Terça-feira, 26 de janeiro de 2021 - 17h06
Um fenômeno chamado PIX
Em pouco mais de dois meses, o Pix, nova forma de pagamentos
instantâneos, soma 40 milhões de usuários com 50 milhões de contas ativas e 90
milhões de chaves cadastradas. Os números são do Banco Central, que investiu na
tecnologia para estimular a concorrência entre os bancos e instituições
financeiras. Para Fábio Henrique Bittes Terra, professor de Economia da
Universidade Federal do ABC, os números são bastante impressionantes. “Foi uma
grande adesão levando em consideração a novidade do sistema. Até o final de 2020,
o Pix havia movimentado quase R$ 30 bilhões, a maior parte por pessoas
físicas”, afirma o professor, em entrevista ao programa “A Hora e a Vez da
Pequena Empresa”.
Até pouco tempo, para terem acesso ao dinheiro, as pessoas precisavam ir
até o banco. Com o Pix, o dinheiro circula, mas permanece no sistema bancário,
explica Terra. “Na prática, os bancos deixam de receber tarifas nas transações
tradicionais – uma perda de receita estimada em 8% –, em contrapartida, um
contingente maior de recursos permanece no sistema financeiro para empréstimos
pessoais, grande produto dos bancos”.
Quem perde com o Pix? De acordo com o professor, as grandes prejudicadas
são as maquininhas de cartão. “Hoje, essas operadoras fazem a ligação entre
consumidor, loja e sistema financeiro. O Pix elimina esse intermediário.” Outro
impacto, segundo Terra, será a médio prazo para os fundos de antecipação de
recebíveis. “Quando uma transação é feita por maquininha, o vendedor não recebe
de imediato. Ele utiliza serviços de antecipação de receita e paga uma taxa por
isso. Como o Pix, o recebimento é instantâneo e sem taxas, pelo menos por
enquanto”, explica. Cartões de crédito não devem ser afetados porque oferecem a
vantagem do prazo para pagamento e opções de parcelamento.
Segundo Terra, há 735 instituições financeiras e de pagamento atuando no
Pix. Uma pessoa pode ter até cinco chaves em bancos ou instituições financeiras
distintas. O professor aconselha diversificar. “O melhor a fazer é distribuir
as chaves entre diferentes bancos ou instituições financeiras, pois estimula a
concorrência e aumenta o poder de barganha do cliente”, acrescenta. Por fim,
apesar de seguro, o sistema não está livre de fraudes. “O Banco Central não
envia mensagens solicitando códigos de segurança para validação”, alerta.
Informações cadastrais e dados pessoais nunca devem ser informados a
terceiros.
Assista:https://youtu.be/FSQdDI3Bx-w
“Balcão Único” chega para simplificar a abertura de empresas
Ministério da Economia acaba de lançar o “Balcão Único”, um sistema que
permite a qualquer cidadão abrir uma empresa de forma simples e automática,
reduzindo o tempo e os custos para iniciar um negócio no Brasil.
Os empreendedores poderão abrir uma empresa muito mais rapidamente, sem
burocracia, sem perda tempo com exigências e deslocamentos desnecessários,
resolvendo tudo em um só lugar. Trata-se de inovação e simplificação importante
para o ambiente de negócio brasileiro, que busca reduzir o número de
procedimentos para abrir pessoas jurídicas no país. Com o Balcão Único, a
coleta de todos os dados necessários para o funcionamento da empresa é feita
pelo preenchimento de um formulário eletrônico único, disponível na
internet.
Empréstimo para MEI pelo Sebrae: saiba tudo
os microempreendedores individuais terão a oportunidade de
usufruir de um crédito para investir no seu negócio. O programa leva o
nome de Super MEI, e prevê o limite de crédito irá variar de R$300 até R$20 mil
com taxa de juros nula tanto para MEI quanto para produtores rurais, com prazo
de pagamento de 36 meses. É necessário para MEI, que tanto o CPF quanto o
CNPJ estejam sem restrições. O dinheiro do empréstimo será para uso
empresarial, só pode ter utilidade para outros fins, e para solicitar e
simples, sendo necessário procurar o SEBRAE de sua cidade munido dos documentos
pessoais e do MEI . Além de todos os documentos citados, o interessado deve
verificar se o empréstimo está disponível em sua região, pois o Sebrae tenha
limitado o empréstimo para algumas regiões.
Projeções econômicas
De acordo com o economista Roberto Luis Troster, a projeção para 2021 é
de crescimento próximo a 4%, índice que não elevará a economia ao mesmo nível
de 2019, mas recupera boa parte do que foi perdido em 2020. Para o dólar, a
cotação fica abaixo dos R$ 5 até o final do ano e a taxa Selic em torno de 4%,
igualando ao nível da inflação do ano, acredita. “O maior desafio será o
emprego. Hoje são 14 milhões de desocupados e outros 8 milhões que não estão
procurando trabalho, totalizando 22 milhões de pessoas à margem do mercado”.
Troster alerta ainda para perda de competitividade do Brasil: “empresas não
estão se instalando no Brasil num momento em que o fluxo de investimentos no
mundo está aumentando”, afirma. Assista:https://youtu.be/xXL8nQp0Eos
Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
Todas as empresas estão sujeitas à fiscalização e aplicação de multas de
acordo com os critérios da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. As regras
em vigor se aplicam a pessoas jurídicas de natureza pública ou privada,
inclusive micro e pequenas empresas. Entretanto, não há previsão de tratamento
diferenciado, embora assim determine a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas,
lembra o advogado Marcos Tavares Leite. Assista:https://youtu.be/5YnHVs8R714
Fim do auxilio emergencial: um problema para ser resolvido por
todos
De acordo com dados do Portal da Transparência, cerca de 53,9 milhões de
brasileiros devem ficar sem renda para sobreviver em meio à pandemia. Sabemos
que grande parte destas pessoas tinha uma renda mínima e com muita dificuldade
tocaram a vida, com a esperança de que tudo melhorasse. Mas uma grande maioria
não tem para onde correr, e vão ter muitas dificuldades, pois a pandemia
permanece.
Como consequência pelo nº muito grande de empreendedores no programa,
podemos ter em curto prazo a quebra da cadeia produtiva e o
desabastecimento.
Com o problema agravado, O SIMPI decidiu se mobilizar para ajudar esses
empreendedores. O presidente do Simpi, Leonardo Sobral explica sobre
isso. “A situação é terrível. Vemos de um lado um estado sem recursos, e de
outro uma oposição política bastante selvagem. Não duvido nada de
aproveitarem e colocarem os brasileiros de bem, mas com fome, a invadir casas e
supermercados. Para isso os do setor produtivo que podem fazer algo, devem se
organizar e ajudar o Brasil, ou se sacrificando e contratando mais
pessoas, ou vendendo produtos com mais prazo para comercialização,
ou se organizando em fundações para distribuição de alimentos
para os Meis e seus funcionários. O Simpi já está organizando um
grupo de 100 empresários para doarem cestas básicas, para
contratação extra de pessoal ou de colocação de produtos a prazo,
organização feita pelo Banco do Povo”, relata ele.
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