Quinta-feira, 21 de julho de 2022 - 10h51
Na próxima sexta-feira (22 de
julho),
às 19h, no Teatro Guaporé, em Porto Velho (RO), mais nove trabalhos artísticos desenvolvidos
por acadêmicos e egresso do Curso de Licenciatura em Teatro da Universidade
Federal de Rondônia serão apresentados ao público. A programação integra a 4ª
edição da Mostra de Encenações do Departamento de Artes da Unir (MEDU IV), que teve
início no dia 15/07.
O evento é gratuito, com
classificação indicativa para maiores de 16 anos e contará com bate-papo com os
acadêmicos/artistas após a exibição dos trabalhos. Os ingressos podem ser
adquiridos com uma hora de antecedência no local do evento.
Serão apresentados os
trabalhos artísticos ao vivo e gravados:
Para aceitar a minha deficiência visual (Mayara Camargo); Aterro (Cláudio Zarco); Bacoxum
(Dennis Weber, Luís Gustavo Aldunate e Sâmia Pandora); Com-pulsei
(Evaristo Corrêa); Reflexo (Luís Gustavo Aldunate); Homo Consumericus
(Cláudio Zarco); Rio Poluído (Sabrina Barbosa); Transform(ação)
(Emerson Garcia Barros); Corpos do Prazer (Ádamo Teixeira).
A
Mostra
A Mostra de Encenações do
DArtes/Unir é um projeto de extensão do Departamento de Artes da Universidade
Federal de Rondônia, mais especificamente do Curso de Licenciatura em Teatro,
com coordenação do professor Dr. Luciano Oliveira. Esta edição (4ª) integra o
Evento Cultural Funcer - 2022, desenvolvido pela Fundação Cultural do Estado de
Rondônia (Funcer).
Na Mostra são apresentados ao
público os projetos de encenação e artísticos desenvolvidos pelos alunos das
disciplinas Linguagem da Encenação Teatral e Fundamentos da Direção Teatral,
ministradas por Luciano Oliveira. A programação da 4ª Mostra também conta com
breves cenas, contação de história e vídeo-performances desenvolvidas nas
disciplinas de Performance, Processos de Ensino em Teatro I, TCC II, Atuação
com Objetos e Arte e Educação Ambiental.
“Na IV edição, as novidades
são as apresentações no palco do Teatro Guaporé, seguidas das exibições de
vídeos de forma presencial, como as que ocorrem num cinema. Assim, teremos um
evento que promove o hibridismo de linguagens artísticas: teatro, contação de
histórias e vídeos. Os vídeos, por exemplo, contemplam linguagens, estilos e
gêneros diversos. Temos desde vídeos resultantes de experimentações teatrais
presenciais, portanto antes da pandemia de COVID-19, que passaram por
experimentações e adaptações virtuais durante a pandemia; vídeos com
características performativas, os chamados vídeos-performances; e até mesmo um
vídeo cujo gênero é intitulado como vídeo-teatro performativo, ou seja, um mix
de teatro, performance e audiovisual”, explica Luciano.
Saiba mais sobre a Mostra
acessando nosso perfil no Instagram, onde compartilhamos os perfis dos
artistas, sinopses e outros detalhes do evento.
Sinopses
dos trabalhos apresentados na sexta-feira (22/07)
PARA ACEITAR A MINHA DEFICIÊNCIA VISUAL
Atuação:
Mayara Camargo
Colaboração:
Roberto Ruiz
Sinopse: Em
“Para Aceitar a Minha Deficiência Visual” a atriz Mayara Camargo traz um pouco da sua fase de
aceitação da deficiência visual, a negação de aprender o braille e demais
adaptações para o cotidiano de uma pessoa cega. A cena é dividida em duas
situações: a fase da não aceitação e o desabafo ao final da própria atriz sobre
sua deficiência.
ATERRO
Equipe
artística e técnica: Cláudio Zarco, Anthony Christian Fernandes,
Dani Anjos, Vina Jaguatirica, Patrick de Araújo e Núcleo Curare
Sinopse:
A
ação “Aterro” apresenta o terreno em que o corpo é soterrado pelas instâncias
disciplinares que o poder produz, induz, investe ao sujeito, que trabalha,
arregaça as mangas e ara sua vida que não é util. É no cultivo que o corpo
aterrado se encontra com sua adjetivação, aterrorizado. O embate brota. Neste
processo de enterro e desterro do corpo, terras caídas florescem o pensar em
busca de afetos aquíferos, ou ainda, como diria Ailton Krenak: “A Terra pode
nos deixar para trás e seguir o seu caminho”.
BACOXUM
Criadores
(a) e atuadores (a): Dennis Weberton Vendruscolo Gonçalves, Luís
Gustavo Aldunate e Sâmia Pandora
Provocador: Luiz Lerro
Sinopse: Um
deus e uma deusa, vindos de terras longínquas através das bocas-pensamentos de
imigrantes, mas já acostumados com as transitoriedades e complexidades da terra
Rondônia, se cruzam por entre praças e fontes abandonadas de Porto Velho, em um
jogo de desejo e repulsa, de vida e morte.
