Sexta-feira, 18 de junho de 2021 - 09h35
A dor no pescoço é um problema muito comum que tende a ser ignorado pela maioria das pessoas, sendo justificado, quase sempre, como um “mau jeito”. No entanto, o sintoma merece atenção por estar associado a causas diversas, que vão desde a má postura até a hérnia de disco cervical.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a hérnia de disco aflige cerca de 5,4 milhões de pessoas no país. O problema de saúde é uma das principais razões para afastamentos de trabalhadores pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A hérnia de
disco é definida como o deslocamento do disco localizado entre duas vértebras
da coluna, provocado pelo desgaste dessa estrutura. “O problema é mais
frequente nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao
movimento e que suportam mais carga”, alerta o Ministério da Saúde.
A dor no pescoço é uma das manifestações clínicas que podem ocorrer em
um quadro de hérnia de disco cervical. A dor pode irradiar ombros, braços,
costas e outras partes do corpo. Sensação de formigamento, dormência e
dificuldade ou limitação para a realização dos movimentos são outros sintomas.
A atenção aos sinais é importante para assegurar o tratamento rápido e
impedir o agravamento do problema. Por isso, a orientação dos profissionais da
saúde é de não ignorar a dor no pescoço, principalmente se a manifestação for
aguda e/ou prolongada.
O diagnóstico da hérnia de
disco cervical é feito clinicamente. A ressonância
magnética de coluna cervical é indicada para uma investigação
detalhada da lesão. O exame avalia a porção da coluna entre o crânio e o
pescoço, que compreende as vértebras C1 a C7. Além de auxiliar no diagnóstico,
a ressonância magnética também possibilita o acompanhamento do quadro do
paciente durante o tratamento.
A hérnia de disco cervical pode ser tratada por meio de procedimento
cirúrgico ou não, dependendo da avaliação médica das condições apresentadas
pelo paciente. Para a decisão devem ser analisados os sintomas e o grau de
dificuldade ou limitação motora.
“A cirurgia só é indicada
quando o paciente não responde ao tratamento conservador e nos casos de
compressão do nervo exercida por parte do disco que extravasou, pois corrigido
esse defeito a dor desaparece completamente”, orienta o Ministério da Saúde.
A hérnia de disco é resultado do desgaste da estrutura intervertebral
(disco), o que pode ocorrer por diferentes causas, que vão desde o fator
genético até o envelhecimento. Mas também há motivos evitáveis, como
sedentarismo e tabagismo.
De acordo com o Ministério da Saúde, manter hábitos saudáveis é a melhor
forma de garantir a saúde da coluna e de suas estruturas. Alimentação saudável,
controle do peso e cuidados com a postura no dia a dia são maneiras de evitar o
problema.
Outra forma importante de
prevenção é a prática regular de atividades físicas, o que proporciona o
fortalecimento da musculatura para a conservação dos discos da coluna.
Além da hérnia de disco, a dor no pescoço pode ser desencadeada por
outros fatores que também merecem atenção e cuidados. Dentre eles estão a
mialgia (tensão muscular), o torcicolo, a artrite reumatoide, a cefaleia, a
meningite e o câncer. Embora, na maioria das vezes, possa indicar um quadro
clínico simples, a orientação dos profissionais de saúde é não ignorar o
sintoma.
Entrevista com a fisioterapeuta Amabile Granesini
Veja a entrevista:
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