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Ibovespa Futuro desaba 1.700 pontos e dólar dispara após queda de Parente


Ibovespa Futuro desaba 1.700 pontos e dólar dispara após queda de Parente  - Gente de Opinião
Do Infomoney - O Ibovespa Futuro desabou mais de 1.500 pontos, para a faixa de 76.500 pontos após a notícia de que o presidente da Petrobras (PETR4 +0,53%), Pedro Parente pediu demissão. Com a notícia, os papéis da companhia entraram em leilão e estão "congelados" desde às 11h20 (horário de Brasília). Os ADRs da estatal negociados em Nova York, por sua vez, registram queda de 11,26%, indicando que as ações devem voltar aos negócios com forte perda.

Mesmo com a Petrobras congelada na bolsa, o Ibovespa à vista já perdeu força e, às 11h48, registra queda de 0,03%, para 76.727 pontos. O dólar, por sua vez, disparou e tinha alta de 0,50% no mesmo horário, cotado a R$ 3,7553 na venda. Além disso, as ações da BRF (BRFS3 +2,57%), também entraram em leilão diante dos rumores das últimas semanas de que Parente poderia assumir o cargo de CEO da companhia.

Em comunicado, a Petrobras apenas informou a demissão e disse que "a nomeação de um CEO interino será examinada pelo Conselho de Administração ao longo do dia de hoje".

O mercado nesta sexta-feira
No exterior, o dia é de recuperação após a tensão na véspera com uma nova medida protecionista de Donald Trump nos Estados Unidos e uma menor tensão em função da crise política italiana. Os índices futuros norte-americanos registram ganhos de 0,5%, enquanto na Europa, a bolsa italiana tem forte alta de 2,6%, enquanto a Espanha sobe 2%.

Na maior economia do mundo, destaque para o relatório de emprego divulgado nesta manhã, mostrando uma geração de 223 mil novos empregos, resultado acima das expectativas dos analistas, que eram de 190 mil cargos criados em maio. Em geral, o relatório mostrou uma economia com bastante vigor. A maioria das indústrias acrescentou empregos e o salário dos trabalhadores aumentou em um ritmo um pouco mais acelerado. A taxa de desemprego caiu novamente, a 3,8%, para o nível mais baixo desde abril de 2000.

Enquanto isso, na Itália o clima é de alívio, com a possibilidade de uma gestão menos eurocética do que era temido pelos investidores. Ontem, os líderes das duas forças políticas majoritárias no parlamento -- a conservadora nacionalista Liga e o antissistêmico Movimento 5 Estrelas -- anunciaram um novo acordo para a formação de governo, quase três meses após as eleições, liderado novamente pelo premiê Giuseppe Conte, que apresentou sua lista de ministros ao presidente Sergio Mattarella pela segunda vez em uma semana.

Ainda no velho continente, chama atenção a moção de censura contra o governo de Mariano Rajoy, do Partido Popular, e a aprovação do nome do líder socialista Pedro Sánchez como novo chefe de governo da Espanha. Abalado por casos de corrupção do seu partido, Rajoy, que está há 11 anos no poder, reconheceu mesmo antes da votação que seria derrotado.

Noticiário do dia
A greve dos caminhoneiros é dada como encerrada, com os caminhoneiros autônomos concentrados nas proximidades do Porto de Santos decidirem descruzar os braços. Mas os impactos econômicos começam a preocupar os investidores. Além do esperado arrefecimento em um nível de atividade já baixo, o evento trouxe uma dor de cabeça no campo fiscal, com as concessões do governo à categoria. Para compensar a redução de R$ 0,46 por litro de diesel, o governo detalhou ontem, em publicação no Diário Oficial da União, as medidas a serem tomadas, com custos que somarão R$ 13,5 bilhões aos cofres públicos.

Para garantir o orçamento necessário à subvenção e não descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo publicou instrumentos como medida provisória e decreto para compensação tributária, além da reoneração da folha de pagamentos de 39 setores da economia, conforme texto aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado (com vetos) pelo presidente Michel Temer.

Na prática, os recursos para compensar a redução do PIS/Cofins e da Cide sobre o diesel virão, além da reoneração da folha de pagamento de 28 setores da economia dentro de 90 dias (conforme aprovado pelo Congresso Nacional), de uma redução e eliminação de incentivos fiscais para exportadores e as indústrias química e de refrigerantes.

Parte da compensação tributária para bancar a concessão aos caminhoneiros virá da redução do Reintegra. Um decreto de Temer reduziu de 2% para 0,1% a devolução feita aos exportadores, o que deverá garantir um ganho de arrecadação de R$ 2,27 bilhões até o final do ano. O governo também alterou de 20% para 4% a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) incidente em preparações compostas, não alcoólicas, para elaboração de bebidas, como água mineral, água gaseificada e refrigerantes. Tal redução deverá garantir R$ 740 milhões até o final do ano. Outra medida adotada foi a revogação do Reiq (Regime Especial da Indústria Química), benefício de crédito presumido na exportação, que rende mais R$ 170 milhões aos cofres públicos. Ao todo, essas medidas economizam R$ 4 bilhões aos cofres públicos e serão usados na redução de R$ 0,16, referentes à redução de impostos sobre o diesel (PIS/Cofins/Cide).

Os outros R$ 9,5 bilhões serão compensados com cortes orçamentários. Deste montante, R$ 5,7 bilhões virão de uma reserva que não tinha destinação certa por estarem acima do teto de gastos. Segundo o Ministério do Planejamento, o cancelamento de despesas foi de R$ 3,382 bilhões, sendo a maior mordida sobre uma reserva que o governo fazia para capitalização de empresas estatais. Os cortes também atingirão o Programa de Reforma Agrária, com R$ 30,779 milhões, e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, com outros R$ 21,750 milhões. Áreas como Saúde e Educação não fora poupadas. No primeiro ministério, a previsão é de R$ 55,1 milhões de cortes.

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