Sexta-feira, 3 de dezembro de 2021 - 06h00
Bagé, 03.12.2021
Tais foram as primeiras provações, com as quais teve de transigir o
espírito sereno de Francisco Mangabeira, para preparar-se em êxtases de
artista, com que, mais tarde, orientou a sua bizarra ‒ “Tragédia Épica”. Mangabeira não foi dos primeiros que partiram de
Queimadas, o que não obstou, entretanto, que fosse ele um dos poucos que
atingiram o Arraial de Canudos, do que dão testemunho as suas produções dali
datadas, e que constituem o seu livro referido, quase todo ali escrito, e todo
inspirado nas amarguras daquela épica passagem de sua curta existência. Aquela
peregrinação piedosa do poeta, dando-lhe experiência para mais tarde escrever o
seu poema épico, como o escreveu, sob a forma de uma tragédia de transes
dolorosos, teve o seu batismo de sangue, quando, acompanhando a brigada que
partira do Rio comandada pelo General Miguel M. Girard, e que passava perto do
Rancho do Vigário, sob o comando do Major Henrique de Magalhães, a 15 de
agosto, ali sofreu um primeiro ataque da jagunçada, sobre o qual foi que o
poeta escreveu o poemeto ‒ “O Batismo de
Sangue” ‒ com uma forte impressão realista. É de Martins Horcades ([1])
a narrativa:
No caminho, perto do Rancho do Vigário, teve ela de sustentar forte
tiroteio com os jagunços que se achavam ocultos no mato, falecendo, nesta
ocasião, os distintos Alferes Arnaud e Tranquillino. Com ela chegaram também os
nossos colegas Bomfim de Andrade, Cordeiro Junior, Adriano Fontoura, Francisco
Mangabeira, Carlos Mangabeira, Eduardo Cox e Virgílio Braga, muitos dos quais a
pé e fatigados da viagem que fizeram desde o lugar do tiroteio, onde perderam
quase tudo quanto traziam, devido à confusão que havia feito o gado,
esparramado, talvez propositalmente, pelos vaqueiros que, no dia 1° de outubro,
foram encontrados dentro de Canudos.
O poeta, porém, disse o primeiro encontro com o infortúnio da guerra,
deste modo eloquentíssimo:
(Mangabeira, 1900)
Ei-los
em meio à estrada... Exaustos e cansados
Atravessam
os montes,
Vingam
os alcantis, transpõem os valados,
Sob
a chama do Sol que doira os horizontes.
Quem
de longe vê essa estranha mole ([2]) humana
Viajando
no deserto,
Pensa
que está fitando alguma caravana
Em
busca de um tesouro, há pouco descoberto.
As
lanças, a espelhar, centelham sobre os ombros
Dos
soldados robustos
Que
vão, calmos, pisando os lúgubres escombros
Do
incêndio que torrou os míseros arbustos.
Tontos,
os animais escondem-se, escutando
O
brado das cornetas,
Que
soam rudemente, as aves espantando
E
espavorindo até as mansas borboletas.
E
os soldados lá vão, cheios de atrevimento,
Pelos
caminhos broncos,
E
dormem afinal, exaustos, ao relento,
Deitados
pelo chão, nas pedras e nos troncos.
De
noite o acampamento, à luz que se bifurca
Em
réstias infinitas
Das
barracas, parece uma cidade turca
Feita
de palanquins, bazares e mesquitas.
Também
pode lembrar por causa das ramagens
Que
o escondem, na floresta,
Uma
taba feliz de indômitos selvagens,
Acesa,
celebrando uma pomposa festa.
Divertem-se
e, por fim, quando a corneta soa,
Todos
vão à procura
Da
barraca, onde o pranto oculto corre à toa
Abrandando
a saudade imensa que os tortura.
O
acampamento fica ermo e silencioso.
Só
se percebe pelas
Barracas
escorrer um fluido luminoso,
Que
é a piedade da Lua e a mágoa das estrelas.
Antes
do Sol raiar, quando no céu ainda
Fulge
a Lua prateada
Entre
os astros, bem como uma princesa linda,
A
corneta já diz o toque de alvorada.
Todos
despertam logo... Arreiam-se os cavalos
Impacientes
e brutos.
