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Empresários pedem reabertura do comércio

Presidente da ACR, Vanderlei Oriani, afirma que esta não é a forma mais eficiente


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Nesta sexta-feira (3) uma grande carreata, que partiu do Espaço Alternativo, agregou empresários, trabalhadores, autônomos, motoristas e o público que aderiu ou bateu palmas pelo  caminho, reunindo cerca de 250 veículos, em média,  mas, chegando a ter 360, para pedir a reabertura das atividades econômicas. A carreata parou duas vezes, na frente do Ministério Público Estadual e na sede da Prefeitura de Porto Velho para marcar sua posição. Apesar da chuva ter atrapalhado um pouco, os organizadores consideram que o evento foi um sucesso para demonstrar que, no presente momento, a medida é despropositada e que, com a quantidade de falências e demissões, que já aconteceram o comércio não suporta mais o abre e fecha. A maior queixa atingia a Prefeitura de Porto Velho, principalmente, pelo vazamento de áudio do governador Marcos Rocha, em que se queixava da atuação da municipalidade. Efetivamente a ação da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho tem deixado a desejar na medida em que não tem dado a atenção primária necessária. O Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia-CREMERO e o Grupo Pensar Rondônia em razão disto se uniram para implantar o protocolo de medicamentos contra a Covid-19, que tem dado certo em outros estados, inclusive no Amapá. A carreata, que percorreu as principais avenidas de Porto Velho, pedia a revisão do decreto que coloca Porto Velho na fase 1 do plano de retorno das atividades elaborado pelo governo. O protesto também ocorreu em outros municípios, de vez que 22 deles retornaram à fase 1, que restringe a abertura somente às atividades essenciais. O presidente da Associação Comercial de Rondônia-ACR,  Vanderlei Oriani foi enfático ao protestar: "Não é crível que a única forma de combater o Covid-19 seja fechar o comércio. Está não é a única forma nem a mais eficiente, como já se comprovou. Só é suportável e justa, no início da pandemia, depois é quase um meio somente de dar satisfação ao público". Para Oriani, é indispensável que se identifique, mapeie e trate os casos no início. Segundo ele, "É o que dizem os especialistas: isolar as pessoas quando o vírus já  se alastrou é contribuir para sua disseminação". Rondônia, mesmo sem o isolamento, é o quarto estado com maior índice de isolamento, mesmo com o comércio aberto. Fechar o comércio tem poucos efeitos práticos porque só vai aumentar o isolamento em 3 a 4%, enquanto os efeitos na economia são catastróficos. Para Oriani, "Depois de 100 dias de isolamento, uma coisa antinatural, as pessoas estão cansadas de ficar em casa, ansiosas para sair. Querem sair. E não se faz isolamento por decreto. É preciso o apoio da população". Para ele, o isolamento será vão, a população não aceita, nem é  o melhor caminho. "O ideal é conciliar saúde e economia. Isolar os grupos de riscos, utilizar protocolos,   higienizar e tratar a partir dos primeiros sintomas". A opinião dos empresários, baseada em pareceres de especialistas, é de que voltar à fase 1 terá poucos efeitos práticos em termos de Saúde. Mas, será um desastre para a economia. Estima-se uma perda de receita equivalente a R$ 200    milhões, a baixa de, pelo menos, mais 800 empresas e a demissão de mais 3.500 trabalhadores formais. E não existem razões válidas para o isolamento a esta altura. O receio provém de modelagens que já se comprovaram muito erradas  no passado. Tanto que a cada hora o pico da doença passa para o mês seguinte. E a maior razão para o isolamento seria adequar a estrutura de Saúde aos casos mais  graves, o que é um erro de visão. Em primeiro lugar porque se não foi feito em 3 meses não será feito em mais 14 dias; e, em segundo lugar, é evitar que os casos fiquem graves com atenção primária. Os setores produtivos Unidos advogam o tratamento na fase inicial, o que tem dado certo em do País. Por isto os empresários querem que o governo e, principalmente, a Prefeitura de Porto Velho revejam sua estratégia e promovam a reabertura das atividades econômicas. Salvar vidas, de fato, é cuidar da saúde e da economia. Não adianta curar as pessoas para que, depois, morram sem meios de sobreviver.

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