Terça-feira, 7 de julho de 2020 - 13h07
O Ministério da Economia divulgou que o Fundo
Garantidor de Operações (FGO) irá liberar R$ 15,9 bilhões, aos preços de hoje, cerca de US$ 2,99 bilhões do Tesouro Nacional,
para empréstimos a pequenos negócios. A medida foi tomada para minimizar os
efeitos econômicos da crise causada pelo novo coronavírus. A liberação foi
confirmada no Palácio do Planalto, pelo Ministério da Economia, Receita Federal
e Banco do Brasil, o gestor dos recursos.
O secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da
Costa, afirmou que “Nossa maior preocupação, agora, é viabilizar crédito para
as empresas” e completou “Esse é o momento em que capital de giro é o mais
importante.” O crédito liberado pelo Governo faz parte do Programa Nacional de
Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). A estimativa é
que o crédito poderá atingir 4,5 milhões de micro e pequenas empresas, segundo
nota do ministério. Também poderão ser beneficiados os microempreendedores
individuais (MEI). De acordo com o governo, haverá garantia de 100% de cada
operação até o limite de 85% da carteira de cada agente financeiro.
Empresas serão informadas do valor dos créditos
O valor liberado pode corresponder a até 30% da
receita bruta anual da empresa, calculada com base no exercício de 2019. A taxa
de juros anual máxima será igual à Selic – a taxa básica de juros, hoje em 3%
ao ano – acrescida de 1,25% sobre o valor concedido, com prazo de 36 meses para
o pagamento e carência de 8 meses. Não terá nenhum risco para os
bancos. “É praticamente sem risco para as instituições financeiras”,
afirmou Costa. As empresas que obtiverem o financiamento assumem o compromisso
de preservar o número de funcionários da data de contratação do empréstimo até
60 dias depois do recebimento da última parcela, informou o governo. O crédito
poderá ser solicitado em bancos públicos, privados, cooperativas e cooperativas
de crédito. Também, em nota oficial, foi informado que é “É permitida ainda a
participação de agências de fomento estaduais, bancos cooperados, instituições
integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro, fintechs e organizações da
sociedade civil de interesse público de crédito”. Segundo o secretário da
Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, todas as micro e pequenas empresas
brasileiras já foram comunicadas sobre a disponibilidade dos recursos do Fundo.
Desta forma, todas as 4,58 milhões de micro e pequenas empresas serão
comunicadas “para buscar habilitação junto às instituições financeiras”,
afirmou o secretário.
Fonte: Usina
de Ideias.
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