Quarta-feira, 18 de julho de 2007 - 17h53
Às vezes se tem a nítida impressão que o Legislativo não tem a menor serventia. Ainda no final de 98 o Senado aprovou projeto de Lei que nomeou ‘Antonio Carlos Jobim’ o velho aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Imagine-se quanto se gastou de papel e tempo para que aquela idéia fosse transformada em Lei, como se o serviço do aeroporto internacional carioca fosse melhorar ou piorar com ela.
Quem se lembra de comemorar o 22 de abril? Muita gente nem se lembra que é a data dedicada ao descobrimento do Brasil. Claro, ela vai ser comemorada neste início de milênio porque se trata de um fato histórico importante.
E vereador tem vez que, por falta do que fazer, acaba apelando. A coisa, justamente por causa da falta de seriedade, acaba desgringolando para a gozação.
Na Câmara Municipal de Porto Velho, em 1976, plenário cheio de estudantes arrebanhados no colégio Barão do Solimões (naquele tempo a Câmara funcionava na ladeira Comendador Centeno, a 100 metros do Barão), resolveram, talvez porque os vereadores nada mais tivessem para fazer, realizaram sessão solene para lembrar o descobrimento do Brasil.
E como a casa estava cheia e era ano eleitoral, quase todos vereadores discursaram, dentre eles João Bento que disserta a respeito do descobrimento e diz: ‘...e eu me lembro quando Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil’.
Cloter Mota, também vereador, aparteou: ‘Vai ver que o senhor jogava peteca na praia com o Cabral’. Risadas gerais e fim da sessão.
Fonte: Lúcio Albuquerque
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