Segunda-feira, 25 de janeiro de 2021 - 22h08
Os bancários do Banco
do Brasil em Rondônia vão cruzar os braços, por 24 horas, na próxima
sexta-feira (29/1) em protesto contra a reestruturação anunciada pelo banco no
último dia 11, e que prevê a extinção de milhares de empregos e o fechamento de
centenas de agências, escritórios e postos de atendimentos (PA’s) em todo o
país.
A paralisação foi
aprovada com índice de 78,43% dos participantes da assembleia extraordinária
específica (virtual) realizada pelo Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do
Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) das 8 às 18 horas desta segunda-feira
(25). A votação contou ainda com 13,73% de votos contrários e 7,84% de
abstenções.
A assembleia - que
aconteceu simultaneamente em todos os estados - novamente foi no formato
virtual em atenção às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e
órgãos governamentais de saúde pública para se evitar a propagação do novo
coronavírus (SARS-COV-2) e inibir o avanço da covid-19.
“O resultado deixou bem
evidente a insatisfação e indignação dos trabalhadores com este desmonte que o
governo federal está fazendo com o Banco do Brasil. Em vez de contratar mais
trabalhadores para oferecer um atendimento mais humanizado e digno à população,
o banco surge com essa proposta indecente de demissão e fechamento de agências,
descomissionamento e extinção da figura do caixa. Em Rondônia este caos vem
causando o sofrimento a trabalhadores, clientes e usuários ano após ano, seja pela
falta de funcionários nas agências, seja pelos claros que nunca são preenchidos.
E com a demissões de centenas de trabalhadores e sem nenhum concurso público
previsto, o que já era ruim vai ficar ainda pior. Os clientes serão
penalizados, pois com menos funcionários, as filas serão ainda maiores, o
atendimento será muito mais demorado e as pessoas agora terão menos agências
para ter algum atendimento ou, em algumas localidades, nenhuma. Portanto,
diante dessa postura intransigente do Banco do Brasil, os bancários de todo
país decidiram por esta paralisação de 24 horas na sexta-feira, e ela poderá
vir a se tornar por tempo indeterminado caso o banco se negue a rever
determinados e importantes pontos deste danoso processo de reestruturação”,
menciona José Pinheiro, presidente do Sindicato.
O dirigente enfatiza
que é de extrema importância a participação de todos os bancários de todas as
funções, não apenas aqueles que tem a função de caixa.
“É hora dos
trabalhadores se unirem, pois estamos diante de uma ameaça real de desmonte do Banco
do Brasil, ameaça esta que parte de um governo que está fazendo de tudo para
enfraquecer as empresas públicas para tentar privatizá-las e vendê-las a preço
de banana. Portanto, conclamamos a todos os trabalhadores para participarem
desta paralisação, pois o BB é o banco do Brasil, e não do presidente ou do
Ministro da Economia”, acrescenta Pinheiro.
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