Segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015 - 15h33
Bem, mais uma vez, fui assaltado em Porto Velho. Claro que ser assaltado para o brasileiro não é nenhuma novidade. A nossa impotência diante dos assaltos se inicia com o próprio governo que nos mete a mão no bolso sem a menor apelação, pelos políticos que, brandindo a lei e a razão, nos assaltam de diversas formas fingindo nos representar, pela falta dos serviços públicos mínimos. Ainda assim nada nos parece tão invasivo quanto, em plena rua, ser impelido a entregar o seu celular e fazer esforço para nem olhar direito o ladrão porque não se sabe o que ele pode fazer, se não gostar da sua cara. Foi só um celular. E, na hora, com um guarda-chuva na mão, sem uma viva alma por perto, de vez que chovia, ainda pensei diante da autoconfiança do bandido em lhe dar uma pancada com o guarda-chuva e correr, mas, me lembrei, sabiamente, que, um garoto, por causa de um celular atirou e quase mata um conhecido que ficou numa cadeira de rodas. A precaução, o fato de que a voz imperativa, seguida de um xingamento, não era de quem brincava, me fez, por instinto de sobrevivência-penso eu- entregar com a mansidão de um cordeiro o aparelho. E ainda me culpar por não ter os mesmos laivos de coragem (ou loucura) do passado.
O aparelho, aliás, nem era dos melhores. Mas, a questão não é o que se perde. E a única perda real-para mim-era dos telefones dos amigos. É a sensação ruim de insegurança, de impotência, de, no futuro, não poder, como sempre fiz, transitar por ali sem receio de um novo assalto. Claro que aconteceu por um acaso infeliz, todavia, quem me garante que não acontece de novo? Isto de que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar anda muito desmoralizado. E o assalto não foi tão por acaso assim, pois, várias pessoas já haviam sido assaltadas nas proximidades do Porto Velho Shopping e até, recentemente, um jovem que reagiu foi morto. Para quem, como foi o meu caso, conheceu Porto Velho em um tempo onde se podia andar sem susto na noite e deixar as portas das casas e dos veículos abertas, esta violência crescente me faz, de fato, ser mais cauteloso, medroso mesmo. Afinal se não se pode andar armado como se defender se não existe um bom sistema de policiamento? Sei-como muitos fazem questão de acentuar- que se trata, hoje, de um fenômeno brasileiro. No ano passado, de uma forma menos traumática, já havia me acontecido também próximo de casa. Foi até prosaíco por ser o dia do primeiro jogo do Brasil e, pasmem, o ladrão queria roubar bebida! Umas poucas garrafas de cerveja que levava. E só me mostrou que tinha uma faca na cintura. E claro que não discuti muito, mas, por sorte, apareceu um policial na hora e fiquei com a bebida e ele ganhou umas tapas.
Não tive tanta sorte agora. Mas, o que me incomoda mesmo é o fato de que há um crescimento da violência que se expressa, inclusive, no uso de armas, de ameaças maiores, de criar o receio de se ir até esquina e, de repente, se perder a carteira, o celular ou até mesmo ser espancado ou levar um tiro. E enquanto a vida piora os impostos só aumentam, aumenta o custo de vida e a insegurança nossa de cada dia. E só nos resta mesmo apelar para a oração, pois, do jeito que as coisas andam não há um céu azul visível no horizonte. As nuvens estão carregadas, negras, muito negras.
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