Terça-feira, 3 de novembro de 2020 - 12h54
Estado precisa ser mais efetivo e
simplificar o sistema tributário
As
discussões em torno da reforma tributária vêm ganhando força nas últimas
semanas. E dentre os assuntos, destaque para a desoneração da folha de
pagamentos, que é apontada por muitos especialistas como fundamental para
destravar a economia e promover o desenvolvimento no país.
Em
entrevista ao programa “A Hora e a Vez da Pequena Empresa”, Valdir Simão,
ex-ministro do Planejamento e da Controladoria Geral da União, afirmou que o
Brasil precisa aperfeiçoar o sistema tributário, mas que a medida exige
cautela.
“O momento
que vivemos, com uma crise econômica e a insegurança fiscal e da sociedade em
torno do Estado, além do impacto da pandemia, obriga o Brasil a buscar caminhos
para facilitar o cumprimento das obrigações em vez de se propor mudanças tão
radicais, que vão levar anos para se consolidar. As propostas que tramitam no
Congresso atualmente vão trazer um aumento de litigiosidade entre os
contribuintes”, comentou.
A respeito
da votação da reforma tributária, o ex-ministro foi taxativo ao dizer que o
pleito não deve ocorrer este ano: “Acho muito difícil avançar algo este ano.
Portanto, acho que o caminho mais racional seria o governo se sensibilizar com
a situação atual das empresas, dos contribuintes, e buscar caminhos de
simplificação. Sempre é possível simplificar a administração, o sistema
tributário, e facilitar a vida das empresas, em especial das micro e pequenas,
que tanto vem sofrendo”, emendou.
Para
Simão, o Estado não pode se eximir no atual momento e precisa se fazer presente
por meio de políticas públicas e oferecer segurança para as empresas e para os
cidadãos, minimizando os efeitos da pandemia do novo coronavírus na
economia.
“Alguns
ainda insistem que o Estado deve se afastar da vida das pessoas, dos negócios,
mas o Estado precisa exercer algum papel, ainda mais no atual momento. E a
minha recomendação é para que o Estado busque alternativas, caminhos para que o
cidadão e as empresas possam cumprir suas obrigações. Somente dessa maneira
vamos conseguir recuperar a capacidade de investimento”, conclui. Assista:https://www.youtube.com/watch?v=tyOCP4HLAZ8&t=309s
Acesso a crédito
No início
do mês de outubro, foi publicada a lei 14.068 que abriu crédito extraordinário
de R$ 20 bilhões para a União conceder garantia a empréstimos feitos pelas
instituições financeiras a micro e pequenas empresas, com juros mais
acessíveis.
Apesar de
a medida indicar um fôlego para as empresas, que foram impactados diretamente
pela pandemia do novo coronavírus, o advogado Marcos Tavares Leite alertou que
os bancos estão dificultando o acesso à linha de crédito.
“Muitas
dizem que não tem esses créditos disponíveis mais ou quando tem, criam
dificuldades para esses créditos especiais, que possuem juros mais baixos, não
serem aprovados. Mas ao mesmo tempo oferecem, sem nenhuma dificuldade, outras
linhas de crédito com juros maiores”, comentou.
Para o
advogado, é necessário que o governo não apenas ofereça garantia a empréstimos,
mas também que atue para garantir o acesso do empresário, especialmente da
micro e pequena empresa, a essas linhas de crédito especiais.
