Quinta-feira, 10 de novembro de 2011 - 15h03
Silvio Persivo (*)
Até o dia 20 de dezembro serão injetados na economia brasileira, provenientes do 13o salário, R$ 118 bilhões, recursos que representam 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo informa o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No Brasil são 78 milhões de pessoas que recebem, um número 5,4% superior ao verificado em 2010, e, estima-se que, em Rondônia, uma parcela de R$ 768 milhões deve ir para as mãos de 468 mil pessoas. São recursos que são esperados, normalmente, em novembro e dezembro, período em que se gasta muito com compras de Natal e quando as pessoas costumam elaborar planos pessoais para o novo ano que se aproxima. Mas, o dinheiro que, a princípio, parece muito quando não se planeja seu uso some por mágica.
As explicações são diversas entre as quais a clássica em economia: os recursos são sempre insuficientes para prover todos os desejos. Ainda mais quando, no fim de ano, as pessoas são assaltadas por uma febre de consumo diante da enchente de publicidade e ofertas sedutoras. Mais do que nunca é preciso se policiar. Esta é uma época de muitos gastos extras, razão pela qual, para não entrar 2012 já devendo, é preciso que o dinheiro que for gasto nos presentes e nas das ceias de Natal e Ano-Novo não venha a ser chorado depois. Então não há outro modo de fazer que não o de administrar os seus gastos para não acabar no vermelho. É preciso acima de tudo ter disciplina.
Acostumado com a inflação o brasileiro, em geral, ainda conserva sua memória histórica e ainda não aprendeu a fazer planejamento financeiro que consiste em escrever, ou quando possível utilizar uma planilha, em que sejam elencadas suas receitas e despesas. É uma questão matemática para se manter saudável economicamente: suas despesas devem estar, sempre que possível, abaixo das receitas, o que lhe dá condição de poupar, ou, no máximo, deixar as contas zeradas. É claro que isto é mais simples de dizer do que executar, principalmente, quando se vai fazer compras sem uma lista e sem a determinação de gastar um determinado teto. As pesquisas da Fecomércio/RO, dizem que, em outubro, em Porto Velho, 66% das famílias tinham dívidas, mas, em situação problemática só 17% se consideravam muito endividados. De qualquer jeito para quem tem dívidas o ideal é quitar as dívidas cujos custos sejam mais altos, como os de cartões de créditos ou cheques especiais. Aliás, se recomenda também estes sejam usados, em especial nesta época, somente o indispensável e o que se possa saldar de imediato.
É preciso pensar também que o 13º salário não se limita apenas aos gastos de fim de ano. Sempre surgem contas a pagar em janeiro e fevereiro. São as férias, pagar o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), renovar o seguro do carro, a matrícula dos filhos e material escolar. Tudo isto sem contar com os gastos constantes como alimentação, aluguel, transporte, telefone, luz e, para quem gosta, ou não, o carnaval, quando chega, implica em algumas despesas a mais. De qualquer forma não há jeito fácil de poupar. É preciso colocar no papel, ter controle e disciplina todo mês para sobrar algum dinheiro. E um bom momento para começar é agora quando chega um dinheiro extra. Planejar suas finanças é poder ter sua vida sobre controle.
(*) É doutor em desenvolvimento sustentável pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos-NAEA da UFPª.
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