Quarta-feira, 6 de março de 2024 - 11h34
Um
projeto que iniciou na década de 90 e transformou a vida de cerca de mil
pessoas privadas de liberdade, volta a ser desenvolvido pela Associação
Cultural e de Desenvolvimento do Apenado e Egresso em parceria com Secretaria de Estado de Justiça - Sejus, com
o apoio do Judiciário de Rondônia. Trata-se do espetáculo teatral Bizarrus, que
teve sua estreia em 1997 e permaneceu em cartaz por 16 anos, atingindo um público de mais de 150 mil
pessoas, 40 mil, só de estudantes, dentro de um trabalho de prevenção à
violência. Depois de um hiato de 7 anos, o projeto retorna agora com nova
turma, porém com a mesma proposta, a ressocialização por meio da arte.
A peça, montada a partir das próprias histórias dos participantes, após passar
por um intenso trabalho iniciado em setembro de 2023, terá na próxima
quinta-feira, dia 7 de março, um marco importante: o ensaio geral, que ocorrerá às 14h, na Acuda, Estrada da Penal, Km
5 - Aponiã, sessão que será aberta à imprensa e aos parceiros do projeto:
Tribunal de Justiça, Secretaria da Justiça e Acuda - a Associação Cultural e de
Desenvolvimento do Apenado e Egresso, um espaço que surgiu a partir de Bizarrus
e propõe atividades laborais e terapêuticas para a real transformação de quem
cumpre pena.
“Já fizemos o reconhecimento técnico do espaço cénico, agora faremos o primeiro
ensaio geral no teatro, o que trará confiança para a estreia de Bizarrus,
prevista para 25 de abril”, contou o diretor Marcelo Felice.
Montagem
A
montagem da peça começou cinco meses antes, com as audições dentro das próprias
unidades prisionais. A equipe técnica fez uma audição, na qual dezenas de
pessoas privadas de liberdade, se submeteram aos testes. Na seleção a equipe chegou a 27 nomes,
com resultados surpreendentes. O processo seguiu depois na Acuda, onde foi
possível montar duas turmas, com possibilidade de elenco substituto.
Tanto o espetáculo quanto o modelo de reintegração social construído por pela
Acuda em parceria com a Sejus, tem o apoio do Tribunal de Justiça de Rondônia,
que por meio do GMF, Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema
Carcerário e da VEP, Vara de Execuções Penais de Porto Velho, busca
alternativas para uma efetiva ressocialização de quem cumpre pena.
“Este projeto tem dado muitos frutos positivos. Tenho certeza que será
novamente exitoso e desejo que se prolongue por muito tempo em face de sua
especial qualidade. Quem viu Bizarrus não esquece”, finalizou Sérgio Willian
Teixeira, juiz da Vepema e membro do GMF.
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