Sexta-feira, 11 de setembro de 2020 - 12h08
As vendas no setor do comércio
de Rondônia, com as medidas de flexibilização do governo estadual, voltaram a
subir no mês de agosto em relação a julho, de acordo com avaliação feita pelo
presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de
Rondônia, Raniery Araujo Coelho, que atribui a melhora ao funcionamento do
setor comercial e ao Dia dos Pais.
Embora ainda não existam dados
em relação as vendas, uma sondagem feita pela assessoria econômica da
Fecomércio/RO, revela um crescimento de 14,5%, em média, com alguns setores
vendendo mais, como foi o caso de áudio, vídeo e eletrodomésticos (23%);
informática e telefonia (13%), material de construção e ferragens (11%),
hipermercados e supermercados (18%), farmácias (15%), cama, mesa e banho (9%),
cosméticos, perfumes e higiene pessoal (8%) e veículos novos (1%).
Por outro lado, alguns dos
setores mais atingidos pela crise registram, mesmo melhorando, queda em agosto,
embora com percentuais menores, como são os casos de vestuário e acessórios
(-5%), calçados (-13%) e restaurantes e lanchonetes (-32%). Nos três primeiros
casos, porém, são percentuais de queda
mais baixos desde março – o que demonstra uma ligeira melhora. Raniery, analisa
que os resultados mostram, aos poucos, uma retomada da economia que deve
prosseguir nos próximos meses, desde que as regras de flexibilização sejam
melhoradas.
Confiança
dos empresários melhora com a abertura do comércio
Ainda de acordo com a
Fecomércio-RO, o comércio ainda não voltou aos níveis anteriores até porque o
Índice de Intenção de Consumo das Famílias-ICF, que era de 110,7 pontos, em
março, caiu para 61,4 pontos, em Julho, uma queda de -44,5% e ainda, em agosto,
mostrando que os consumidores se comportam com cautela, procurando pesquisar e
gastar menos, caiu levemente, -1,6 para 60,4 pontos. Isto também se explica
porque a pesquisa, feita pela Fecomércio/RO com a Confederação Nacional do
Comércio-CNC, mostrou que só 14,3% estão com renda melhor do que no ano passado
e 50,1% dizem que sua renda está menor. Quanto ao crédito 51,6% dizem que está
mais difícil que no ano passado, com 63,5% dos consumidores afirmando que estão
comprando menos e 62,5% dizendo que seu consumo este ano será menor do que o de
2019. Sendo que 84,3% dizem que este é um momento ruim para a aquisição de bens
duráveis.
A boa notícia é que baixou o
endividamento, de vez que, em julho 65,9% das famílias estavam endividadas. Em
agosto baixou para 62,7%, ou seja, uma queda de -4,9% do total de endividados.
A principal forma de endividamento continua a ser com cartão de crédito
(64,1%), depois com carnês, 27,9%, Financiamento de carros, 13,8%, crédito
consignado, 12,6% e crédito pessoal, 2,1. O total dá mais de 100% porque
existem pessoas que tem mais de um tipo de endividamento. Também se verifica
que 45,7% das pessoas tem contas em
atraso e 44% delas tem um atraso maior do que 90 dias. A maior parte das
famílias 51,8% tem um comprometimento com as dívidas de 11 a 50% de sua renda,
contudo, existem 26,2% com comprometimento maior do que 50% de sua renda.
Aumenta
a confiança dos empresários do comércio
Apesar das incertezas da
economia, das dificuldades advindas da crise do novo coronavírus, a confiança
dos empresários do comércio aumentou no mês de agosto. O Índice de Confiança do
Empresário do Comércio – ICEC, que é composto de três subíndices alcançou 94,4
pontos, quase ficando positivo (o índice varia entre 0 e 200), o que
representou um crescimento de, praticamente, 20% em relação aos 78,8 pontos de
julho. Em grande parte, isto se deve ao Índice de Expectativa do Empresário do
Comércio – IEEC, que foi de 144,3, o único dos três positivos e que mostra a
confiança do empresário no futuro próximo.
O Índice de Investimento do
Empresário do Comércio – IIEC apresentou 81,3 pontos, refletindo um
investimento negativo, bem como o Índice de Condições Atuais do Empresário do
Comércio – ICAEC, com 57,5 pontos demonstra que os empresários não estão
satisfeitos com os níveis dos seus negócios. Isto se deve a que 56,3% deles
avaliam que pioraram muito as condições da economia, 39,6% do seu setor e 38,4%
as de sua empresa, mas, a expectativa de 46% deles é de que o comércio vai
melhorar muito. Em relação aos
funcionários 30% pensam que vão aumentar o número um pouco, enquanto 34,4% vão
reduzir o número um pouco. Em relação
aos investimentos da empresa 45,5% dizem que vai ser um pouco menor, 21,5% que vai
ser um pouco maior e só 9,3% dizem que vai ser muito maior. Quanto aos estoques
58,8% dizem que os estoques estão adequados, enquanto 27,2% afirmam que está
acima do adequado.
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