Quarta-feira, 16 de setembro de 2020 - 08h17
Adiamento do leilão do 5G acirra
discussões no Brasil
O
adiamento do leilão do 5G, que será feito pela Anatel, está acirrando as
discussões sobre a nova tecnologia. Por causa da pandemia, o leilão deverá ser
feito apenas em 2021. Enquanto isso, pressões externas influenciam as
discussões brasileiras sobre a tecnologia.
A
tecnologia 5G é conhecida como a quinta geração de internet móvel e promete
revolucionar, trazendo mais velocidade e permitindo com que mais aparelhos estejam
conectados ao mesmo tempo.
Em
entrevista ao programa de TV “A Hora e a Vez da Pequena Empresa”, o CEO do LIDE
China e gerente institucional do BNZ Advogados, José Ricardo dos Santos Luz
Júnior, explica que essa transformação da tecnologia promete ser tão
revolucionária que tem influenciado nas discussões geopolíticas. “Vai
revolucionar a sociedade até o ponto que quem for o detentor dessa tecnologia
vai liderar o mundo. Por isso que temos visto essa guerra comercial, já
existente, entre Estados Unidos e China sendo acirrada por conta da tecnologia
5G”, explica.
José
Ricardo comenta que o país asiático também tem aproveitado o desenvolvimento da
tecnologia para fortalecer a infraestrutura de países parceiros. “A China, por
exemplo, tem uma política chamada de Cinturão e Rota que é a retomada da antiga
Rota da Seda Terrestre e Marítima em que está desenvolvendo a sua
infraestrutura no mundo por meio de todo o seu know-how. A China também tem
desenvolvido a Rota da Seda Digital, que é o desenvolvimento da parceria do
país com o mundo em três vertentes: a telecomunicação 5G, o comércio eletrônico
e a última é a questão das cidades inteligentes”, explica.
Em
resposta a esse movimento de investimento de infraestrutura em países
parceiros, os Estados Unidos tem acusado as empresas chinesas de espionagem.
Segundo o Governo americano, a espionagem poderá ser feita por meio dos
aparelhos que poderão utilizar os dados de clientes com a tecnologia 5G.
Assista: https://youtu.be/
Sistema ‘S’ no radar da PF
Impressionante
o número de jornais e revistas brasileiros que publicam diariamente sobre
escândalos no Sistema S. As últimas são resultantes de mais uma operação da
policia federal, sobre desvios de mais de R$ 151 milhões com origem, de acordo
com o Ministério Público Federal (MPF), em delação premiada do ex-presidente da
Fecomercio, SESC Rio e SENAC Rio, Orlando Diniz.
O
novo episódio policial, soma-se ao currículo das instituições, que já
contem entre as inúmeras denúncias a “Operação Fantoche” que apura crimes
contra administração, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de
ativos que teve como resultado a prisão temporária decretada por suspeição de
fraudes no Sistema S do atual presidente da CNI, Robson Andrade, e os vários
processos no TCU por parte do atual presidente da CNC e do Sebrae NA, José
Tadros, dois dos mais importantes centros de gestão do Sistema.
O
Sistema S é um conjunto de entidades paraestatais que surgiu em 1942, durante o
governo de Getúlio Vargas, é composto por nove entidades privadas que se
dedicam a serviços sociais, treinamento profissional, pesquisa ou lazer.
Justamente por ser mantido por meio de recursos públicos, o Sistema S é alvo de
questionamentos em relação à transparência da administração destes recursos,
reacendendo o debate sobre contribuição empresarial e a ampliada pelo atual
governo federal com ênfase em uma fiscalização mais rígida para os mais
de R$ 17,7 bilhões arrecadados por ano, segundo a Receita Federal.
SEBRAE
O
Plenário do Supremo Tribunal Federal tem programado para quinta-feira (17/9) o
julgamento do Recurso Extraordinário 603.624, que pode suprimir as
contribuições que sustentam o Sebrae. O julgamento foi iniciado em junho e a
decisão terá repercussão geral. Relatora, a ministra Rosa Weber votou pela
leitura restritiva segundo a qual é inconstitucional a cobrança de 0,6% sobre a
folha de pagamento das empresas. A questão constitucional em exame é se a
Emenda Constitucional 33, de 11 de dezembro de 2001, ao modificar a redação do
artigo 149 teria revogado as contribuições incidentes sobre a folha de
salários, especialmente as destinadas ao custeio de Sebrae.
MEI pode receber o Seguro Desemprego?
Embora
muitos não o considerem, mas o seguro-desemprego, integrante da seguridade
social, é uma espécie de primo distante ou da família dos benefícios
previdenciários. E sobre ele uma importante decisão do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região garantiu que o trabalhador, apenas por constar como sócio
de uma empresa ou por ser MEI (Microempreendedor Individual), não deve deixar
de receber as parcelas do seguro-desemprego. Na prática, aqueles que
tinham carteira assinada e se tornaram empresários, ou vice-versa, podem pedir
o benefício, mas também precisam não ter renda desse novo negócio, pois o que a
lei estabelece como óbice ao recebimento do seguro é a existência de renda
própria por parte do trabalhador, não havendo previsão legal de que a simples
inscrição de CNPJ em seu nome impeça-lhe de receber o benefício
IBGE: covid-19 afeta 38,6% das empresas
Dos
3,2 milhões de empresas em funcionamento na primeira quinzena de agosto, 38,6%
indicaram que a pandemia afetou negativamente suas atividades. Já para 33,9%, o
efeito foi pequeno ou inexistente e para 27,5% o efeito foi positivo. Empresas
de maior porte e intermediárias foram as que mais sinalizaram melhora de
percepção. Os resultados da quinta rodada da Pesquisa Pulso Empresa:
impacto da covid-19 nas empresas, divulgados hoje (15) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), refletem as percepções das
empresas em funcionamento ao final da primeira quinzena de agosto, frente à
segunda quinzena de julho. Segundo o IBGE, a percepção de impacto negativo
mantém-se e é maior entre as empresas de pequeno porte, (38,8%), As empresas
dos setores de construção (47,9%) e comércio (46,3%) reportaram as maiores
incidências de efeitos negativos na quinzena. Por outro lado, no setor
industrial, 38,9% relataram impactos pequenos ou inexistentes e, no setor de
serviços, a incidência foi de 41,9%, com destaque para os segmentos de
informação e comunicação (61,5%) e serviços profissionais e administrativos
(45,6%). Entre as grandes regiões, o Nordeste destaca-se pela menor incidência
de efeitos negativos (20,4%), e a região é onde ocorre a maior percepção de
impactos positivos, passando de 35,3% para 52%. Os maiores percentuais de
impactos negativos foram no Sudeste (43,6%) e no Norte (41,9%), enquanto Sul
(39,9%) e Centro-Oeste (39,8%) têm percepção semelhantes. Segundo a pesquisa, a
percepção de redução nas vendas afetou mais o comércio, que passou de 29,5% na
segunda quinzena de julho para 44,5%, com destaque para o comércio varejista
que subiu de 29,7% para
Empregos
86,4%
ou cerca de 2,7 milhões de empresas mantiveram o quadro de funcionários ao
final da primeira quinzena de agosto em relação à quinzena anterior. A
realização de campanhas de informação e prevenção e a adoção de medidas
extras de higiene continuam sendo as principais iniciativas para
enfrentar a pandemia, sendo adotadas por 92,9% das empresas. O
adiamento de pagamento de impostos foi adotado por 32% das companhias e o
acesso à linha de crédito emergencial foi a medida tomada por 10,9% das
empresas.
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