Segunda-feira, 18 de janeiro de 2021 - 19h55
Os avanços de infraestrutura
logística através de melhorias de rotas rodoviárias, hidroviárias e aeroviária,
acrescentando novas rotas aéreas, bem como a construção, implementação e
consolidação de estruturas alfandegárias e de fiscalização sanitária são
algumas das ações que devem ser implantadas para consolidar o mercado do Brasil
com a Bolívia. Estas foram as propostas apresentadas pelo presidente da
Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé, durante
live promovida pelo SEBRAE na última sexta-feira, 15.
Com relação às relações
comerciais, Thomé apresentou dados de negócios, mais especificadamente de
Rondônia, que é exportador de colchões para a Bolívia. “Existe um
fortalecimento da agenda comercial, e a balança comercial é bem equilibrada.
Podemos citar a compra gás natural boliviano. Além disto o potencial logístico
de Porto Velho através do porto, pode auxiliar na conclusão de escoamento de
produtos boliviano”, afirmou.
O diretor superintendente do
SEBRAE Rondônia, Daniel Pereira foi o mediador do encontro virtual e apresentou
um breve histórico das relações comerciais entre os dois países. Apresentou
vídeos de melhorias já consolidadas que podem servir para escoamento da
produção boliviana, como o porto de Porto Velho. Durante a live foi exibido um
case de uma fábrica de aviões de Ariquemes, que constrói aeronaves de pequeno
porte para duas a quatro pessoas, e que espera expandir seus negócios também
para o mercado boliviano.
Jorge Nuñez del Prado,
representante do estado do Beni, disse que está otimista na ampliação das
relações comerciais com o Brasil e outros países, pois o presidente eleito,
Luis Arce pretende impulsionar a construção de portos no país, para consolidar
hidrovias ao estilo do Rio Madeira, no intuito de facilitar o trânsito dos
produtos bolivianos até o Brasil e outros países. “Vislumbramos grandes
oportunidades de negócios entre a Bolívia, Brasil e demais países vizinhos e
outros mercados”, disse.
O empresário Dário Lopes que tem negócios junto ao mercado boliviano afirmou que em 2017 esteve em Guajará-Mirim, e na oportunidade manteve contato com Daniel Pereira, que na época era vice-governador do Estado, a fim de ampliar os negócios entre os dois países. “O resgate do tratado de Petrópolis e torná-lo novamente uma realidade abre as portas da Bolívia. Um exemplo é o investimento na extração de sal, que pode ser exportado para o Brasil, uma vez que Rondônia hoje possui um rebanho com mais de 14 milhões de cabeças de gado.
O executivo boliviano Jorge
Chavez, ressaltou que os negócios envolvendo o agronegócio Brasil e Bolívia é
uma relação natural e que está consolidada desde a época da borracha. “Mas para
fortalecer esses laços é necessário criar alternativas de exportação dos
produtos bolivianos através da hidrovia do Madeira”, ponderou.
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