Sábado, 23 de janeiro de 2016 - 13h06
Porto Velho tem duas datas importantes para comemorações: 2 de outubro, quando o município foi criado, e 24 de janeiro, data de sua instalação. A segunda não é das mais lembradas, a de outubro está sempre bem mais viva na lembrança da população, mas o fato não lhe tira o mérito e não a torna menos importante.
A instalação de Porto Velho se deu em 1915, quando Venceslau Brás era o presidente do Brasil, mas durante a sua criação, apesar de eleito, a presidência ainda era exercida pelo Marechal Hermes da Fonseca. A área territorial de Porto Velho estendia-se do Rio Madeira até Santo Antônio. A localidade pertencia ao Amazonas e, a partir Santo Antônio, pertencia ao Mato Grosso. Jônatas de Freitas Pedrosa era governador do Amazonas e o médico Pedro de Alcântara Bacelar, o então prefeito de Humaitá, a quem Porto Velho estava politicamente ligada.
Há quem não acredite que Alcântara tenha concordado espontaneamente com a emancipação de Porto Velho de Humaitá, afinal, pela envergadura dos investimentos na construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, recursos nacionais e estrangeiros, Humaitá lucraria e muito, caso continuasse a ser a sede municipal. Ninguém podia imaginar que o investimento iria naufragar anos depois. Mas há que se observar que, em 1916, Alcântara foi nomeado por Venceslau Brás para o cargo de governador do Amazonas. E em 1º de janeiro de 1917 foi empossado e permaneceu no Palácio Rio Negro, adquirido na sua gestão, até 1921.
O fato é que em 24 de janeiro de 1915 Porto Velho era o mais novo município brasileiro. A posse do superintendente Major Fernando Guapindaia de Souza Brejense, militar do Exército, reformado, ocorreu em uma residência na rua Barão do Rio Branco, conta a professora Yedda Borzacov. “O major Guapindaia como superintendente exerceria a função de prefeito e os cinco conselheiros, empossados no mesmo ato, o equivalente a vereadores”. A primeira formação do Conselho Municipal ficou então constituída por Guapindaia, e os intendentes: José Jorge Braga Vieira, Antônio Sampaio, Manoel Félix de Campos, José Camargo e Luzitano Barreto.
“O povoado cresceu espontaneamente com tanta gente que chegava aqui”. Yedda Borzacov, professora.
A professora Yedda salienta que Porto Velho não tem um criador ou um fundador, “o povoado cresceu espontaneamente com tanta gente que chegava aqui”. Caribenhos, europeus e americanos eram em maior número, chegavam e se instalavam.
A urbanização do novo município foi uma das prioridades do prefeito Guapindaia, que encomendou a primeira planta da cidade a José Ribeiro de Souza, visando normatizar as construções e arruamentos. O primeiro prefeito de Porto Velho é homenageado com uma escola de ensino médio batizada com o seu nome. Segundo Yedda Borzacov, que está finalizando um livro no qual conta história dos 67 bairros oficiais de Porto Velho, a avenida Rogério Weber inicialmente recebeu o nome de Major Guapindaia. Depois passou a ser Norte e Sul, designada assim pelo 5º Batalhão de Engenharia e Construção por ligar as duas regiões e mais tarde de Rogério Weber, em homenagem ao jovem filho do então comandante do 5º BEC, Aluizio Weber, que morreu em um acidente na referida avenida.
O TERRITÓRIO
Porto Velho permaneceu município amazonense até 1943, quando foi criado o então Território Federal do Guaporé, redimensionando partes de áreas na Amazônia pertencentes aos estados de Mato Grosso e Amazonas. No ano seguinte, houve um reordenamento territorial. E em 1956 a mudança do nome que passou a ser Território Federal de Rondônia, em homenagem ao desbravador Cândido Mariano da Silva Rondon.
Getúlio Vargas, presidente do Brasil, em 13 de setembro de 1943 assina o decreto-lei 5.812 e em 24 de novembro, no Rio de Janeiro capital federal, Aluizio Ferreira é empossado como o primeiro governador do Território. Mas somente em 24 de janeiro de 1944 é que o Coronel Aluizio Pinheiro Ferreira assume o governo e instala o Território, em ato solene na Escola Barão do Solimões e Porto Velho de fato passa a ser capital do Território.
Fonte
Texto: Alice Thomaz
Fotos: Maicon Lemes
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