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Economia - Nacional

Número de novos nomes incluídos no SPC quase dobrou em um ano


Maria Fernanda Blaser - Agência O Globo SÃO PAULO - O volume de consumidores brasileiros que ingressaram na lista de pessoas 'nome sujo' cresceu 90% em julho na comparação com mesmo mês de 2005. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito Brasil (SPC) também indicam que nos sete primeiros meses deste ano o número de devedores subiu pelo menos 34,73% em relação ao mesmo período do ano passado. N a comparação com junho deste ano, o volume de registros de inadimplência que ingressaram na base de dados do SPC Brasil cresceu 41,65%. A pesquisa da Serasa, divulgada na véspera, também apontou alta da inadimplência. Para o presidente do SPC Brasil, Arkem de Carvalho Novaes, a subida na inadimplência é resultado do alongamento nos prazos feitos pelas lojas. - Durante todo o ano, o endividamento e o aumento de consumidores com o nome sujo está crescendo. Isso porque, além de comprometerem a renda com empréstimos consignados, eles também compram parcelado. E as lojas passaram a parcelar em mais de 12 vezes. Ele destaca que há consumidores endividados desde o Natal. - Essas pessoas também compraram no Dia das Mães e no Dia dos Namorados - acrescentou. Em julho, o volume de consumidores restritos cresceu 41,65% em em relação a junho. - O número de exclusões também subiu em relação ao ano passado, o que mostra que existe um número maior de pessoas comprando - diz. No entanto, para Novaes, essa massa de trabalhadores que passou a consumir está comprando de forma descontrolada. - Por isso, a inadimplência subiu de maneira assombrosa. O nível é muito além do esperado - completa. Este ano, a inadimplência já havia dado um salto em fevereiro, quando o volume de registros no SPC superou em 59m,56% as inclusões de fevereiro de 2005. O fato de 2006 ser um ano eleitoral já sinalizava a possibilidade de maior disponibilização de recursos ao mercado Novaes comenta que os níveis de inadimplência devem cair a partir de outubro. -Isso porque os trabalhadores começam a receber o 13º salário e as lojas iniciam campanhas de renegociação. O objetivo é deixar o consumidor com nome limpo para as compras de Natal.

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