Sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011 - 14h30
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO, ao mesmo tempo que elogia o governo Confúcio Moura por seu comportamento proativo em relação as classes produtivas, tem, por meio de cartas e pronunciamentos, pedido para que seja revista a atual política econômica, em especial o aumento de juros como forma de combate à inflação. Segundo ele, “Esta se aplicando sempre o mesmo remédio que tem se provado inócuo. A presidente Dilma, com medidas restritivas à produção, infelizmente, está se deixando levar pela inércia de alguns assessores que agem sem ousadia e sem criatividade”. A elevação dos juros, para Raniery, é nociva ao país e não tem efeitos reais sobre a inflação e o risco é de que, sem ação em relação ao câmbio, haja um desmonte da indústria brasileira.
Sem mudanças na política país se desindustrializa
As reclamações do presidente Raniery tem razão de ser na medida em que, nos dois primeiros meses do ano, o otimismo que existia está sendo dissipado pela divulgação de indicadores que mostram queda da produção e do consumo em parte por causa do pacote editado pelo Banco Central em dezembro e também por causa da elevação da taxa de juros. O próprio Banco Central informou que os consumidores estão pagando mais pelos empréstimos e que as concessões caíram. De acordo com os dados apresentados pelo diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, a taxa média de juros para o crédito pessoal passou de 40,3% ao ano, em 6 de dezembro de 2010, para 49,4% ao ano, em 26 de janeiro deste ano. No mesmo período, a média das concessões de crédito pessoal passou de R$ 708 milhões para R$ 571 milhões. A taxa média de juros para a compra de veículos cobrada pelos bancos das montadoras passou de 19,2% ao ano para 23,1% ao ano e as concessões caíram de R$ 79 milhões para R$ 50 milhões. No caso dos demais bancos, a taxa média de juros para a compra de carros passou de 22,9% ao ano para 27,7% ao ano, com queda nas concessões de R$ 567 milhões para R$ 315 milhões.
Segundo o diretor, "a dinâmica recente de prazos, preços e volume de concessões sugerem eficácia das ações macroprudenciais introduzidas no início de dezembro, como elemento de contenção da demanda agregada". Em suma isto significa que, ao aumentar a exigência do requerimento de capital das instituições financeiras de 11% para 16,5%, para a maioria das operações de crédito a pessoas físicas, para cada R$ 100 emprestados, o banco deverá ter R$ 16,5 e não mais R$ 11 para arcar com riscos. Ainda influi mais para comprimir o consumo o fato de que a medida estabeleceu que, para empréstimo com prazos mais longos, principalmente para a compra de veículos, os bancos terão que reservar mais recursos para cobrir os riscos. Como também houve o aumento de alíquotas de depósitos compulsórios, recursos que os bancos são obrigados a deixar no BC, e assim não podem usar o dinheiro para emprestar aos clientes o resultado imediato é crédito mais caro, menos consumo e menos produção. Para Raniery Coelho, o governo tem tomado medidas que desestimulam o setor produtivo e, com o câmbio alto, permitem a invasão de produtos estrangeiros aumentando a desindustrialização do país, daí pregar “É necessário que se tenha mais criatividade e ousadia nas políticas econômica o que implica em mexer no câmbio e buscar formas de baixar os juros”, concluiu.
Fonte: Sílvio Persivo
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