E,
sem haver tremor de terra nem abalos,
O
acampamento cai em dois ou três minutos.
Viajar
de madrugada! Eis a maior delícia
Que
a existência entesoura:
A
mata canta e cheira, o vento é uma carícia,
E
no céu muito azul, a aurora muito loura.
Depois
desponta um sol esplêndido, sem tréguas,
Incendiando
tudo.
E
eles têm que fazer uma porção de léguas
Por
este ínvio sertão esbraseado e mudo!
A
fome e a sede já os desanimam; vê-se
A
ampla língua pendente
Da
boca de cada um, babando; e assim parece
Que
são como os dragões das lendas do Oriente.
Os
soldados, ao ver que o doce consolo
Para
os seus males tarda,
Desesperam,
e alguns caem no ardente solo,
Não
podendo aguentar o peso da espingarda.
A
canícula atroz incendiou os galhos
Das
árvores despidas,
Que
se quedam de pé como a pedir orvalho
Que
as tornem, como sempre, enormes e floridas.
A
viagem finda... Eis quando inumeráveis balas
Pérfidas
e certeiras
Fazem
nos batalhões claros enormes; alas
E
mais alas de heróis tombam no chão inteiras.
Ninguém
sabe o inimigo, em que lugar se oculta.
E
dos bosques em meio
À
peleja cruel e pavorosa avulta,
E
é cada vez maior o horrível tiroteio.
Quando
os soldados vão descarregando fogo,
Reparam
que o adversário
Nada
sofreu e, sim, as árvores que logo
Se
despenham, fazendo um ruído extraordinário.
A
luta aumenta: o solo é um Rio ensanguentado
Onde
boiam os mortos.
Como
é triste morrer exangue e abandonado,
Sem
carinhos! Sem luz! Sem beijos! Sem confortos!
Luzidos
batalhões rolam sem vida; os moços
Oficiais
feridos
Com
as espadas nas mãos revolvem-se nos fossos,
E
morrem aclamando os bravos destemidos.
A
tropa, sitiada, avança e não recua
Porque
ainda lhe resta
Um
bando de leões... E, quando surge a Lua,
Acampam,
afinal, no meio da floresta.
E
aí, vendo que a morte arrebatou metade
Dos
companheiros, calma,
Eles
choram por fim... mas choram de saudade,
Que
a saudade é um luar que temos dentro da alma.
Foi assim que Francisco Mangabeira teve a experiência inicial dos
horrores da luta fratricida, sob cuja inspiração direta escreveu o seu
brilhante poema, em cujas estrofes mais se cantam as virtudes heroicas dos
vencidos, do que as façanhas canibalescas dos vencedores... Por fim, Mangabeira
foi operar em um hospital nas vizinhanças de Canudos. Do seu esforço nesse
labor insano, informa o mais vivo testemunho de um seu colega de denodo,
Martins Horcades, em seu já referido livro:
Não me demorei, porém, aí, porque, no dia 23, visto não se ter quase o
que fazer, fui a Canudos, e pedi ao Dr. Curió, para me desligar da Brigada,
afim de ir servir no hospital, pois havia bastante serviço e os colegas que lá
estavam viviam bastante fatigados pelas inúmeras e consecutivas noites, que
perdiam.
Imediatamente foi dado em detalhe do dia o meu desligamento, pelo que eu
aí fiquei, morando, então, com os distintos e bons colegas João Pondé e Pedro
Albernaz. O hospital tinha muitos doentes e feridos e o serviço estava dividido
em quartos, que principiavam às 6 horas da manhã e iam até ao outro dia,
ficando quem estivesse de quarto obrigado a estar à testa de todo o serviço,
quer de noite, quer de dia. Felizmente aí o coleguismo foi extraordinário e a
toda prova, tal o critério de Ernesto Teixeira, Francisco Mangabeira, Josefino
de Castro, Epaminondas Gouveia e Joaquim Xavier. Só havia três médicos
militares no hospital e nove acadêmicos.
