Quarta-feira, 5 de abril de 2023 - 09h51
Em rápida pesquisa ao dicionário vimos a
explicação que arcabouço é a estrutura óssea que sustenta um corpo, ou seja, o
esqueleto. E esqueleto foi o termo cunhado pelo ministro da fazenda para
apresentar as novas regras de controle das contas públicas. Como todos nós
sabemos o estado brasileiro gasta em demasia, e pior, gasta mal, tornando-se
necessário mecanismos para controlar este apetite voraz pela gastança. O
governo atual quer substituir a regra em vigor que é o “teto de gastos” criado
pelo ex-presidente Michel Temer, que previa que o gasto do ano
podia ser igual à do ano anterior mais a inflação do período. A intenção era
clara de fazer com que os governantes fizessem a lição de casa orçamentaria
tipo: “precisa de mais recursos nas estradas, então tira da educação”. O atual
governo não pensa desta forma, pois acredita que deste modo limita o poder do
estado no investimento em políticas sociais e propõe que o gastos devam ser de
70% da previsão do aumento dos valores a serem arrecadados a mais, ou
seja, se há previsão de aumento de receita de 2% então podemos gastar a
mais 1,4% deste valor.
Mas o esqueleto apresentado será bom para quem
produz?
Ex-presidente do Banco Central, Affonso Celso
Pastore avalia que Arcabouço fiscal levará a uma alta brutal da carga
tributária’, e afirma “o propósito do arcabouço é chegar a um superavit
primário e reduzir a relação dívida/PIB, mas a única forma de alcançar
resultados é ter um enorme aumento de carga tributária. Já Maria Lucia
Fattorelli coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, auditora fiscal
especialista em contas públicas e ex-filiada ao PSOL diz que entende
porque o mercado está tão feliz diante do novo arcabouço fiscal,
pois o gasto com juros continua sem limite algum, enquanto
permanece o teto para os gastos sociais “com bandas”, uma migalha entre 0,6 e
2,5% da despesa primária do ano anterior. Existem dados que com o novo
esqueleto o agro, e o setor de serviços serão os afetados no sistema. Prevê-se
ainda um aumento em média 21% nos preços finais para o consumidor para
alimentos. Não acreditamos que seja a melhor forma de tratar os
brasileiros mais pobres.
2º Passo: Simpi convida
contadores para acompanhamento do MEI que migram para microempresa
(ME)
O Simpi através de seu programa “2º
Passo” faz convite aos contadores e escritórios de contabilidade assim como as
universidades, para através de convênios, trazer estes profissionais para
acompanhar, monitorar, auxiliar , orientar por tempo determinado (1
ano) a passagem do micro empreendedor individual (MEI) para uma
microempresa (ME). Como detectado, a não efetivação do ajuste no limite de
faturamento anual do MEI pelo Congresso Nacional em 2022, vai fazer
com que os integrantes desta categoria, ultrapassem rapidamente este limite,
hoje na ordem de R$81 mil. A razão é simples, pois com aumentos do salário
mínimo, os impostos, insumos para produzir, e mercadorias para revender ficam
muito mais difícil a comercialização pelos preços praticados, além da mão
de obra que também aumentam com os encargos. Com tudo isso os produtos para o
consumidor final ficam mais caros, e aí que começam as maiores problemas
e preocupações. Já foram visitados e já participam ativamente dos processos a
Secretaria de Finanças do Estado (SEFIN), Secretaria de Desenvolvimento
Econômico (SEDEC) e o Sebrae. A SEFIN já estuda medidas que facilitem o
processo de migração e a permanência do empresário como
microempresa. Já a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC)
conseguiu deixar a abertura de empresa de forma gratuita para micro e pequenas
empresa nas Ltda’s e Individuais, e o Sebrae fez levantamento
inicial do peso fiscal e financeiro de deixar de ser MEI e passar para
ME. Como resultado, o MEI do segmento de serviços por exemplo vai de gastos de
R$72.00 por mês para R$1080.00 como ME com um mês após a alteração. O programa
2° Passo tem como meta formalizar convênios com 100 contadores e escritórios de
contabilidade em todo o estado, já com serviço e preço certo por um ano. O
presidente do Simpi Leonardo Sobral acredita no programa e nos parceiros que
demonstraram lúcida vontade de evitar que a situação se agrave e chegue a
níveis que não tenham solução ou retorno, e diz “ acredito que será uma boa
oportunidade para os contadores recém formados e as faculdades que
poderão realizar o atendimento pelos alunos sob supervisão, e os escritórios
que certamente verão este mais novo nicho de mercado, já que são a
grande maioria de nº de empresas no estado” .
MEI: Prorrogada data para
obrigatoriedade de emissão de Nota Fiscal Eletrônica
O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN)
anunciou a segunda prorrogação do prazo de obrigatoriedade de emissão da Nota
Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e) para o Microempreendedor Individual (MEI).
Desta vez, o novo prazo será em 1⁰ de setembro de 2023. A alteração foi feita
pela resolução CGSN nº 172/2023. A mudança no cronograma de desenvolvimento
para estabelecer o padrão nacional para emissões de NFS-e e a necessidade dos
contribuintes se adaptarem ao sistema justificaram a prorrogação. As normas do
Simples Nacional também sofreram alterações. O novo modelo de documento fiscal
será emitido pelo MEI por meio de um sistema informatizado disponibilizado no
Portal do Simples Nacional, conforme determinação da Resolução CGSN nº
169/2022. O microempreendedor individual não precisará emitir a declaração
eletrônica de serviços ou qualquer outro documento fiscal relativo ao Imposto
Sobre Serviços (ISS), exceto se exigido por normas estaduais. A NFS-e de padrão
nacional será suficiente para fundamentar e constituir o crédito
tributário.
