Sábado, 20 de março de 2021 - 09h14
As micro e pequenas
empresas (MPE) geraram, no último mês de janeiro, quase o dobro do número de
empregos (aproximadamente 195,6 mil) criados pelo segmento no mesmo mês do ano
passado (cerca de 103,9 mil). Com isso, pelo sétimo mês consecutivo, os
pequenos negócios lideraram a geração de postos de trabalho no país. O saldo
positivo alcançado pelas MPE correspondeu, em janeiro, a 75% de todos as 260,3
mil vagas criadas ao longo do mês. Já as Médias e Grandes Empresas (MGE),
saíram de um saldo negativo, em 2020, de 2.887 postos de trabalho encerrados,
para 41,6 mil novos empregos criados em janeiro (cerca de 16% do total).
Nos últimos 6 meses,
os pequenos negócios apresentaram um saldo total de 1,1 milhão de novos
empregos contra 385,5 mil novos postos de trabalho criados pelas MGE. No último
mês de janeiro, os setores que mais contribuíram para os saldos positivos foram
Serviços, Indústria de Transformação e Construção. Esses resultados valem tanto
para as MPE quanto para as MGE. A divergência ocorreu no setor do Comércio.
Enquanto as MPE apresentaram saldo positivo de 27,4 mil, as médias e grandes
tiveram um saldo negativo de 21,3 mil vagas.
O ministro da
Economia, Paulo Guedes, comemorou a criação de 260,3 mil vagas no mercado de
trabalho formal em janeiro e voltou a defender a vacinação em massa para
assegurar a continuidade do processo de retomada da economia. Na avaliação do
ministro, os dados do Caged e a alta de 1,04% no Índice de Atividade Econômica
do Banco Central (IBC-Br) são sinais de que a economia está em processo de
retomada forte e acima das projeções.
Para o presidente do
Sebrae, Carlos Melles, o resultado do Caged de janeiro e a performance dos
pequenos negócios confirmam a força e a importância desse segmento para a
economia brasileira. “Em 2020, foram as micro e pequenas empresas que
sustentaram o nível de emprego no país. Esse ano não deve ser diferente. Por
isso é tão importante a continuidade do trabalho que o governo federal e o
Congresso têm feito com o desenvolvimento de novas políticas públicas de apoio
ao empreendedorismo”, comenta Melles. Nesse sentido, o presidente do Sebrae
ressalta propostas importantes que tramitam no Congresso, como a criação de um
Refis para as pequenas empresas e de uma moratória (parcelamento) dos tributos
para os pequenos negócios. “Acreditamos que diante da perda de faturamento
provocada pela nova onda de Covid-19, esses empreendedores vão precisar de um
fôlego maior para se manterem de pé”, conclui.
Em janeiro deste ano,
as cinco unidades da federação que proporcionalmente mais geraram empregos
foram Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina, Roraima e Rio Grande do Norte. Todos
esses estados geraram pelo menos 17 novos empregos a cada 1.000 postos de
trabalho já existentes. Os estados que proporcionalmente menos geraram empregos
foram São Paulo, Minas Gerais, Amapá, Rondônia, Rio de Janeiro e Amazonas.
Tirando Amazonas, que apresentou saldo negativo, os demais geraram menos que
sete novos empregos a cada 1.000 postos de trabalho existentes.
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