Com quase um século de existência, jornais como Alto Madeira, batem recordes de tempo em circulação e entram na história da imprensa brasileira.
O Jornal Alto Madeira, sediado em Porto Velho, faz parte da história da imprensa brasileira, com merecido destaque, por sua trajetória quase centenária. O rotativo está entre os 10 mais antigos do país no dias de hoje. Fez parte da cadeia de comunicações de Assis Chateaubriand até os anos 70, antes de o seu controle acionário ser adquirido pelos empresários e jornalistas Luis e Euro Tourinho. Foi testemunha ocular do nascimento do território de Rondônia e finalmente do estado de Rondônia em meados dos anos 80.
Na América Latina, o jornal mais antigo é o Diário de Pernambuco, nascido em 22 de outubro de 1825. Dois anos depois, seria fundado o Diário de Porto Alegre, na capital do Rio Grande do Sul. No mesmo ano São Paulo ganharia seu primeiro jornal, o Paro Paulistano, que abriria o caminho para o nascimento de periódicos como o Estado de São Paulo e outros. Na Amazônia, a província do Pará (Belém), o Jornal do Comércio (Manaus) e o Alto Madeira (Porto Velho) estão entre os mais antigos do Brasil.
Num país que desde o Império a imprensa é perseguida – o próprio Correio Braziliense foi fundado em Londres por causa disso – o Jornal Alto Madeira é um exemplo de perseverança em defesa da democracia da liberdade de imprensa entra no seu 91º ano de existência.
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A equipe da redação do Alto Madeira na década de 90 era uma das maiores do Estado/Revista Momento |
O Alto Madeira, com quase 90 mil edições na rua, levando-se em conta que, antes, ele foi semanal e bi-semanal até circular como diário até hoje. Na verdade, são 91 anos de existência, sempre primando pela imparcialidade, realizando um jornalismo investigativo, procurando preservar a ética e a moral, acima de tudo.
Trata-se, na verdade, de um veículo de comunicação preocupado em informar e formar a opinião pública, na divulgação dos mais diversos assuntos, tanto de Rondônia, quanto do Brasil e do Mundo.
Tendo na independência o seu principal trunfo, o Alto Madeira, símbolo de resistência e persistência na imprensa escrita na Amazônia e no País, pela sua trajetória e testemunha viva que é do Mundo, se destaca por buscar sempre a veracidade dos fatos.
Outra característica do
Alto Madeira, segundo o diretor-presidente Euro Tourinho, é no que se refere à sua flexibilidade. Não que isso seja falta de personalidade, muito pelo contrário, como um soldado, está sempre de prontidão para acompanhar de perto as transformações sociais, políticas e culturais que delineiam o mundo.
Assim, o combativo Alto Madeira, como frisa
Euro Tourinho, pode se dar ao luxo de estar simultaneamente à bordo do que supõe o tradicional e de mãos dadas com as novas tendências, com evoluções e revoluções, ingredientes estes, fundamentais para que um órgão de comunicação alcance, de fato e de direito, a sua maturidade. E mais ainda, a credibilidade diante de seus inúmeros leitores, que, cada vez mais exigentes, não se contentam apenas com “meios-termos” e, muito menos, com a omissão da verdade.
Ao longo dos seus 91 anos, o Alto Madeira vem divulgando as notícias e defendendo os interesses da comunidade como um todo. Já serviu de palco para os mais diversos fatos que chocaram a sociedade e também já contribuiu com muitas alegrias.
Na verdade, 91 anos não foram em vão, como ressalta Euro Tourinho. “Cada ano representou a recriação de um novo evento na reconstrução de um novo cosmo. A cada ano, ao invés de envelhecer, renascemos a cada página escrita, a cada impressão, a cada edição que chega às mãos do nossos leitores”, acrescenta o diretor-presidente do Alto Madeira.
Ao contar um pouco da história do
Alto Madeira, Euro Tourinho lembra que o jornal foi fundado pelo Dr. Joaquim Augusto Tanajura, médico e primeiro prefeito de Porto Velho. “Ele fundou o jornal com interesses político-partidários. O doutor Tanajura foi a Manaus e comprou os primeiros equipamentos (caixas de tipos manuais) e uma impressora que havia impresso o Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro, que, à época, era escrito com dois emes (MM), observou o diretor-presidente do Alto Madeira.
Sobre as dificuldades enfrentadas, Euro Tourinho afirma que hoje está difícil fazer jornal em Porto Velho. Sobretudo no que diz respeito à imprensa escrita. Isto porque, como enfatiza, os governadores e prefeitos, principalmente, quando decidem assumir um jornal, só pensam na questão político-eleitoreira, fazendo concorrência desleal com aqueles que, realmente, querem fazer uma imprensa livre, imparcial e séria.
“o Governo, Assembléia e/ou Prefeitura, quando fecham um contratinho com a gente acham que são donos dos jornais e só querem divulgar assuntos de seus interesses, não se importando com os leitores cativos e fiéis dos jornais. E, quando um governador ou prefeito, por exemplo, fecham algum contrato e não conseguem quitar seus débitos antes de passarem o cargo para seus sucessores, aí, então, é um Deus nos acuda. Ninguém quer pagar a conta, sob o pretexto de que o débito é anterior ao seu mandato. Deste jeito, fica difícil, até porque eles querem manipular os jornais, mas na hora de pagar a conta esperneiam”, desabafou
Euro Tourinho.
Fonte: Gentedepinião - Revista Momento Brasil