Terça-feira, 6 de março de 2012 - 19h16
Stênio Ribeiro
Agência Brasil
Brasília – O crescimento de 2,7% da economia brasileira, no ano passado, decorre principalmente da estagnação da indústria de transformação, que evoluiu apenas 0,1% em 2011, inicia 2012 com um carregamento negativo de 3,3% e se afasta do desempenho dos outros setores da economia. Esse “quadro alarmante” foi pintado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), diante dos números divulgados hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro ano do governo Dilma Rousseff.
De acordo com a CNI, os poucos avanços na remoção dos obstáculos à competitividade, a permanência de taxa de juros elevada, em termos globais, e a baixa produtividade são fatores que elevam o custo de produção e limitam o poder de competição dos produtos industriais brasileiros.
Em nota, a entidade representativa da indústria salientou que, sem alteração substantiva desse quadro, que se traduz em um custo Brasil elevado, dificilmente a evolução do PIB, que é a soma das riquezas produzidas no país, apresentará mudança significativa em relação à situação atual.
A CNI assinala que o PIB da indústria de transformação recuou 2,5% no quarto trimestre de 2011, comparado ao trimestre anterior, e está no menor nível desde o último trimestre de 2009. Desempenho que fez a indústria geral recuar 0,5% na mesma base de comparação, sendo o único componente do PIB em queda. Todos os demais componentes tiveram expansão, tanto do lado da demanda quanto da oferta.
Para os dirigentes da CNI, o resultado do PIB confirma a tese de que a economia brasileira tem mais vigor quando a indústria de transformação é o motor dessa expansão. Eles concluem que, para o pais acelerar o crescimento do PIB, “é imprescindível gerar condições para a indústria voltar a crescer em ritmo forte”.
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