Fiesp: juros altos e câmbio explicam fraco desempenho da indústria

Agência O Globo SÃO PAULO - O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Paulo Skaf, atribui aos juros altos e ao câmbio sobrevalorizado o baixo crescimento de 2,8% da indústria no país em 2006, que foi divulgado nesta segunda-feira Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). - É lamentável constatar que, dentre os 27 setores pesquisados, 18 ficaram abaixo da média e apenas nove acima - salientou. Skaf lembrou ainda que a Fiesp vem alertando, desde meados do ano passado, sobre os efeitos negativos da política monetária no setor manufatureiro e na economia em geral. - O resultado é o que vemos, ou seja, baixo crescimento, concentrado em poucos segmentos - avaliou. Para o presidente da Fiesp, o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) suscitou a perspectiva de uma ação mais forte na direção de juros mais baixos e correção do câmbio. - Entretanto, o Copom, dois dias após o lançamento do plano, já frustrou essa expectativa, com a inexplicável redução da Selic em apenas 0,25 ponto percentual. A conseqüência imediata foi mais uma valorização cambial, aprofundando-se o círculo vicioso do desestímulo à produção - ressaltou Skaf, concluindo: - Se a política econômica não for modificada, o desempenho da indústria continuará fraco e a meta de crescimento do PAC não terá como ser alcançada.

Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)

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