Sexta-feira, 22 de abril de 2016 - 16h20
Esta semana, no hotel em que costumo ficar em São Carlos/SP, caiu uma lage sobre dois trabalhadores.
Da nova área em construção, um saiu com a perna quebrada e o outro precisou de ajuda especial dos bombeiros, porque havia o perigo de total desabamento.
O que há em comum com a ciclovia engolida pelo mar no RJ[1]?
O desprezo pela vida humana.
Tanto lá, quanto aqui, economiza-se onde se sabe que não dá para economizar.
Coloca-se material de qualidade inferior ou em quantidade abaixo do que é previsto pelas normas técnicas.
É a sanha do capital irresponsável, de mentalidade escravista e que nos impõe o pior blecaute econômico de nossa história.
É o capital financiador de golpes e de mortes anunciadas com muita antecedência.
Gostaria de ver o mesmo empenho do Ministério Público na apuração desses fatos e de outros milhares que nos acotovelam todos os dias.
Disse que gostaria, mas não tenho esperança vã. Afinal, pior do que foi Mariana/MG é difícil imaginar - a não ser que outras barragens também se rompam.
Em Mariana, a culpa foi de um abalo sísmico - que não tem registros oficiais -, no Rio de Janeiro a culpa é da ressaca do mar, batendo no costão em que se apoiava a tal ciclovia.
Todo carioca que se preza, sabe do efeito ressaca naquela faixa do mar.
Mas, o efeito catapulta não foi previsto por engenheiros tão especializados?
A verdade é que todos os grandes interesses corporativos, públicos e privados, estão de frente para o mar e de costas para o povo.
Não há novidade histórica nisso.
Enfim, quem espera pelo Ministério Público - o mesmo que deveria combater a exploração do trabalho infantil e escravo -, e se assim lhe faz bem, continue esperando. Quem sabe um dia. Sentado(a).
Tenho ilusão - até porque viver desiludido é de lascar -, tenho utopias, ideais, mas esperança de que o Ministério Público atue fora de seus interesses de casta social, isso não tenho.
Porque seria o mesmo que acreditar em fantasias. E já não me permito fugir assim da realidade passional que nos engole diuturnamente.
Mas, quem assim define sua vida, em busca de fantasias, não aprovo, nem desaprovo.
Apenas não sou solidário, porque não estimulo o autoengano.
Vinício Carrilho Martinez (Dr.)
Professor Ajunto IV da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar/CECH
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