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Economia - Nacional

Financeiras perdoam juros e dão descontos no acerto das dívidas


Cibele Gandolpho - Agência O Globo SÃO PAULO - Está aberta a temporada de renegociações de dívidas por parte das financeiras e de alguns bancos. Com a aproximação das festas de fim de ano, quando os consumidores recebem o 13º salário e gastam mais, cresce a procura de inadimplentes querendo limpar o nome na praça para renegociar dívidas pendentes. Ao mesmo tempo, as próprias financeiras estão à caça dos devedores que queiram regularizar suas situações. Os descontos nos juros podem chegar a 100% sobre os encargos e, em alguns casos, há descontos no valor principal da dívida. Uma delas é a ASB Financeira, que negocia dívidas vencidas a partir de 181 dias. Pagamentos atrasados entre 181 a 240 dias têm 100% de desconto nos encargos e 5% no valor principal da dívida. Para pendências entre 241 e 360 dias, há 100% de desconto nos encargos e 20% de abatimento no principal da dívida. Ainda há outros planos de renegociação, porém, os maiores incentivos são dados aos clientes que não pagam nada há mais de 1.081 dias. - Nestes casos, perdoamos 100% dos juros com encargos e ainda abatemos 55% do valor da dívida - explica o diretor da ASB Financeira, José Arthur Assunção. Algumas financeiras não concordam em divulgar renegociações porque acham que isso incentiva o cliente a não pagar as contas nas datas certas para ganhar descontos mais tarde. É o caso da Fininvest, que não se pronuncia sobre renegociações. A financeira informou apenas que cada caso é avaliado individualmente. Já a Taií informou que realiza renegociações, mas que não há um padrão de descontos. Cada cliente negocia diretamente na financeira. - Eu não acho que oferecer planos para renegociação é incentivar a inadimplência - diz Assunção. Segundo ele, é melhor para as duas partes quando há acordo. - Tanto para o cliente, que pode voltar a ter seu nome limpo na praça e poder realizar outras operações de crédito, quanto para a financeira, que recebe algum dinheiro da dívida - assinala. - A ASB só faz acordos com pendências com mais de 180 dias. É metade de um ano. Se o cliente não pagou nesse período, já está com o nome negativado. Para nós, é um dinheiro praticamente perdido. O que entrar, é lucro - acredita. A Losango também antecipou a recuperação de crédito. A empresa está oferecendo descontos progressivos nos encargos para pagamentos à vista, parcelamento da dívida em até 12 vezes e, em casos de atrasos maiores, abatimentos no principal da dívida. A oferta vale a partir de 80 dias de atraso e não mais 180 dias como em 2005. Caso ocorra a escolha por um reparcelamento da dívida, a entrada deverá ser em dinheiro e depois a Losango envia um carnê para o pagamento das demais parcelas. A empresa espera beneficiar cerca de 3,5 milhões de devedores que podem fazer a renegociação. A campanha vai até o fim do ano. Renegociar dívidas pendentes é o recurso utilizado por diversos consumidores. O economista Claudio Lins explica que nunca vale a pena deixar a dívida "caducar" porque o cliente fica sem crédito por, pelo menos, cinco anos. - Negociar um parcelamento, se não puder quitar, é a melhor opção porque se o cliente pagar aos poucos, ele deixa de ser inadimplente e fica com o nome limpo - assinala. Foi o que fez a auxiliar de serviços gerais Laurinda Rodrigues, de 52 anos. Há alguns anos, ela ficou sem pagar as prestações de uma financeira e acabou sendo negativada no Serasa. - Consegui depois de um tempo o parcelamento da dívida em cinco prestações, com desconto nos juros - diz. Há dois meses, Laurinda fez um novo empréstimo na financeira Ibis para pagar outras contas urgentes. Ganhando quase dois salários-mínimos por mês, a auxiliar ainda não conseguiu pagar as duas primeiras parcelas, num total de três. - Vou tentar um acordo de quitação - diz Laurinda, que também possui um financiamento de carro de 60 meses.

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