Cotação do dólar volta aos níveis de maio. Bovespa recua, pressionada por Telemar

Rui Pizarro - Agência O Globo RIO - Apesar de mais uma tentativa do Banco Central de conter a queda do dólar por meio de um leilão de compra no mercado à vista, a moeda voltou a fechar em queda, desta vez, de 0,65%, cotada a R$ 2,1320, para venda, o que representa o menor nível desde 11 de maio. Os dados da balança comercial divulgados na parte da manhã - superávit de US$ 1,02 bilhão na terceira semana de agosto - reforçaram o otimismo do mercado e a perspectiva de ingressos, o que levou os investidores a venderem dólares, em um dia sem notícias de impacto nos cenários interno e externo. Na sexta-feira passada, a moeda apresentou alta de 0,19% no fim do dia, cotada a R$ 2,1460 para venda. BOVESPA - A ausência de notícias de impacto tanto no país, quanto no exterior, fez os mercados atuarem sem grandes oscilações. A Bovespa acompanhou o desempenho das bolsas americanas, que recuaram devido a preocupações com a alta do petróleo. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em baixa de 1,04%, aos 37.161 pontos e com volume financeiro expressivo - de R$ 3,452 bilhões - devido ao vencimento de opções. Na sexta-feira passada, a bolsa fechou com volume de R$ 1,72 bilhão. TELEMAR - Um dos motivos da queda do Ibovespa foi, também, a queda acentuada das ações ordinárias da Telemar, de 18,83%, vendidas a R$ 59,92, depois que um parecer da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), divulgado na sexta-feira passada, suspendeu o direito a voto desses papéis em alguns casos de incorporação de ações a valores desiguais. A decisão vale para todas as companhias e surtia efeito também sobre outros papéis na bolsa, mas atinge diretamente o grupo Telemar, que propõe uma reestruturação societária. As preferenciais tiveram alta de 0,84%, cotadas a R$ 30,86. PETROBRAS - As ações da Petrobras também recuaram no dia, depois que índios guaranis de uma estação de controle do gasoduto de Transierra, na Bolívia, ameaçaram fechar uma válvula de escoamento. A ocupação foi feita neste sábado por mais de 250 pessoas que reivindicam obras e investimentos para o desenvolvimento social da zona indígena em um prazo de 20 anos. Com isso, os papeís preferenciais da companhia fecharam em queda de 1,20%, a R$ 44,35, enquanto as ações ordinárias retrocederam 0,82%, vendidas a R$ 49,29. JUROS - As projeções das taxas de juros na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em queda nesta segunda-feira, revertendo a tendência de alta observada no encerramento do mercado, na sexta-feira passada. Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2007 recuaram para 14,29% ao ano, enquanto o DI janeiro de 2008, passou de 14,33% para 14,28%. Já o DI janeiro de 2010 caiu para 14,35%.

Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

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