A minutos e a sobranceiro do Arraial de Canudos, jamais a serenidade de
ânimo do poeta desapareceu. Ninguém se lhe avantajou na coragem e no
afoitamento. Mas, só ele teve alma para sobreviver, no culto da beleza, àqueles
horrores da carnificina de irmãos mal compreendidos em seus ideais de fanatismo
e, por isso mesmo, finalmente assassinados pela civilização...
Nesse mesmo hospital, permanecendo até à destruição de Canudos, foi
Mangabeira o assistente do bravo Major Henrique Severiano, até lhe fechar os
olhos de sacrificado com um ferimento no estômago, por bala Mannlicher ([3]),
no assalto final, verificado em 1° de outubro de 1897. Foi dali que o poeta viu
a chacina dos vencidos, a que alude em sua – Carta do soldado – com que se
iluminaram, como adiante entrará em apreço, as páginas de Tragédia Épica:
(Mangabeira, 1900)
Da
guerra o monstro estertora
Sob
os pés do Anjo da Paz,
Que
lembra Nossa Senhora
Esmagando
Satanás...
De referência à ação de Francisco Mangabeira em Canudos, depôs Múcio
Teixeira:
Tornou-se notável a sua coragem em mais de uma ação, conduzindo nos
braços os feridos e os moribundos, que ia levantar do ponto onde caiam,
atravessando imperturbável o campo de batalha.
Disseram-me os meus velhos amigos Carlos Telles e Dantas Barretto,
generais a quem o recomendei, que era assombroso o sangue frio com que o
juvenil poeta atravessava as linhas onde era mais nutrido o fogo da fuzilaria;
e que, enquanto os soldados se resguardavam nas trincheiras, o poeta nem se
lembrava de que tinha o peito exposto às balas, de tão preocupado com a intenção
de minorar as dores dos feridos.
Acanhado na roda dos homens, tímido no grupo das mulheres, esquivando-se
ao rumor das festas, falando pouco, sempre pensativo e melancólico, com um
critério, que lhe desmentia o verdor dos anos, era de uma incomparável audácia
nos momentos de perigo e de inexcedível atrevimento nos rasgos da inspiração;
dando do seu fogo sagrado um vivo reflexo nas páginas dos seus livros, e da sua
bravura exemplos como este: achando-se o seu irmão Carlos, que servia como farmacêutico
na ambulância por trás da trincheira negra, onde era maior o perigo, abandonou
o seu posto no hospital de sangue e atravessou a linha inimiga até chegar ao
ponto a que se destinava.
E nesse estuar ([4])
de coragem, não se deixou perturbar jamais pelo medo comum e que tantas
desvantagens trouxe ao êxito pronto das lutas... O mais belo, pois, do segundo
poema de Francisco Mangabeira, colheu ele, como as impressões lídimas ([5])
de uma chapa de fotografia, no estranho da luta fratricida, durante a qual, se
viu o homem rude ter coragem de vir arrebatar à unha a boca de fogo, que
destroçava os seus domínios e o exímio caçador, do cimo de uma árvore esguia,
derrubar numerosos soldados, sem a perda de um tiro, apreendeu também que a
força tem um domínio sobre a natureza, em virtude da qual só os mais fortes
vencem e sempre os menos aptos sucumbem...
(Mangabeira, 1906)
Olha:
a felicidade é um anjo vagabundo,
Que, nem mesmo no amor, palpita e se agasalha.
E, se vive por sobre a vastidão do mundo,
É nos ninhos em flor e nas casas de palha.
Dali em diante o sucesso da vida do nume foi o de todos os grandes vates:
em luta com a sorte, em desafio com o amor, arrebatando-se com os sonhos de
glória, nos braços da morte, que, para Francisco Mangabeira, foi prematura.
