Quarta-feira, 28 de setembro de 2016 - 17h37
Silvio Persivo
Quando se fala de escola de samba no Rio de Janeiro, embora existam muitas escolas maravilhosas, há algumas que são como os grandes clássicos ou os grandes times: por mais que não tenha a glória de outrora continuam lendários. Não escondo que, por razões históricas e sentimentais, Mangueira, Portela e Vila Isabel se inserem, para mim, na ordem das grandezas incomensuráveis. Suas cores, a beleza dos seus desfiles, o som, a dança, o samba e a história falam por si só. Dão a tais escolas uma aura que poetiza o seu entorno. E, por mais que digam que o carnaval de hoje já não é mais o mesmo, devo dizer que isto não importa. Ainda há vida nas quadras, nas rodas de sambas e mesmo nas disputas dos sambas enredos.
E sinto este frescor e esta vida quando, como agora, uma profusão de sambas enredos disputam a oportunidade de serem escolhidos para o desfile das escolas. Em particular, por amizade, me importo muito com o desfecho da escolha do samba de Vila Isabel. Lá um dos sambas, que tem como tema a cor do som, é o de Grande da Caneta que divide a autoria com Betinho Santana, Almeidinha, Malandro Maneiro e Ricardinho Professor, os dois últimos que são os interpretes. Como acontece com os sambas enredos atuais a música é bem melhor do que a letra, embora muito bem adaptada, e gosto muito do refrão que diz:
“A Vila é raça, é amor pra vida inteira/ o som da cor que faz o corpo balançar/ A negritude que orgulha a sua tez/ vem kizombar outra vez!”
A kizomba é um estilo musical e de dança africana, que surgiu na Angola a partir da fusão do semba, do zouk e de outros gêneros estrangeiros, como o merengue e algumas baladas da Música Popular Brasileira (MPB). A palavra, porém, que se originou a partir do kinbundo - língua africana que ainda é falada na Angola que ajudou a construir algumas expressões e termos brasileiros com o significado de "exaltação do povo", como forma de celebrar a vida e a libertação dos escravos africanos. Kizombar é um aproveitamento, como fazem muitos compositores, de palavras que nem sempre são correntes. Mas, corrente mesmo é a paixão pelas escolas, as disputas que marcam a escolha dos sambas enredos. Torço pela vitória deste samba enredo de Vila Isabel. Não poderei, como fiz no ano passado, ir as quadras para assistir, como em anos passados, o processo de seleção, mas, gostaria muito de poder “kizombar outra vez” no carnaval de 2017 com o samba de Grande Caneta e parceria. Quem sabe? De qualquer forma para quem quiser sentir um gostinho do samba enredo postei no Jornal Diz Persivo (http://persivo.blogspot.com.br/). É uma forma de, mesmo distante, dizer para os amigos de Vila Isabel que estão no meu coração e lembrança.
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