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História

O forte que levou o nome do Príncipe da Beira


 
Nas escolas, ao se perguntar quem seria esse tal “Príncipe da Beira” (CLIQUE E VEJA FOTOS), que deu nome a um famoso forte dos primórdios da colonização rondoniense, os jovens escolares jamais poderiam imaginar que, se o príncipe entrasse naquele exato momento em sua sala de aula, talvez pudesse ser confundido com seus colegas de classe. O nobre talvez se denunciasse pelo sotaque lusitano, pois d. Afonso de Santa Maria de Bragança, que reivindica hoje o título de Príncipe da Beira, tem 13 anos, nasceu e vive em Portugal. 


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Em 1734, quando nasceu Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana, futura rainha portuguesa que enlouqueceu e mandou Tiradentes à forca, seu avô, o rei João V, tinha como principal diversão gastar fartamente o ouro e as pedras preciosas que seus súditos extraíam do solo brasileiro, construindo obras inúteis e espalhafatosas. Exatamente no ano em que sua neta Maria nasceu, filha do futuro rei d. José I, o rei João V instituiu o título de Príncipe da Beira, que passaria a ser conferido ao primogênito do herdeiro presuntivo da Coroa de Portugal. O herdeiro do trono tem o título de Príncipe Real e seu primeiro filho (pode ser também menina, até que venha a nascer um varão). 

Quando foi idealizado o Real Forte Príncipe da Beira, localizado na margem direita do rio Guaporé, atual Guajará-Mirim, no município de Costa Marques (RO), em 1776, sob o reinado de d. José I, o então Príncipe da Beira era d. José de Bragança, que com a ascensão de sua mãe Maria ao trono, no ano seguinte, passou a ostentar o título de Príncipe do Brasil. Pouco se soube a respeito do Príncipe da Beira porque ele morreu bem jovem e em seu “vácuo” entrou um dos grandes personagens da história de Portugal e do Brasil – o príncipe d. João, que viria a ser o rei d. João VI, pai do imperador d. Pedro I. 

O Forte Real – O forte que levou o nome do Príncipe da Beira tinha a função de proteger a rota do ouro, entre as províncias do Grão-Pará e Mato Grosso, assim como a Vila de Santo Antônio do Alto Rio da Madeira, no início do trecho encachoeirado do Madeira. Os comboios de ouro eram protegidos para seguir a Belém e Portugal. 

Uma historia que ainda iria durar muitos anos, ao contrário da curtíssima permanência do príncipe, d. José Francisco Xavier de Paula Domingos António Agostinho Anastácio de Bragança, que não chegaria a reinar em Portugal e sobre o Brasil. 

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