Quinta-feira, 8 de novembro de 2018 - 10h55
O processo consiste em escavar o material que
está obstruindo o canal de navegação e bombear o volume a pelo menos 250 m de
distância desse canal.
A informação foi dada na última semana pelo tecnólogo naval
com especialização em sistemas fluviais, Fernando Alonso Martinez, um dos responsáveis
pela supervisão da atividade no rio Madeira. O representante da empresa UMI SAN,
contratada pelo DNIT por meio de licitação, falou das principais peculiaridades
e dificuldades da realização da obra na região durante um encontro com alunos
na 2ª Jornada de Arquitetura e Engenharia, promovida pelo Centro Universitário
São Lucas.
“O rio Madeira possui algumas particularidades como a
variação de 10 a 14m de nível e a vazão de 24 mil m³ de água por segundo, que
pode ser comparado ao rio Mississipi nos EUA, além da sua extensão, que supera
os mil quilômetros.”, comentou Alonso.
A prestação de serviço durante a estiagem é importante para
garantir a segurança da navegação e a capacidade logística da hidrovia em
trechos críticos, que são escolhidos a partir de estudos com base em
levantamentos batimétricos atuais e dados de sondagens anteriores. Além disso,
o DNIT mantém um canal de comunicação aberto com os usuários da hidrovia sobre
problemas e sugestões relativos a navegação no rio Madeira.
Segundo Alonso, em 2017 quando foi dado início o processo de
dragagem do rio Madeira, o principal ponto escavado foi a localidade denominada
Conceição, no Estado do Amazonas. Após o monitoramento realizado não foi
preciso retornar a região, pois a dragagem apresentou resultados consolidados.
“Em 2018, escolhemos o trecho Curicacas e Tamanduá, pertencentes ao município
de Porto Velho/RO, por serem sinuosos e dificultarem bastante a navegação dos
comboios de balsas de grãos. Nossa expectativa é que em 2019 não seja preciso
voltar para as localidades já dragadas e podermos avançar para novos trechos
críticos. É um trabalho minucioso, demorado, uma vez que todos os parâmetros de
monitoramento são respeitados”, frisou Alonso.
A bióloga Caroline Vivian Smozinski, que também acompanha os serviços de dragagem,
relatou aos estudantes que o monitoramento ambiental dos pontos dragados é
constante, e que não foram encontrados metais pesados, uma das preocupações da
equipe. “Encontramos apenas nitrito e nitrato em quantidades acima do que é
preconizado pelo CONAMA, entretanto não encontramos valores significativos de mercúrio,
situação que também foi observada em trechos sem a atividade de dragagem.”
Toda a atividade é acompanhada, monitorada e fiscalizada por
técnicos do DNIT que avalia a execução dos serviços, garantindo a efetiva
aplicação do recurso público e a melhoria significativa da navegabilidade para
a economia da região.
As atividades de dragagem do rio Madeira em 2018 foram
encerradas em função da elevação natural do nível do rio, que acontece neste
momento. A expectativa é que as operações retornem em junho de 2019.
Rafaela Schuindt
Jornalista MTB/RO - 977
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