Quarta-feira, 27 de novembro de 2019 - 09h34
O perfil de um homem
vai se cinzelando no decorrer dos anos e a poeira do tempo, como procede inexoravelmente,
a história, vai laminando as reputações. Assim surge e emerge, sem os antagonismos
que o homem tem em vida, o seu retrato definitivo. Escrevo sobre o jornalista
Euro Tourinho, que partiu para o Mundo Maior dia 25 de novembro, homem de extraordinária
personalidade, de onde transbordava a esperança, a alegria e a boa vontade. Acentuo
considerar importante, na vida de um homem, a sua capacidade de evolução, a não
permanência em quadros fechados, a necessidade de acompanhar a transformação do
pensamento do mundo. Essa evolução mostrava a juventude espiritual de Euro que
se conservava jovem também, porque também aprendeu aquilo que melhor significa
na vida: o dom de cativar amigos.
O privilégio de
tantos anos de amizade com Euro Tourinho, me dá razões de todas as ordens que
mais que justificam, tornar-se imperativa essa crônica – em homenagem ao seu trabalho
no jornalismo de Rondônia.
Foi incontestável sua
enorme contribuição na conquista da liberdade de imprensa e ao desenvolvimento
cultural do nosso estado. Lembro-me que, em 1981, um grupo de servidores
públicos idealista e cheio de esperança, constituído pela geógrafa Alda Marrocos,
a advogada e pedagoga Hilda Saraiva, a minha eficiente e fiel secretária, à época,
Francisca Souza Reis e eu, iniciou uma campanha comunitária objetivando a criação
de um Centro de Documentação e Pesquisa. E foi o jornal o “Alto Madeira”, leia-se
Euro Tourinho, o patrocinador do belo cartaz e de toda a divulgação. A campanha
obteve êxito tão grande que extrapolou a comunidade rondoniense, chegando a
outras Unidades da Federação. Nasceu, assim, o Centro de Documentação e
Pesquisa, com o objetivo de guardar a memória de Rondônia e que se encontra
atualmente no antigo prédio do palácio Presidente Vargas.
A despeito de se
expressar com precisão – jornalismo bom e sadio –, sabia explorar os encantos
do idioma. Em suas construções literárias ressaltavam a espontaneidade, a concisão,
as sínteses, as antíteses, as interrogações, em meio à disciplina das ideias e
ao tom irônico de seus libelos. Era dos que prezava a boa linguagem.
Tudo nele era
dele, forma e pensamento.
Dominava a matéria
que versava os temas que agitavam e não se perdia nas exposições. Era claro,
objetivo, metódico, sistematizador. Tinha a seriedade – virtude, entre nós – de
não se deixar desviar do assunto. Enfrentava-o e o estudava densamente. Não decepcionava
o leitor.
Euro Tourinho
integra com os saudosos Ary de Macedo, Enos Eduardo Lins, Carlos Augusto
Mendonça, Ordelo Beleza Serpa, Teobaldo Viana, Clidenor Moreira Jorge, Robeto
Uchoa, Petrônio Gonçalves que também se encontram no “Mundo Maior”, Paulo
Queiroz, Nelson Castro, João Tavares, Aluísio Pimenta e alguns outros, o grupo
de intérpretes luminares do jornalismo de Rondônia, analistas da caminhada rondoniense
em segmentos diversos.
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