Programa Litígio Zero é
prorrogada até 31 de maio
Os contribuintes que devem à União ganharam
mais dois meses para renegociarem o débito. O Programa de Redução de
Litigiosidade Fiscal, também conhecido como Litígio Zero, teve o prazo de
adesão prorrogado para as 19h de 31 de maio. O prazo original acabaria nesta sexta-feira
(31). Em nota, a Receita Federal informou que o adiamento foi pedido por
entidades do setor de contabilidade. As pessoas físicas, micro e pequenas
empresas com dívidas abaixo de 60 salários mínimos poderão obter descontos de
40% a 50% sobre o valor total do débito, com prazo de até 12 meses para pagar.
Para empresas que devem mais de 60 salários mínimos, haverá um desconto de até
100% sobre multas e os juros para dívidas consideradas irrecuperáveis e de
difícil recuperação. Essas pessoas jurídicas poderão ainda usar prejuízos de
anos anteriores para abater de 52% a 70% do débito. A Receita Federal preparou
um guia para tirar dúvidas sobre o Litígio Zero. Mais informações sobre o
programa podem ser obtidas aqui: https://www.gov.br/receitafederal.h/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/programa-litigio-zero/programa-litigio-zero-1
1ª Exportação: Programa facilita
exportação por micros e pequenas empresas
Lançado o programa 1ª Exportação, voltado as
micros e pequenas empresa que pensam em exportar. Programa do Banco do Brasil
onde demonstra que o governo quer ampliar a participação do
comércio exterior através da pequenas empresas na atração de recursos para o
Brasil. O programa tem capacidade para contemplar até 20 mil micros e pequenas
empresas, que tenham produtos com potencial para exportação. O programa vai
oferecer captação digital, assessoria e portfólio de soluções aos 20.000
empresários que atuam no segmento Micro e Pequenas Empresas que possuem
potencial elevado para vender no mercado externo. O programa é realizado
juntamente com a Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e
Investimentos). Para ter acesso ao programa os empreendedores
interessados no programa precisam ser clientes do Banco do Brasil. Serão
oferecidas dentro do programa informações como benefícios e vantagens da
exportação, logística e competitividade, habilitação para operar no exterior,
análise e segmentação de mercados e produtos que o Banco do Brasil oferece para
possibilitar a primeira exportação.
Assista: https://youtu.be/fIsQ0-T5Q5U
Pesquisa Na Simpi/Datafolha:
Micro e Pequenas Indústrias do país se mostram otimistas
O mês de janeiro foi positivo na avaliação das
micro e pequenas indústrias, revela a pesquisa Indicador Nacional da Micro
e Pequena Indústria, realizada pelo Datafolha a pedido do Sindicato da Micro e
Pequena Indústria (SIMPI). Entre as cinco regiões do país, o Sul se destaca por
49% dos dirigentes entrevistados considerarem a situação de sua empresa ótima
ou boa. Mais positivo ainda é o nível de funcionamento dessas empresas na
região. Entre os entrevistados, 53% afirmam que suas empresas estão funcionando
normalmente. No Centro-Oeste/Norte esse número é de 54%, no Nordeste 40% e no
Sudeste 47% dos empresários afirmam que suas empresas têm situação de produção
e prestação de serviço regulares. O otimismo se mantém ainda na avaliação do
faturamento no mês anterior a coleta dos dados para a pesquisa. Para 44% dos
dirigentes do Sul, o faturamento no mês anterior foi ótimo/bom, apenas 16% dos
empresários avaliam como ruim/ péssimo. Ressaltando contrastes de cenários
entre as regiões do Brasil, no Nordeste a avaliação do faturamento no mês
anterior foi positiva para 31% dos entrevistados e 28% avaliam como ruim/
péssimo, sendo a região com a maior insatisfação com o faturamento em
comparação com as demais regiões do país. Sudeste 23% e Centro-Oeste/Norte 17%.
No quesito capital de giro, a região ficou no limite com 45% dos entrevistados,
indicando que os recursos foram exatamente o que precisavam. Na mesma questão
apenas 12% dos empresários apontaram que o capital de giro foi mais do que
suficiente, enquanto 42% afirmaram que o valor não foi suficiente. O aperto no
caixa levou muitos empresários a buscar no cheque especial o recurso para seus
negócios. O levantamento indica que 5% acessaram o cheque especial para ter
capital de giro. Não apenas no Sul, mas também no Sudeste (10%) e nas demais
regiões: Nordeste 7% e Centro-Oeste/Norte 5%.
A partir das 10 horas desta sexta-feira (22), o lote residual de restituição do IRPF do mês de novembro de 2024 estará disponível para consulta.O cr
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Mais fiscalização e riscos de exclusão do Simples para Pequenas Empresas em 2025
Os fiscos de todas as esferas governamentais têm intensificado os procedimentos de fiscalização voltados às micro e pequenas empresas optantes pelo
Edital de R$ 190 milhões para acordo direto em precatórios é lançado pelo governo de RO
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