Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Vinício Carrilho

Regras básicas do consumo consciente


Com o fim bastante melancólico da Rio + 20, e que deveria ter superado em muito a Rio 92, é difícil achar alguém satisfeito. Não se avançou na constrição da produção capitalista e sobraram discursos de boa-fé. Por isso, mais uma vez, temos de rever a história e nossa consciência.

O Brasil instituiu em 2009 (15/10) o Dia do Consumidor Consciente. A data criada pelo Ministério do Meio Ambiente tem a intenção de procurar conscientizar o povo brasileiro a respeito dos problemas socioeconômicos, ambientais e políticos que causamos no país por conta dos padrões de produção e consumo insustentáveis que adotamos. A maneira como cada um de nós consome bens e serviços impactam, diretamente, o meio ambiente e, ainda, afeta o bem-estar da nossa comunidade.

O sistema socioeconômico que adotamos e as políticas resultantes dessa escolha têm conduzido a uma alienação fatal em termos de preservação ambiental. Aliás, estamos alienados, afastados, indiferentes a todos os aspectos ambientais, seja ele o ambiente natural, cultural, do trabalho ou artificial.

Preservar a natureza é apenas uma face dessa tarefa. O reflexo dessa escolha se traduzirá em mudanças na estrutura social, política e econômica. Talvez por isso mesmo é que tratamos as questões ambientais como tratamos o sistema prisional brasileiro: todos reconhecem ser um problema grave, mas, ninguém ousa por a mão para efetivamente resolver.

A participação das escolas e das instituições de ensino superior nesse processo de conscientização é fundamental. Porque todos sabem que a educação, uma educação libertadora, não conformista às regras estabelecidas é essencial para transformação da vida. Agora você já entendeu o que é consumo consciente?

Que tal repensar os seus hábitos de consumo? Aproveite e confira os doze princípios do consumo consciente elaborados pelo Instituto Akatu - ONG brasileira criada em 2011, especializada no tema - para começar a mudar de postura.

1. Planeje suas compras. Compre menos e melhor.

2. Avalie os impactos de seu consumo no meio ambiente e na sociedade.

3. Consuma só o necessário. Reflita sobre suas necessidades e tente viver com menos.
4. Reutilize produtos. Não compre outra vez o que você pode consertar e transformar.
5. Separe seu lixo. Reciclar ajuda a economizar recursos naturais e a gerar empregos.
6. Use o crédito com responsabilidade. Pense bem se você poderá pagar as prestações.
7. Informe-se e valorize as práticas de responsabilidade social das empresas.
8. Não compre produtos piratas. Assim você contribui para gerar empregos e combater o crime organizado.

9. Contribua para a melhoria dos produtos e serviços. Envie às empresas sugestões e críticas construtivas.

10. Divulgue o consumo consciente. Levante essa bandeira para amigos e familiares.
11. Cobre dos políticos. Exija ações que viabilizem a prática do consumo consciente.
12. Reflita sobre seus valores. Avalie os princípios que guiam suas escolhas e hábitos de consumo.

 
Profª. Ms. Fátima Ferreira P. dos Santos

Centro Universitário/UNIVEM

Prof. Dr. Vinício Carrilho Martinez
Universidade Federal de Rondônia

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoDomingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

O terrorista e o Leviatã

O terrorista e o Leviatã

O que o terrorista faz, primordialmente?Provoca terror - que se manifesta nos sentimentos primordiais, os mais antigos e soterrados da humanidade q

Direitos Humanos Fundamentais

Direitos Humanos Fundamentais

Os direitos fundamentais têm esse título porque são a base de outros direitos e das garantias necessárias (também fundamentais) à sua ocorrência, fr

Ensaio ideológico da burocracia

Ensaio ideológico da burocracia

Vinício Carrilho Martinez (Dr.) Cientista Social e professor da UFSCar Márlon Pessanha Doutor em Ensino de CiênciasDocente da Universidade Federal de

O Fascismo despolitiza - o Fascismo não politiza as massas

O Fascismo despolitiza - o Fascismo não politiza as massas

A Política somente se efetiva na “Festa da Democracia”, na Ágora, na Polis, na praça pública ocupada e lotada pelo povo – especialmente o povo pobre

Gente de Opinião Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)