Quarta-feira, 5 de setembro de 2012 - 12h18
Sou suspeito para falar e escrever sobre educação, especialmente se for um bom empreendimento, se suas ações multiplicaram os acertos possíveis. Como se diz no interior: “o que é bom se promove”. Aliás, ainda bem que algumas ações inteligentes também se arvoram e contagiam, porque às vezes parece que só o mal se dá bem no Brasil. Ao pensar nisso lembro-me de Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar a nulidade; de tanto ver prosperar a desonra...”.
É difícil de encontrar, mas há coisas boas e inteligentes nas instituições brasileiras e uma delas se manifesta na Polícia Militar de Brasília. Da maneira como conheci, pareceu-me uma “polícia inteligente”, acima de tudo, porque investe massivamente em educação, ou seja, em inteligência. Todos que investem em educação são pessoas inteligentes!
No caso da PMDF, a educação não se restringe apenas ao aprendizado técnico, ao conhecido tecnicismo que abdica das intenções, dos valores, dos ideais formadores do profissional, do cidadão e da cidadã. Trata-se, sobretudo, da educação que nos comunica o maior valor humano: o apego à verdade republicana, a honestidade que deve defender a liberdade.
Em artigo publicado no Gente de Opinião falei que, na PMDF, sentia-me na Universidade de São Paulo, dada a qualificação das pessoas. Este material foi lido por mais alguns policiais e assim obtive mais informações. Soube que outros oficiais têm livros publicados, alguns com seis especializações, como é o caso do Tenente-Coronel Marcos Nunes. Mas ainda há mais, pois há uma banda marcial em que esta educação inteligente se multiplica.
Em mensagem enviada por José Dário Leandro, Subtenente Músico da PMDF e Mestre em Teoria Literária – UnB, reforça-se a aplicação da PMDF na educação inteligente. Ele me diz o seguinte: “Li a matéria de sua autoria, publicada no site Gente de Opinião, em que o senhor, após ter visitado as instalações do recém criado Instituto Superior de Ciências Policiais, confessa ter se surpreendido com a formação acadêmica dos policiais que integram o corpo docente do referido Instituto [...] Por isso, eu gostaria de contribuir, informando que, na Banda de Música, onde o senhor também esteve por ocasião da visita, há também vários policiais graduados em Música pela Universidade de Brasília, dentre estes o soldado Carlos Gontijo que acaba de retornar da França, onde concluiu o Mestrado em Música pela Universidade de Rouen. O soldado Gontijo é um expoente nacional em saxofone erudito, tendo se destacado em vários concursos de música instrumental realizados no País e, por essa razão, tem sido convidado para atuar como solista em várias orquestras sinfônicas, como a OSPA - Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e, no dia 11 de setembro, interpretará Vila Lobos, acompanhado da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, a convite do maestro Cláudio Cohen. Informo ainda que este missivista, além de ser graduado em Música, pela UnB, também é Licenciado em Letras e Mestre em Teoria Literária também pela UnB. Não faço isso para me autopromover, mas, tão somente, para reforçar as suas impressões a respeito da PMDF, agregando mais informações ao que o senhor considera ‘uma polícia inteligente’ é aquela que investe na formação e na qualificação dos seus integrantes, independentemente de hierarquia”.
Felizmente, no Brasil, a educação inteligente também pode se multiplicar. Como nos ensinou o senador romano Petrarca: Vertù contra furore / Prenderà l’arme, e fia ‘l combatter corto (O valor contra o furor, a virtude contra a violência pura, na luta que se espraia). Esta formação da polícia inteligente de Brasília me fez sentir que o país pode dar certo – bastaria investir nas pessoas.
Vinício Carrilho Martinez
Professor Adjunto II da Universidade Federal de Rondônia
Departamento de Ciências Jurídicas
Doutor pela Universidade de São Paulo
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