Quarta-feira, 17 de outubro de 2012 - 05h18
Mais ou menos.
Estive em Marechal Cândido Rondon, pequena cidade do Paraná. Perto das famosas Cataratas de Foz de Iguaçu, a bela cidade de 50 mil habitantes é muito aconchegante, limpa, sem miséria aparente nas ruas. É a segunda vez que lá estive, sempre a trabalho. Na primeira vez fui designado pelo MEC (Ministério da Educação) e na segunda para encerrar uma semana jurídica, em parceria com o professor Rodrigo Rosal.
Como tinha de me concentrar para duas intervenções e também porque não queria levar o peso extra do notebook, fiquei dois dias sem acessar a rede de comunicações. Fiz uma aposta comigo mesmo – há três meses havia parado de fumar – e queria ver se aguentaria ficar sem a tentação de checar e-mails. Por quantos dias?
Para minha surpresa, fiquei seis dias. Confesso que no começo dava comichão, mas pensei que parar de fumar havia me exigido esforço muito maior. Só pensei isso, porque, na realidade, a síndrome de abstência teve quase a mesma fissura. Em alguns momentos pensei que não aguentaria. Mas, deu certo. Foi como pensado, cheguei em casa por volta das duas da madrugada, seis dias depois, e adivinhe se não fui ler e-mails. Um dia também espero repetir a experiência, mas dessa vez com o celular. Seis dias sem ligar ou atender ligações. Será que vai dar? Só vendo para crer – se fosse hoje, diria que não aguentaria – afinal, seriam duas exigências pesadas e muito próximas uma da outra.
Enfim, em Marechal Rondon pude abordar um tema conexo ao que venho tratando aqui na coluna: o Estado de Exceção. Pela primeira vez desde que defendi a tese, abordei este tema bastante árido, às vezes ácido demais, para uma plateia de jovens estudantes e professores extremamente atentos e qualificados. Ao final da minha fala, respondi uma série de perguntas que nem na banca de defesa me haviam sugerido. Sem exagero, ainda bem que depois da defesa me mantive atento ao tema e aos seus desdobramentos, porque se tivesse parado no tempo teria sido surpreendido. Mas, importa que deu tudo certo e nessa visita à UNIFASS – Sistema de Ensino cumprimos nossa missão, levando um pouco de nossa experiência. O fundamental, entretanto, foi rever amigos, como o professor Marcelo Gubert, e fazer muitos outros – isso sim, o maior presente da vida social.
Vinício Carrilho Martinez
Professor Adjunto II da Universidade Federal de Rondônia
Departamento de Ciências Jurídicas
Doutor pela Universidade de São Paulo
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