Segunda-feira, 5 de abril de 2021 - 11h04
Neste momento de pandemia que
o Rondônia e o Brasil sofrem, com todas as dificuldades que a população, as
empresas e os trabalhadores sofrem, na cidade e no campo, a Associação
Comercial de Rondônia-ACR não pode deixar, diante do quadro epidemiológico
estadual que se agrava, depois de um ano de repetição de medidas que se mostram
infrutíferas, num contexto em que salta aos olhos a tomada de medidas
preventivas, de acompanhamento da verdadeira dimensão e evolução da Covid-19,
não podemos deixar de alertar a população e pedir que outros tipos de medidas sejam,
efetivamente, tomadas para que possamos superar este período complicado de
nossa história.
É preciso considerar que a
falta de uma gestão competente do combate à pandemia se expressa, de forma
cristalina, no superdimensionamento das notificações, na medida em que até
parece que nem existem mais doenças transmissíveis como dengue, zika,
chikungunya, malária, sarampo e influenza, nem doenças crônicas (diabetes, hipertensão,
neoplasias etc.) ou causas externas – principais causas de morbimortalidade no
Brasil e que a única forma de combater a pandemia está reduzida a um número
maior de UTIs, quando se sabe que, quando ali se chega, as possibilidades de
recuperação tem se mostrado muito diminutas. Duas coisas, a partir disto, ficam
claras. Primeiro que qualquer morte é notificada como se fosse covid-19, e há
casos que chegam até a ser escabrosos com queixas públicas de parentes de que a
morte teve outras causas; segundo, que a insistência não buscar formas de
tratar o vírus antes que as pessoas piorem e necessitem de hospital chega a ser
até mesmo uma estratégia criminosa.
Acrescente-se que reiteradas
vezes o atual secretário de saúde, quando o quadro epidemiológico fica mais
grave, não pensa em rever as diretrizes de sua ação e sim, promovendo de forma
irresponsável uma falsa dicotomia entre economia e saúde, insiste em
responsabilizar as atividades econômicas, e o comércio em especial, como fonte
do aumento das transmissões do vírus. Embora existam pesquisas que comprovem
que a transmissão acaba sendo duas vezes maior nos lares que no comércio, bem
como que são os encontros, as festas, inclusive as confraternizações
familiares, sabidamente, os maiores disseminadores do covid-19. O que se vê é
que, a partir da aplicação de uma política danosa para a saúde, também se
castiga duramente o setor econômico aumentando ainda mais os graves efeitos
sociais da pandemia.
Para se ter uma ideia dos
efeitos nefastos da política de lockdown basta verificar que uma pesquisa
recente (5ª feira, 1 de abril) mostrou que 36% dos brasileiros disseram ter
passado fome ou comido menos durante a pandemia do novo coronavírus. Esta é a
soma do percentual dos que dizem ter deixado de fazer refeições (7%) com o dos
que passaram a comer menos do que o de costume (29%) nesse período. Os que
dizem não ter passado fome ou comido menos são 61% (soma dos 17% que afirmam
comer mais durante a pandemia, com os 44% que dizem ter “comido como sempre”).
A pesquisa nacional PoderData foi realizada de 29 a 31 de março, com 3.500
pessoas, nas 27 unidades da Federação e mostra também que é na região Norte
onde se tem o maior contingente de pessoas que passaram fome (25%).
Os efeitos sobre a renda e o
emprego em Rondônia são, apesar de dados oficiais otimistas, arrasadores. Cerca
de 40% dos bares e restaurantes de Porto Velho já fecharam as suas portas.
Estima-se que o Produto Interno Bruto-PIB de Rondônia, a soma de todos os bens
e serviços que se produz durante o ano, tenha teve, em 2020, uma queda de 4%,
ou seja, os prejuízos com o fechamento, no total incluindo este ano, já
ultrapassaram os R$ 2, 4 bilhões. Dados da Junta Comercial de Rondônia-JUCER
apontam que, numa comparação do mesmo período em 2020 (março, abril e maio),
com a pandemia, a mortalidade das empresas subiu de 1,5 para 34%. Nem todos os
setores, porém, foram afetados do mesmo jeito. Por exemplo, o comércio
atacadista de combustíveis teve uma queda de -56% e que foi de 16% o fechamento de total das empresas
de Porto Velho, algo como, mais de 8 mil empresas, o que representa quase 17 mil
empregos a menos.
Devido aos problemas
operacionais, aos custos e outros tipos de impedimentos, inclusive à falta de
transparência das informações, assistimos atônitos a subida do número de casos
de falências e desemprego na mesma medida que de casos e óbitos, diante do
colapso da política aplicada pelo atual secretário de saúde, que só vê como
solução para os problemas de saúde penalizar nossa economia.
Não temos dúvida de
que as mortes causadas pelo novo coronavírus são um grande problema, porém, somente
pode ser resolvido pela vacinação e uma efetiva política de acompanhamento,
prevenção e isolamento dos infectados e não pelo fechamento indiscriminado que
só pode ser aceito como uma confissão dolorosa de incompetência. Em razão
disto, é que, por meio desta carta aberta, pedimos que o secretário de saúde
seja demitido, pois, é inadmissível que, passado um ano, não reveja sua forma
de atuação, bem como se adote medidas que possam, de fato, combater a
disseminação do vírus e não um confinamento geral que tem apenas como efeito
colateral falências de empresas, diminuição da renda, desemprego e aumento da
fome da pobreza
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