Terça-feira, 9 de julho de 2019 - 15h53
O projeto científico do estudante do Ensino
Médio, Gabriel dos Santos Mota, 18 anos, foi selecionado para exposição na MILSET
AMLAT, feira de ciências que será realizada na Argentina (em Santa Rosa, La
Pampa), de 2 a 6 de novembro de 2020. Gabriel criou um sensor de detecção de
vazamento de gás GLP a baixo custo. Seu projeto foi um dos 10 selecionados pela
MILSET Brasil, que aconteceu no mês de maio em Fortaleza, e reuniu 180 projetos
de estudantes de todo o Brasil e de outros países da América Latina. MILSET é a
sigla do Movimento Internacional para o Recreio Científico e Técnico, uma
organização não-governamental e sem fins lucrativos presente em mais de 60
países que incentiva o desenvolvimento científico e cultural entre jovens. A
MILSET AMLAT reunirá os países afiliados da América Latina.
No evento de Fortaleza, Gabriel ficou em
terceiro lugar na categoria Engenharias, que tinha 20 projetos concorrentes -
além de Gabriel, concorreram alunos de sete Estados (Maranhão, Paraná, Rio
Grande do Norte, Bahia, Ceará, Pará e Rio Grande do Sul) e de mais três países
(México, Paraguai e Chile). Aluno do 3º ano do Ensino Médio, no Colégio
Tiradentes da Polícia Militar II, em Jaci Paraná, e também estudante do Centro
de Ciência e Tecnologia (CCT) de Nova Mutum Paraná, criou um sensor que dispara
alarme a partir da detecção de vazamento de gás GLP, com alcance do som de até
12 metros e duração de 10 segundos, acende uma lâmpada LED vermelha e aciona
uma válvula para travar o botijão de gás. Além de GLP, o equipamento também detecta
a presença de outros gases, como propano, metano e hidrogênio.
Para participar da feira em Fortaleza, o aluno
adicionou uma novidade ao projeto: no caso de vazamento de gás, o sensor envia
uma mensagem pela Internet para o dono da casa, informando o problema em tempo
real. “No meu projeto consigo fazer o equipamento a um custo de R$ 80, o que
facilita a oferta de um produto final mais barato daqueles existentes hoje no
mercado”, afirma. O preço de sensores de detecção de vazamento de gás pode
chegar a uma média de R$ 1.200, segundo pesquisa feita pelo próprio Gabriel.
O estudante diz que sempre quis participar de uma feira de ciência, mas ganhou a motivação que faltava quando passou a estudar no CCT. Gabriel sonha em fazer curso técnico de Mecatrônica e depois curso superior na mesma área. Sua Orientadora e Coordenadora Pedagógica do CCT, Professora Ailnete Nascimento, elogia o trabalho de Gabriel. “O projeto evita acidentes domésticos e explosões de grandes proporções a um baixo custo. Gabriel é um menino muito inteligente, curioso, inquieto e vai atrás das coisas”, reconhece Ailnete.
CONHEÇA
MAIS SOBRE O CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
A Energia Sustentável do Brasil (ESBR),
concessionária da Usina Hidrelétrica (UHE) Jirau, investiu cerca de R$ 2 milhões
subsidiados com recurso
do subcrédito social do BNDES na
implantação do CCT por liberalidade da Empresa, visando o desenvolvimento
social da região. A inauguração do Centro em Nova Mutum Paraná foi realizada em
6 de novembro de 2018 por meio de um convênio com o Governo do Estado de
Rondônia e funciona sob a coordenação pedagógica do Colégio Tiradentes da
Polícia Militar II, escola que
apresentou em 2017 o melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)
do Estado.
O objetivo do CCT é beneficiar os jovens da
região do entorno da UHE Jirau, criando um modelo educacional inédito e de
excelência em Rondônia. Está instalado num prédio de 1.800 m² e conta com laboratórios
de IoT (Internet das Coisas), robótica, informática, alimentos, biblioteca,
sala de estudos, internet banda larga de alta velocidade e infraestrutura
necessária para os estudantes. O
Centro atua no contraturno do ensino convencional com o desenvolvimento de
projetos de iniciação científica e de inovação tecnológica em parceria com o
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO). Além
disso, tem apoio financeiro da ESBR por meio do convênio firmado, inicialmente
para cinco anos, com o objetivo de viabilizar os projetos dos estudantes, bem
como sua exposição em eventos científicos dentro e fora do país. Outra contribuição
da UHE Jirau é a transferência de conhecimento técnico aos jovens, que será proporcionado
de forma voluntária por especialistas de diversas áreas da UHE Jirau.
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