Sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023 - 09h26
Desde seu lançamento, em 16 de novembro de 2020, o Pix, sistema de
pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil (BCB), é o meio de
pagamento mais utilizado no país e aprovado por 85% da população bancarizada,
segundo pesquisa Radar Febraban. Somente em dezembro de 2022, foram realizadas mais de 2,8 bilhões de
transações com o Pix, que movimentaram um valor de mais de 1,2 trilhões de
reais, conforme informações do BCB.
Com a popularidade do Pix também cresceram as tentativas de golpes
envolvendo a ferramenta. O mais recente é popularmente chamado de “Novo Golpe
do Pix”. André Ferraz, CEO e cofundador da Incognia, empresa pioneira em
identidade digital baseada em localização, explica que a nova prática
fraudulenta combina o uso de engenharia social com a violação de dados
bancários confidenciais para induzir usuários do Pix a realizarem transações
para a conta de criminosos.
Veja como o golpe está sendo aplicado:
· A princípio, o
criminoso telefona a um cliente de serviços financeiros e afirma ser
funcionário da instituição. Na sequência, informa que a conta daquele
consumidor foi invadida e que transações foram feitas, movimentando valores. As
transações alegadas são, na realidade, falsas mas, no momento, isso ainda não é
de conhecimento da vítima;
· Em seguida, o
fraudador apresenta informações confidenciais da vítima, incluindo dados do
histórico de transações, valores exatos de débitos automáticos, transferências
via Pix, entre outros, com o objetivo de fazê-la acreditar que quem realizou a
ligação é mesmo um funcionário do banco;
· O objetivo é
persuadir a vítima a transferir os mesmos valores citados no início da ligação
para contas de laranjas. A justificativa fornecida é que o banco irá detectar a
duplicidade das transações e cancelar tudo.
Diante dessa nova fraude, Ferraz compartilha orientações para
identificar e se proteger contra a ação dos criminosos:
1. Não forneça
informações pessoais, como senhas, números de conta, números de cartão de
crédito, entre outros, a pessoas desconhecidas;
2. Se receber uma
ligação suspeita, desconfie e não forneça informações ou realize transações
financeiras. Bancos e instituições financeiras geralmente não solicitam
informações confidenciais via telefone, tampouco a realização de transações via
Pix para dar sequência em qualquer procedimento;
3. Preste atenção aos
detalhes da ligação, como a qualidade da linha, a forma de falar do
interlocutor, a velocidade de resposta e se eles sabem informações
confidenciais sobre você, isso pode indicar fraude. Se possível, verifique o
número da ligação e confronte com os números de canais oficiais de contato do
seu banco;
4. Após receber uma
ligação desse tipo, contate imediatamente seu banco e verifique se houve alguma
atividade suspeita em sua conta;
5. Caso precise entrar em
contato com o seu banco, use somente o número de telefone oficial da
instituição.
Embora o Pix seja amplamente utilizado e tenha trazido inúmeros
benefícios para os brasileiros, as técnicas de fraude utilizando pagamentos
instantâneos tem se sofisticado e ainda há brechas de segurança que podem
oferecer riscos aos consumidores legítimos. Dados divulgados pelo Banco Central mostram o
registro de 739.145 indícios de crimes envolvendo o Pix de janeiro a junho de
2022, um crescimento de 2.818% em relação ao mesmo período do ano anterior.
“A cada dia que passa, os fraudadores estão mais habilidosos tanto na
abordagem ao praticar engenharia social, quanto em recursos tecnológicos.
Portanto, é dever das instituições financeiras o investimento e a implementação
de medidas rigorosas de segurança, pois, além de manter sua credibilidade
inabalável, garantem a melhor experiência possível para o usuário final. Em
casos como o novo golpe do Pix, que envolve pagamentos e transferências, é
importante que as pessoas tenham conhecimento sobre como acontecem esses golpes
para estarem sempre alertas ao serem abordadas por supostos funcionários
bancários”, conclui Ferraz.
Ainda que as empresas bancárias tenham o dever de proteger as contas e
as informações confidenciais de seus clientes, ainda é possível ver que as
fragilidades nos sistemas de prevenção à fraude e segurança possibilitam o
acesso a dados sensíveis por terceiros, facilitando que os golpistas estejam
munidos para ludibriar os usuários legítimos. Ações de conscientização da
população podem ser um aliado poderoso para a redução de fraudes, mas as
instituições devem chegar sempre na frente na corrida para evitar novas
vítimas.
Sobre a Incognia
A Incognia, empresa de identidade digital baseada em localização, desenvolveu
sua tecnologia à prova de falsificação para autenticar silenciosamente usuários
ao longo de sua jornada em aplicações digitais. Times de prevenção à fraude,
gestão de risco, operações e trust & safety de serviços financeiros,
empresas de marketplace, delivery e outras, utilizam as soluções da Incognia
para entregar autenticação sem fricção e detectar comportamentos suspeitos para
prevenir fraudes de identidade e roubos de conta.
A Incognia foi fundada em 2020 e sua tecnologia de localização, resultado
de mais de uma década de pesquisa e desenvolvimento, protege atualmente mais de
200 milhões de dispositivos. A companhia está sediada na Califórnia, nos
Estados Unidos, e possui times em Nova Iorque e no Brasil. Siga a Incognia
no LinkedIn e no Twitter e visite
o site para saber mais.
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