Simpi/Datafolha: Pequenas
indústrias terão dificuldades para pagar 13º salário
Pesquisa
Datafolha aponta que 61% das micro e pequenas indústrias do estado de São Paulo
terão dificuldades para pagar o 13º salário dos funcionários neste ano. O
dado é de um levantamento do Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi)
feito em parceria com o Instituto Datafolha. Uma em cada quatro micro ou
pequenas indústrias já fala que poderá atrasar a quitação do benefício. O Simpi
diz que esse cenário é o resultado da quebra da cadeia produtiva, com a alta
dos preços, escassez e perda da qualidade da matéria-prima, além da falta de
acesso ao crédito. Ver pesquisa completa em:
Mudanças no PIX: Banco Central
divulga novo regulamento
O Banco
Central do Brasil (BACEN) divulgou mudanças no regulamento do seu sistema
de pagamentos instantâneos, o PIX. A primeira dessas mudanças foi a inclusão do
PIX Cobrança. Com ele, os usuários poderão enviar pagamentos semelhantes a um
boleto bancário. Neste caso os lojistas, fornecedores, prestadores de serviço e
demais empreendedores poderão emitir um QR Code para realizar pagamentos
imediatos. Os pagamentos poderão ser feitos em pontos de venda ou comércio
eletrônico, por exemplo, ou cobranças com vencimento em data futura. As faturas
poderão ter outras informações além do valor, como juros, multas ou descontos.
Outra nota do Bacen, informa que já determinou dois critérios para configurar
atividades comerciais no PIX. Esses critérios são os seguintes:
-
Recebimento de transferência por QR Code dinâmico;
-
Realização de 30 transações por mês via PIX, em uma única conta.
No segundo
caso, o usuário pode ser cobrado a partir da 31ª transação.
O Bacen
não afirmou o valor das operações adicionais, mas destacou que pessoas físicas
e microempreendedores individuais (MEI) terão transações gratuitas
ilimitadas.
A terceira
novidade diz respeitos às multas pagas pelas instituições que violarem regras do PIX.
Os valores podem variar de R$ 50 mil a 1 milhão, mas podem ser até maiores, e
deverão ser aplicadas tanto das empresas participantes quanto das que estão em
processo de adesão.
Prepare-se, você vai poder vender
direto do WhatsApp
O WhatsApp
Pay é o mecanismo recém-lançado de pagamento do mensageiro instantâneo no
Brasil. A nova funcionalidade de pagamento permite que os usuários enviem
dinheiro com segurança. De maneira similar, podem realizar uma compra sem sair
da janela de chat.
O
aplicativo de mensagens instantâneas de propriedade do Facebook tem 120 milhões
de usuários no Brasil. Desse modo, é o segundo maior mercado para a gigante de
telecomunicações depois da Índia, de acordo com a Reuters.
Já alguns
especialistas temem que mais um meio de pagamento poderá impactar o sistema
financeiro brasileiro. Contudo, o Whatsapp disse que a mudança beneficiaria
mais de 10 milhões de pequenas empresas, pois não haverá taxas para as
transações. As empresas, no entanto, seriam obrigadas a pagar uma taxa de
processamento para receber os pagamentos. Na primeira fase, apenas quem tiver
cartões de crédito ou débito do Nubank, do Banco do Brasil ou do Sicredi podem
usar o serviço. Nesse sentido, a responsável pelo processamento das
transações é a Cielo.
MEI tem direito a
seguro-desemprego?
Muitos
microempreendedores individuais (MEIs) estão com o faturamento afetado pela
pandemia. Diferente do CLT, o seguro-desemprego não é um benefício que grande
parte deles possui. Entretanto, existe uma exceção que pode garantir
ao MEI parcelas do seguro-desemprego. Após a Lei Complementar n.º
155/2016, as regras para MEI foram flexibilizadas. Agora, o trabalhador que
estiver inativo como MEI, ou que comprovar que não teve faturamento um ano
antes da dispensa, receberá o seguro-desemprego normalmente. O Portal
do Empreendedor informa que o microempreendedor tem direito ao
seguro-desemprego “desde que não tenha renda mensal igual ou superior a um
salário mínimo (R$ 1.039, em janeiro de 2020, e R$ 1.045, a partir de fevereiro)
no período de pagamento do benefício”. O titular da empresa ou marca que não
está em funcionamento ou foi a falência pode validar a ausência de dinheiro em
Caixa e o benefício pode ser reconsiderado.
PIB de Rondônia cresceu e consolida posição de destaque do estado na Região Norte
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"Sonhos em Tração: Startups de Rondônia crescem com Programa Sebrae Startups"
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