Quinta-feira, 11 de agosto de 2022 - 15h40
Há mais de seis décadas o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Rondônia (SENAI-RO) formou e encaminhou para o trabalho formal mais de 350 mil pessoas no estado. Isso mostra de forma inequívoca que a metodologia SENAI é um modelo que deu certo.
A metodologia conta com a participação das empresas e indústrias de todo o Brasil e independentemente do porte, as pesquisas sobre os egressos são contínuas e têm o objetivo de verificar a aderência dos cursos ofertados pelo SENAI perante as demandas do mercado e das indústrias.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé ressalta a constante atualização do SENAI é um dos seus legados. “350 mil trabalhadores qualificados é um número significativo para a indústria e o setor produtivo, que absorveu essa mão de obra profissionalizada. Isso faz parte do dinamismo da entidade que acompanha a evolução industrial, pois para sermos competitivos é fundamental inovar constantemente, porque faz parte do processo de capacitação do trabalhador”, disse.
Thomé argumenta que a formação de hoje, com a rapidez das mudanças tecnológicas, talvez não sirva para daqui a cinco anos. “Por isso, o SENAI tem o Know-how para estar na frente, ou seja, preparando hoje o profissional do futuro. Rondônia ganhou destaque nacional ao atingir nota 8.9 no Sistema de Avaliação de Educação Profissional (Saep). O DR-RO ficou em segundo lugar na classificação entre os 27 DRs, ficando atrás apenas de Pernambuco. O resultado tão significativo constitui um marco”, afirma.
O líder empresarial também cita o resultado da mais recente pesquisa de egressos feita pelo Departamento Nacional do SENAI. “Nosso índice de empregabilidade de ex-alunos dos cursos técnicos da instituição em Rondônia está em 94 por cento de trabalhadores ativos no mercado. São números e resultados que nos orgulham em dar essa resposta tão positiva para a indústria”.
Muitas empresas de pequeno e médio porte são de propriedade de ex-alunos do SENAI. Aquele que faz o curso de eletromecânica ou técnico em refrigeração, o egresso monta sua própria empresa. A pesquisa do Departamento Nacional também diz que 30 por cento dos jovens formados pelo SENAI entram no mercado de trabalho como empreendedores. Este é outro dado importante para mostrar que ao fazer um curso na instituição, pode se empregar como pode ser um empregador.
A proposta da FIERO e dos seus braços operacionais SESI, na educação básica, SENAI, na formação profissional e do IEL, na capacitação empresarial, é estar sempre lado a lado com a classe empresarial e com visão voltada para o futuro, ou seja, forma hoje o profissional para a indústria que vai nascer amanhã.
Quanto ao manifesto em defesa da educação profissional técnica lançado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), o presidente da FIERO analisa como um importante chamado para o governo federal e iniciativa privada a necessidade cada vez mais urgente de investimentos nesta área. “É fundamental a modernização. Historicamente, há cem anos havia um modelo que funcionava uma ou duas décadas, hoje, não, pois o produto precisa ser renovado, a inovação faz parte do dia a dia do SENAI, do SESI e do IEL”, pontua Thomé.
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