou conformado. Não estou. È de minha natureza nordestina ser teimoso e confiante no futuro. È por isto que, na minha opinião, está na hora de surgir um novo partido realmente de oposição. O PSDB, que saiu desta eleição mostrou sua face leniente e adesista, deixando Serra sozinho. O PSDB que está aí é, no mínimo, preguiçoso e se mostrou incompetente em alcançar o povo, palco real da guerra política. Não adianta demonstrar que onde existe escolaridade e renda Serra e o partido ganharam. Os votos da população que não tem escolaridade ou renda contam como qualquer outro e não se pode desqualificar sua capacidade de escolha. Eles votam e votam em quem sabe lhes mostrar que é melhor para eles. È preciso que, a partir do primeiro momento, do próximo governo comece a se mostrar seus erros, seus escândalos, que muitos haverão, suas inconsistências, sua falta de capacidade de realizar. Se isto não for feito com persistência e com capacidade, se não houver uma oposição real, se esta ficar a cargos dos oportunistas e de políticos de espinha dorsal flexível não tenham dúvidas iremos nos transformar numa Cuba tamanho família com uma cópia piorada de Fidel Castro nativo. Do jeito que estamos indo, sem dúvida, o nosso futuro é o atraso. Se não criarmos um partido de oposição o nosso país será mesmo o eterno país das bananas habitado por bananas eternos.
Fonte: Sílvio Persivo - silvio.persivo@gmail.com
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