Diplomado em medicina, os seus últimos dias foi perde-los na Amazônia. Fernando
Caldas faz a história da vida do poeta sinteticamente:
Terminada, enfim, a guerra, se tal nome deve dar-se à peleja de irmãos,
voltou à cidade do Salvador, depois de ter presenciado por um atavismo da
infâmia a degradação de um Arraial à fase lamentosa de escombros, reduzido à
tapera pelo incêndio que a tudo, derrocava, amalgamando num montão de ruínas
alicerces e habitadores! Aqui permaneceu até o ano de 1900, em que se doutorou
em medicina, partindo logo empós ([6]),
para o Estado do Maranhão, contratado médico da Companhia Maranhense, Estado
em que ficou alguns meses, dirigindo-se depois, para o Amazonas. Daquele,
mandou-nos uma carta onde transpareciam incisivamente, lembranças nostálgicas
da Bahia, e onde contava a sua vizinhança com Gonçalves Dias. Chegado a Manaus,
teve de lutar, materialmente, pela vida; percorre vários pontos em Comissão do
governo do Estado, sempre trabalhando nos misteres da luta que empenhou,
voltando ao torrão natal em dezembro de 1902, e aqui permanecendo até março de
1903, época em que parte novamente para o Amazonas com destino ao Acre no
elevado cargo de representante do “Diário
de Notícias”.
De fato, lá chegou, e onde mais do que nunca, foram grandiosíssimos os
seus consagramentos pela soldadesca desprovida de médicos e farta de
moléstias. Ainda em caminho, serviu espontaneamente, e gratuitamente, ao
desfalcado 40° Batalhão. Lá sortiu ser secretário da revolução, compondo para
apoteose daqueles vendeanos ([7])
ignorados o formoso hino acreano. Prodigalizando novas seivas a organismos
depauperados, foi, pouco a pouco, enfraquecendo o seu, naquele clima enfermiço
e cheio de impaludismo, até que apanhou a desgraçada polinevrite ([8]),
que o tinha de roubar à glória da Pátria e ao aconchego do lar e dos amigos.
A felicidade, fugindo ao encontro material do poeta, surtia em cavalgada
das Valquírias... Tanto mais longe se punha quanto mais próximo dela se sentia
o vate... E assim tombou ele como um Sol de oiro, num leito de lençóis
sanguíneos, na fimbria do horizonte oceânico... A sua passagem pelo Acre, como
por toda a parte, captou mais do que amizades, porque captou dedicações... Ali
assomou como um leão de farta juba, no promontório da serra, descalvada ([9]),
olhando arguto as cercanias e desferindo o seu grande grito de alerta, no
pomposo hino acreano, em que o patriotismo não consegue abafar a inspiração do
nume. Múcio Teixeira confirma o êxito do homem no meio político do extremo
Norte:
E mais tarde, convidado pelo Cel Plácido de Castro para dirigir o Corpo
de Saúde do seu exército na guerra contra a Bolívia, não vacilou em aceitar a
temerária incumbência, afrontando simultaneamente as ameaças climatéricas da
pestífera região do Acre, temeridade que lhe custou a preciosa existência, morrendo
em consequência do veneno paludoso, expirando em pleno mar, quando regressava,
com a esperança de exalar o último suspiro no seio da família.
Foi o trágico da vida na epopeia vivida da poesia: o poeta vencido pelo
homem, depois de iterativas derrotas na existência. Mas, a memória dos
companheiros reteve graves iluminuras ([10])
a que atingiu o poeta do Hostiário. Xavier Marques, de quem Francisco,
ultimamente na vida, esteve muito próximo, através de Octavio Mangabeira, que
se iniciava intelectualmente ao lado do tradicionalista romântico do Pindorama,
romanticamente expõe; os últimos estágios da existência luminosa de Francisco
Mangabeira:
Dessa campanha, quase inverossímil, entretida naqueles confins da
Amazônia, entre florestas e águas formidáveis, apreende o poeta os elementos
heroicos e compõe uma espécie de lenda com muito maior dose de maravilhoso do
que lhe emprestava o comum das imaginações.
Subia quotidianamente à sala do Diário de Notícias e todos os dias nos
falava dos Acreanos, com tal sentimento do extraordinário dos seus leitos, que
fazia prever um novo lance semelhante ao de Canudos. Afinal aparece-nos a
anunciar sua próxima partida para o Acre. Já não era surpresa. O que foi essa
aventura de cavaleiro cruzado, inocente de qualquer pensamento egoísta [...], o
que lhe custou em fadigas e tenacidade essa viagem, a princípio como médico
gratuito de um Batalhão, depois a sós, pela vazante do Rio, ora em canoas, ora
a pé, sob os flagelos do clima equatorial, até alcançar a sonhada Palestina,
disse-nos ele, sem nenhum encarecimento, em uma série de Cartas do Amazonas,
páginas impressionistas, onde estampa o sacrifício dos soldados brasileiros,
com aquela imensa piedade que na “Tragédia
Épica” se estende aos próprios cães, esfaimados, a ganir e a expirar sobre
a cova dos sertanejos:
(Mangabeira, 1900)
Numa
angústia sem fim, iam passando os dias
E as noites a chorar junto das sepulturas,
Até que, pouco a pouco, a fome, a sede e as penas
Os prostraram, e à luz das regiões serenas
Eles morreram como angélicas criaturas...
