Segunda-feira, 22 de agosto de 2022 - 20h36
O engajamento no trabalho aumenta
a produtividade das equipes, melhora o ambiente organizacional e otimiza os
resultados nas empresas. Essa é a conclusão de diversas pesquisas sobre o tema
que se apresenta como um dos principais desafios do setor de Recursos Humanos
(RH).
Inseridas na era da transformação
digital, empresas incorporam práticas e ferramentas eficientes dentro de suas
políticas corporativas. O uso de um diagrama online, por exemplo, possibilita que toda a equipe se
conscientize sobre a importância de cada um e de cada projeto.
Nesse cenário, o percurso para
contar com funcionários mais envolvidos e identificados aos valores da
organização passa por fatores como definição de propósitos e metas,
humanização, flexibilidade, planos de salários e incentivos.
De acordo com uma pesquisa da
Right Management, profissionais motivados são 50% mais produtivos. Isso porque
um colaborador satisfeito produz mais, gerando, consequentemente, mais
resultados para a companhia. O estudo entrevistou 30 mil profissionais de 15
países diferentes, sendo 10 mil deles brasileiros.
A relação entre o bem-estar dos
funcionários e as metas das empresas também é discutida no contexto do RH. Um
levantamento feito pela Universidade de Oxford mostrou que 13% dos indivíduos
executam melhor as atividades e são mais produtivos quando estão felizes.
Assim, para além das questões técnicas e processuais, as empresas devem
considerar o engajamento no trabalho.
Canais especializados, entidades
sindicais e empresas elencam alguns passos e recomendações para gerar
engajamento e aumentar a produtividade no trabalho.
É preciso ouvir a necessidade dos
trabalhadores
O primeiro passo para engajar a
equipe é ouvi-la. A pesquisa “Comunicação Não Violenta nas Organizações”, da Associação Brasileira de Comunicação
Empresarial (Aberje), revelou que a falta de empatia nas corporações foi
apontada como importante para 89% dos funcionários.
Mais da metade dos trabalhadores
brasileiros ouvidos afirmaram sofrer de ansiedade no local de trabalho (52%).
Em seguida, os sentimentos mais frequentes apontados pelos profissionais são o
cansaço (47%), o desânimo (22%) e a frustração (21%).
A pesquisa foi aplicada nas cinco
regiões do Brasil em empresas nacionais e multinacionais, de quase todos os
setores da economia, de pequeno, médio e grande portes.
Segundo a especialista em
Comunicação Não Violenta (CNV) e curadora da pesquisa, Pamela Seligmann, em
entrevista à Agência Brasil, os resultados do estudo mostram que as companhias
precisam ouvir as necessidades dos seus colaboradores e mantê-los informados
sobre esse movimento.
Ela ressalta que essa atitude
transforma e dá lugar a aspectos importantes para o clima da organização, como
a sensação de confiança, participação, conhecimento, motivação e engajamento.
Valorização e feedback são ações
necessárias
Como destacado pelo Sindeap-RJ,
reconhecer os colaboradores pelo seu desempenho faz com que eles se sintam mais
motivados e engajados. Para isso, é fundamental que os líderes e gestores
deixem claro para cada um dos funcionários qual a sua verdadeira missão na
empresa e qual a importância que sua atividade tem para a companhia.
Elogiar toda vez que uma tarefa
for executada de maneira eficiente e estabelecer uma rotina de feedback periódico são alguns exemplos para que o sistema
funcione na prática. Essa ferramenta de retorno é relevante no processo de
relacionamento entre líder e funcionário para que o profissional se alinhe aos
propósitos da organização.
É importante criar plano de
cargos e de salários
Um levantamento feito pela Catho,
plataforma que conecta candidatos a empresas, revela que o salário e o desejo
por um plano de carreira aparecem como prioridades para os profissionais. Em
seguida, vem a vontade de melhorar a qualidade de vida.
Assim, oferecer um plano salarial
e de carreira com retorno financeiro é importante. Além disso, outro recurso
eficiente de motivação pode ser oferecer incentivos em dinheiro como maneira de
reconhecer desempenhos e cumprimentos de metas.
Humanização e flexibilidade devem
fazer parte
Compreender que o trabalhador tem
uma vida com diversos desafios fora da organização é um passo fundamental para
uma relação humanizada no ambiente corporativo.
De acordo com pesquisa da consultoria Mercer, a gestão humanizada é o segundo motivo pelo
qual os profissionais no Brasil ficam em uma empresa. Esse fator está atrás
somente da remuneração competitiva.
O levantamento apontou, ainda,
que 43% dos brasileiros procuram mais flexibilidade no trabalho, tendo em
mente, principalmente, modelos de atuação remota e híbrida.
Defina metas e proponha desafios
Por fim, canais especializados em
gestão de pessoas também indicam o estabelecimento de metas e de desafios para
os colaboradores como um passo significativo para aumentar a produtividade.
Essas ações ajudam a orientar o
caminho que deve ser percorrido e garante que os resultados estejam alinhados
aos objetivos da empresa. O indicado é que as metas sejam traçadas junto à
equipe e que os números sejam alcançáveis, para evitar estresse e insatisfação.
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