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Economia - Nacional

Conheça as duas correntes que disputam o comando da economia no novo governo Lula


Agência O Globo RIO - A escolha dos meios para fazer a economia brasileira crescer de forma mais intensa está por trás da disputa de poder lançada após a vitória de Lula no segundo turno. A média de crescimento dos primeiros quatro anos de Lula gira em torno de 2,7%, num período em que a economia global não enfrentou qualquer crise de maiores proporções. O PIB mundial está crescendo na casa de 5%, e a média dos países emergentes, 6%. Ou seja, o Brasil está avançando, mas pouco. Como resolver o problema? Há duas correntes em disputa sobre esta questão: A primeira considera que o governo gasta muito e mal, tem despesas correntes elevadas e crescentes, e acaba tendo poucos recursos para investir em infra-estrutura, por exemplo. Toma empréstimos demais para financiar sua dívida e, para cobrir os gastos, mantém a carga de impostos em níveis recordes. Esta corrente - que tem entre seus defensores o grupo do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, incluindo aí o atual presidente do Banco Central, Henrique Meirelles - prega um consistente corte de gastos correntes e, principalmente, reformas como a da Previdência. Só assim, afirmam, será possível reduzir a dívida pública, baixar os juros de forma mais acentuada sem fazer subir a inflação, aumentar os investimentos privados e estimular o crescimento. A segunda corrente sustenta que o problema está, fundamentamente, nos juros altos e no dólar baixo. Este grupo - integrado pelo atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro de relações institucionais, Tarso Genro, além de boa parte dos petistas históricos - resiste a novos cortes de gastos. A prioridade seriam os cortes de juros, de forma mais rápida e intensa, mesmo que isso signifique algum aumento da inflação. Esta corrente argumenta que o governo gasta demais com o pagamento de juros, que, se caírem com mais força, liberarão mais dinheiro para investimentos públicos. A queda dos juros também teria efeito sobre a cotação do dólar, pois juros menores tendem a fazer a moeda subir, ajudando os exportadores. Assim, para essa corrente, o BC tem que ser mais ousado na redução dos juros.

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