Sexta-feira, 17 de agosto de 2012 - 05h29
Vinício Carrilho Martinez
Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo
Professor Adjunto II da Universidade Federal de Rondônia
Departamento de Ciências Jurídicas
Profª. Ms. Fátima Ferreira P. dos Santos
Centro Universitário/UNIVEM/Marília-SP
O governo federal reconheceu o que toda criança na escola já sabia: as crianças que estudam em escola pública têm um déficit de conhecimento enorme se comparadas a crianças muito mais novas, mas matriculadas em escolas particulares. É óbvio que há exceções, mas delas não se ocupa aqui. E se você quer se aprofundar neste diagnóstico veja esta matéria: http://educacao.uol.com.br/noticias/2012/08/16/aluno-da-escola-publica-sai-do-medio-sabendo-menos-que-estudante-do-fundamental-da-particular.htm.
Em primeiro lugar, precisamos parar de tapar o sol com a peneira e, neste caso, significa reconhecer que nunca se fez nada decente para as crianças pobres, especialmente, quanto à educação. Portanto, por que não iniciarmos reconhecendo que se gastou e vai se gastar ainda mais com a Copa e as Olimpíadas de 2016 do que se aplicou em recursos adicionais à educação?
Independentemente das teses de doutorado em educação, o que até um leigo sabe – por intermédio do bom senso – é que um “choque na educação” só teria efeito com um choque “de” educação. A educação pública no Brasil só irá melhorar quando tivermos uma educação de melhor qualidade e esta qualidade passa, obviamente, por melhores condições de trabalho e de infraestrutura, mas também com melhores professores, com qualificação profissional superior.
O professor ensina melhor quando estuda mais e só pode estudar se houver condições para isso, se tiver tempo, energia e dinheiro para tanto. Do contrário, como ocorre hoje, o professor se entope de aulas, limita-se a repetir o que aprendeu na própria graduação ou tem no ensino um bico, acumulando atividades mais lucrativas – para fechar o mês. Outras soluções necessárias seriam de ordem ideológica, como dar um choque de educação em todos os técnicos, burocratas, especialistas em números ou fórmulas vazias e que se enclausuraram na pasta de educação do governo.
Do mesmo modo, devemos revirar algumas mitologias que fizeram muito sucesso na educação pública, como a crítica à educação “conteudística”; acabando com o mito de que o ensino baseado no conteúdo aprisiona as mentes e retarda as crianças em seu conhecimento crítico. Como se a crítica não viesse acompanhada do conhecimento, isto é, nós criticamos algo porque não concordamos e discordamos porque conhecemos outra forma que julgamos como a mais correta. A crítica, portanto, opõe dois conteúdos e sem educação de conteúdos (sic) não há crítica nenhuma.
É claro que precisamos investir na atualização dos métodos, dos conteúdos (livrando-nos das conhecidas fichas amarelas), mas junto com isso é necessário acabar com o marketing aplicado à educação; revigorar seus métodos sim, mas sem instaurar novas ditaduras de meios, metodologias, didáticas. No Brasil, faz alguns anos, os meios valem mais do que os fins. Em nenhuma avaliação realista isto tem valia, nem com Weber (“adequação de meios a fins”) e muito menos com Maquiavel (“os fins justificam os meios”).
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