COM-PULSEI
Concepção
e realização: Evaristo Corrêa
Provocador: Luiz
Lerro
Sinopse: A
vídeo-performance "Com-pulsei" apresenta um corpo compulsando entre
as paredes de um micro apartamento rodeado dos consumos mais comuns do nosso
cotidiano, gerando aflições e desesperos ora silenciosos, ora estrondosos.
Sensações ampliadas no contexto político e pandêmico do Brasil de 2018-2022.
REFLEXO
Equipe
artística e técnica: Gabriela Aldunate e Luís Gustavo Aldunate
Sinopse: Um
homem fica entre escolhas de duas caixas misteriosas e se depara com seu diário
contendo lembranças e assuntos nunca resolvidos, o que o deixa perturbado.
Reflexo foi filmado por meio do espelho e é um roteiro adaptado do original de
Nery Rodrigues.
HOMO
CONSUMERICUS
Equipe
artística e técnica: Cláudio Zarco, Luiz Lerro, Éder Rodrigues, Teo
Nascimento, Raíssa Dourado e Núcleo Curare.
Sinopse:
Homo
Consumericus é uma performance itinerante, inspirada no poema “Eu Etiqueta”, de
Carlos Drummond de Andrade. O Homem-anúncio, protótipo de todas as logomarcas
do mercado se desloca pelos centros urbanos, interagindo com vitrines, com
espaços comerciais e com o público transeunte. Esta interação promove reflexões
sobre a identidade em meio à overdose e selvageria do sistema capital. A
proposta é discutir a temática, partindo da instalação de uma poética crítica
da arte corporal, passando pela ocupação do espaço público, por movimentos
sociais e sua descaracterização da cidadania pela associação da mesma ao
consumo. O estranhamento poético e crítico da imagem do Homo Consumericus, no
espaço urbano, abre perguntas sobre as liberdades do ser humano sobre a
natureza do consumo e do corpo, criando um argumento sobre como essas
liberdades são moldadas por convenções estéticas e sociopolíticas.
RIO
POLUÍDO
Equipe
artística e técnica: Sabrina Barbosa, Tharlles Alef de Oliveira
Araújo e Gilca Lobo
Sinopse: “Rio
Poluído”, de Sabrina Barbosa, surgiu durante a disciplina “Atuação com
Objetos”, ministrada pelo professor Luciano Oliveira. O vídeo mistura teatro
com objetos e dança contemporânea. O trabalho é dividido em dois momentos,
sendo que no segundo é usado um figurino que simboliza um rio fictício. Para
tanto foram estudadas características do Rio Madeira. O trabalho pode ter
várias leituras por parte do público e apresenta a poluição dos rios, tema
transversal à Educação Ambiental. “Rio Poluído” busca retratar a dor e o
sofrimento que a natureza enfrenta, bem como o seu pedido de socorro.
TRANSFORM(AÇÃO)
Equipe
artística e técnica: Emerson Barros e João Mariano
Provocador: Luiz
Lerro
Sinopse:
A
vídeo-performance coloca em cena um indivíduo com depressão e vergonha do seu
próprio corpo. A frustração afeta a sua saúde mental, jogando-o em lugares
obscuros e de desespero, amortizados por uma gula insaciável!
CORPOS
DO PRAZER
Equipe
artística e técnica: Ádamo Teixeira, Luciano Oliveira, Luís Gustavo
Aldunate, Dennis Weber e Jamilly Martins
Sinopse:
“Corpos do Prazer” é uma obra artística (vídeoteatro performativo) resultante
das investigações empreendidas pelo discente Ádamo Teixeira, do Curso de
Licenciatura em Teatro da UNIR, durante o seu Trabalho de Conclusão de Curso,
sob orientação do professor Luciano Oliveira. Nesse trabalho, a travesti
Amitaff propõe a lançar-se como artista (cantora, atriz e performer) ao mesmo
tempo em que divulga um pacote promocional de fotos e vídeos eróticos.
Acompanhada pelo seu produtor (e cliente), que filma e transmite “ao vivo” as
imagens do evento, ela sente na pele as consequências da exclusão social e do
machismo. O trabalho denuncia ainda a invisibilidade, a violência, a transfobia
e o moralismo tão em voga no Brasil atual.
Ficha
Técnica da IVMEDU
Coordenação e produção:
Luciano Oliveira
Apresentação: Alexandre
Falcão e Luciano Oliveira
Assessoria de Imprensa:
Dennis Weber
Publicitário: Luís
Gustavo Aldunate
Curadoria artística: Luciano
Oliveira, Dennis Weber, Luís Gustavo Aldunate, Sabrina
Barbosa,
Aléxia Mille e Jonathan Ignácio
Bolsistas PIBEC:
Aléxia Mille, Jonathan Ignácio e Rafa Correia
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