Está quase a findar a Ilíada do nosso virtuoso boêmio. No Acre fraterniza
com os guerrilheiros de Plácido. Ajusta-se facilmente às condições do seu viver
afanoso e nômade. Serve como secretário da Revolução e escreve o Hino Acreano
que é aprovado no acampamento de Boa Fé. Ouçamos, através de uma só estância,
como se afina a alma do poeta para o sentir daqueles patriotas:
(Francisco C. Mangabeira)
Mas,
se o audaz estrangeiro, algum dia,
Nossos brios de novo ofender,
Lutaremos com a mesma energia,
Sem recuar, sem cair, sem tremer.
E
ergueremos, então, destas zonas
Um tal canto vibrante e viril,
Que será como a voz do Amazonas
Ecoando por todo o Brasil.
Depois disso, é a doença palustre, a volta a Manaus, o embarque para a
Bahia, os delírios e a morte no mar, após um brado de agonia em que proclama o
título que era todo o orgulho da sua fronte ingênua e modesta: – “Como é que morre um poeta com vinte cinco
anos!”. Encerrava-se, mal se abrira, o ciclo daquela existência nervosa, em
pleno oceano, e, passando já o primeiro quartel de século, Francisco Mangabeira
– na data de 27.01.1904 tombava em viagem de retorno à Bahia, depois de
experimentar os tóxicos da inospitalidade do Alto Acre, como experimentara a
ebriez ([11]) do sangue nas
trincheiras que dominaram, álacre, os Arraiais fanáticos de Canudos... Reter-me-ei,
por agora, no fato mesmo de sua morte, como traço de mais colocado entre as
duas expressões de sua mentalidade: a poesia e a glória.
Como se teria dado essa afirmação terrena de sua qualidade de
sobrevivência? Falaram antes de nós os seus biógrafos, embora longamente se
reproduzindo a cena de pôr de Sol na amplidão do Oceano sem limites, a
confirmar quanto o poeta asseverou por conta própria:
E grande, e nobre,
e mudo, morreu...
O Sol subia
amortalhando-o
em oiro...
(DINIZ,
Almachio, 1929)
Bibliografia
DINIZ, Almachio. Francisco Mangabeira – Brasil – Rio de Janeiro, RJ – Tipografia da
Escola Profissional, 1929.
Solicito Publicação
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de
Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
· Campeão do II
Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
· Ex-Professor
do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) (2000 a 2012);
· Ex-Pesquisador
do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
· Ex-Presidente
do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
· Ex-Membro do
4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
· Presidente da
Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
· Membro da
Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
· Membro do Instituto
de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
· Membro da
Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
· Membro da
Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
· Comendador da
Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
· Colaborador
Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
· Colaborador
Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
· E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
[1] Alvim Martins
Horcades: Descrição de uma Viagem a Canudos.
[2] Mole: massa
informe.
[3] Mannlicher:
fuzil 8 mm projetado pelo austríaco Ferdinand Ritter Vonn Mannlicher. Arma
robusta e precisa com alta cadência de fogo. Pesava: 3,80 kg, com um
comprimento total de 1.272 mm, comprimento do cano de 765 mm e um carregador
com capacidade para 5 cartuchos.
[4] Estuar:
efervescer.
[5] Lídimas:
legítimas.
[6] Empós: após.
[7] Vendeanos:
naturais, habitantes locais.
[8] Polinevrite:
polineurite.
[9] Descalvada: sem
vegetação.
[10] Iluminuras:
letras capitulares dos manuscritos medievais.
[11] Ebriez: embriaguez.
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