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Expedição científica desenvolve ações socioambientais nas comunidades quilombolas no Vale do Guaporé em Rondônia


O projeto é voltado à preservação ambiental, ao resgate cultural e educação ambiental na região do Vale do Guaporé - Gente de Opinião
O projeto é voltado à preservação ambiental, ao resgate cultural e educação ambiental na região do Vale do Guaporé

Com ações voltadas à preservação ambiental, ao resgate cultural e Educação Ambiental na região do Vale do Guaporé, em Rondônia, a Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas, Tecnológicas e à Pesquisa (Fapero) realizou entre os meses de janeiro e fevereiro uma ação interinstitucional de pesquisadores, que visa elaborar diagnósticos e promover práticas que possam fomentar o turismo de base comunitária e práticas sustentáveis na gestão dos territórios quilombolas amazônicos.

O projeto está sendo executado em comunidades quilombolas da região

O projeto prevê a caracterização socioambiental e cultural da área e o diagnóstico de impactos na região do Vale do Guaporé, com foco nas Comunidades Rolim de Moura do Guaporé (município de Alta Floresta d’Oeste); Forte Príncipe da Beira e Santa Fé (no município de Costa Marques) e Pedras Negras (município de São Francisco do Guaporé), localidades que estão na área de fronteira fluvial entre Brasil e Bolívia.

O projeto denominado “Diagnóstico de gestão do território e dos impactos socioambientais na região do Vale do Guaporé, Rondônia”, aprovado junto ao Programa Nacional de Desenvolvimento de Capacidades para o Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (PCDR/MIDR), em associação com o projeto “Caracterização socioambiental, diagnóstico da gestão territorial e análise do potencial de sustentabilidade no Vale do Guaporé, Rondônia e do Vale do Jari, Amapá: desafios para o desenvolvimento do turismo sustentável, gestão da água e educação ambiental”, foram aprovados na chamada Iniciativa Amazônia+10.

A equipe realizou atividades de extensão preparatórias

A Fapero, Fundação de Amparo à Pesquisa do Acre (FAPs), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá (Fapeap), Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná (FA) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) realizaram atividades conjuntas preparatórias e de campo, na região do Vale do Guaporé, em Rondônia. Durante os sete dias, a equipe de pesquisadores realizou as atividades de extensão preparatórias no Campus da Universidade Federal de Rondônia (Unir), no município de Ji-Paraná, com o projeto intitulado “Desafios e perspectivas de projetos sócio ambientais na Amazônia”.

INTEGRAÇÃO

A expedição, realizada entre os meses de janeiro e fevereiro, integra a equipe do projeto vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Regional  (MIDR), com a participação do coordenador da Unir, Ederson Lauri Leandro, e a equipe multidisciplinar e interinstitucional vinculada ao projeto Amazônia +10, da qual participam pesquisadores e coordenadores que representam as instituições parceiras que integram os projetos. sendo elas: Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), sob a coordenação da doutora Irene Carniatto; Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sob a coordenação do doutor Frederico Hanai; Instituto Federal do Amapá (Ifap), sob a coordenação da doutora Nubia Caramello e a Universidade Federal de Rondônia (Unir), sob a coordenação da doutora Nara Luisa Reis de Andrade.

O governador de Rondônia, Marcos Rocha reforçou que, “as ações desenvolvidas pela Fapero geram conhecimentos e estimulam os pesquisadores no prosseguimento de suas atividades de pesquisa. Contribuem para que as Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) absorvam os pesquisadores nas áreas consideradas de vanguarda científico-tecnológica e em temas estratégicos, visando o desenvolvimento de Rondônia”, destacou.

AÇÕES 

No auditório do Campus Unir foram realizadas palestras para apresentação dos projetos e oficina preparatória, como formação para o trabalho de campo na região do Vale do Guaporé, nos dias 25 e 26 janeiro. Junto às comunidades, foram realizadas, no período de 28 de janeiro a 3 de fevereiro, rodas de conversa, oficinas participativas, devolutivas de resultados de pesquisas obtidas no projeto, entrevistas semiestruturadas, coleta de dados de campo, registro audiovisual de todas as etapas da expedição, bem como, das memórias e atividades tradicionais das Comunidades Quilombolas de Pedras Negras, Santa Fé e Forte Príncipe da Beira.

Além dos 11 integrantes dos projetos, uma parte das atividades foi desenvolvida com a participação de alunos e professores do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária e do Mestrado em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua) da Unir/Ji-Paraná, bem como representantes de órgãos públicos e da sociedade civil, como forma de interação e divulgação das ações da atividade de extensão.

PERSPECTIVAS

A partir dos levantamentos realizados durante a expedição, o próximo passo será a sistematização e análise dos dados, tendo como resultado o diagnóstico integrado, propondo alternativas e ações que possibilitem a gestão socioambiental, o turismo sustentável e o desenvolvimento local, construídos de forma conjunta (comunidades – academia).

Segundo o presidente da Fapero, Paulo Haddad, todo o conhecimento gerado em futuras ações, deverá ser retornado às comunidades, para validação dos resultados obtidos. “A experiência da expedição conjunta foi uma vivência fundamental para que a equipe de pesquisadores possa melhor compreender as dinâmicas das comunidades locais, e a partir desta compreensão, contribuir com o desenvolvimento territorial da região; em especial, das comunidades tradicionais quilombolas do Vale do Guaporé, em Rondônia”, ressaltou.

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