Terça-feira, 31 de março de 2020 - 11h47
Um documento enviado pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aos
governadores brasileiros revela que o corte de 50% na arrecadação compulsória
por 90 dias, definido pelo governo federal para diminuir os efeitos da pandemia
do novo coronavírus, provocará o fechamento de 265 unidades do Serviço Social
do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). O
corte foi anunciado semana passada em pacote do governo para enfrentar crise
causada pela pandemia do coronavírus. Ele consiste na redução em 50% das
contribuições de empresários para o Sistema S (que inclui o Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial – Senai; Serviço Social do Comércio – Sesc; Serviço
Social da Indústria- Sesi; e Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio-
Senac) por três meses, numa economia total de R$ 2,2 bilhões para as empresas.
Segundo o CNC, o movimento
deve gerar a demissão de 10.210 trabalhadores em todo o país. A medida reduzirá
mais de 36 milhões de atendimentos, vagas e inscrições nos serviços oferecidos.
Os estados mais prejudicados serão Rio de Janeiro, com 34 unidades fechadas;
Pernambuco (29); Santa Catarina (28); Rio Grande do Norte (18); Goiás (17);
Piauí e Paraná (16 unidades fechadas, cada); Amazonas (15); Minas Gerais (14);
e Acre (13), mas, proporcionalmente são muito significativos nos outros
estados, inclusive no nosso, onde se estudam medidas para evitar maiores danos
às entidades.
O presidente da CNC, José
Roberto Tadros, afirmou que a redução dos atendimentos do Sesc e do Senac vai
afetar municípios que necessitam da infraestrutura das duas instituições,
inclusive para atendimento básico à população. “Mais de 90% das unidades que
poderão ser fechadas estão presentes em regiões que, muitas vezes, carecem da
presença do governo e, principalmente nestas localidades, os serviços que o
Sistema Comércio oferece chega aos mais pobres, a parcela que sofrerá o maior
impacto com o fechamento (das unidades)”.
A CNC encaminhou um plano de ações do Sesc e do Senac ao presidente Jair
Bolsonaro, aos ministros Paulo Guedes (Economia) e Luiz Mandetta (Saúde), e aos
titulares da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, David Alcolumbre,
para evitar o fechamento das unidades e a demissão de milhares de
trabalhadores. O plano envolve recursos da ordem de R$ 1 bilhão que serão
usados, principalmente, no combate ao coronavírus e na prestação de serviços à
sociedade nos próximos três meses. Esta verba de R$ 1 bilhão corresponde a 50%
da contribuição compulsória do Sesc e Senac em três meses. Segundo Tadros, a
capilaridade do Sesc e Senac poderá ser usada para reduzir os impactos da
pandemia de coronavírus em municípios brasileiros carentes de estrutura.
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